Ainda não tive tempo suficiente, mas devo escrever nos próximos dias uma sugestão que revolucionaria a relação dos gestores públicos com empreendedores privados que compõem o tecido social da região. Não quero adiantar nada por enquanto. Trata-se de algo tão diferenciado que, ao invés de comemorar, me cobro por não ter tido a ideia antes, muito antes.
Acho que os leitores muitas vezes também se acham na mesma situação ao descobrirem uma saída para algo tão escancarado que não se consegue compreender a demora em achar a chave de ignição mental.
Sei que nessas alturas do campeonato leitores mais abusados possivelmente estarão a me dirigir adjetivos nada abonadores, mas não me importo. Poderei parecer metido a besta, mas, garanto, não se trata disso. Diria sem medo de cometer uma senhora bobagem que a proposta é espécie de ovo de Colombo de representatividade tanto empreendedora quanto administrativa. Com efeitos político-administrativos eloquentes.
Devagar, devagarinho
Aviso aos navegantes que não pretendo abrir o jogo agora, mas também não haverá como deixar de dizer o básico, até porque não teria sentido se o objetivo deste jornalista, embora aos ufanistas de meia tigela não pareça, é contribuir para colocar a Província dos Sete Anões nos trilhos.
Vou mais longe à alucinação deste texto. Diria que, fosse Orlando Morando aberto à sociedade como um todo (e jornalista faz parte desse negócio chamado cidadania), convocaria este profissional a apresentar a proposta aos demais titulares dos paços municipais da região na próxima reunião do Clube dos Prefeitos. Ou até mesmo em reunião extraordinária.
Sei que estão achando que superestimo tanto a mim quanto à proposta em favor do empreendedorismo público e privado na região. Deixem que falem, que digam, deixem isso para lá.
Orlando Morando vai pagar para ver e ouvir o que este jornalista teria a apresentar como sugestão? A iniciativa exigiria tão pouco esforço do Poder Público, mas revolucionaria as relações com quem garante empregos, impostos e tudo o mais. Acho que a resposta é não, mas como tudo é possível, principalmente se Morando estiver mesmo preocupado com o andar da carruagem da competitividade da região, acabaria cedendo à tentação.
Aceita a aposta, prefeito?
Vamos prefeito dos prefeitos: faça uma aposta com este jornalista e abra as portas do Clube dos Prefeitos a uma apresentação simples, objetiva, transformadora. Abra as portas dessa entidade que sempre se fechou à sociedade. Uma entidade que faz de conta que dá espaço a um precário Conselho Consultivo que não participava de nada e que ao longo dos tempos, até prova em contrário, não consolidou uma única proposta factível ao empoderamento da região.
No fundo, no fundo, nem sei por que estou a escrever este texto. Mas me deu vontade de dizer publicamente que mais uma vez vou me dedicar a um material mais que factível, praticamente obrigatório à execução caso a Província dos Sete Anões fosse diferente do que foi no passado e continua a ser no presente.
Teria Orlando Morando coragem de bancar uma invasão deste jornalista ao Clube dos Prefeitos para ouvir uma proposta inovadora na relação com a sociedade produtiva?
E os outros prefeitos?
Teria coragem algum prefeito da Província dos Sete Anões em receber em seu gabinete, fora do âmbito do Clube dos Prefeitos, um jornalista que entre outras iniciativas propôs a criação de uma legislação que premiaria reportagens que escancarassem, com provas, irregularidades no uso do dinheiro público?
Ou que há muito batalha também pela criação de um Código de Ética no mercado imobiliário, liderado pelo Clube dos Construtores. Ou tantas e tantas outras propostas simples, materializáveis?
Ou de um jornalista que criou recentemente o PIL (Produto Intelectual Líquido) para caracterizar as grandes ideias na região, as quais resultem em desdobramentos mensuráveis?
Vou parar com a montanha de exemplos aplicáveis em qualquer administração pública da região. Houve lá atrás quem duvidasse que pudesse criar, quanto mais dirigir, quanto mais sustentar, quanto mais consolidar, uma publicação de economia na região e o que tivemos foram quase duas décadas de LivreMercado inigualável no mercado editorial, mesmo lutando contra tudo e contra todos?
Ou quem imaginaria que durante 15 anos faríamos a maior e mais respeitada premiação regional do País, o Prêmio Desempenho?
Trabalho de equipe
Tudo isso e muito mais sempre com uma ação de equipe motivada, focada e decidida a levar a cabo o melhor resultado possível. Não é verdade, caro amigo Donizeti Raddi, meu substituto na Editoria de Esportes do Diário do Grande ABC dos anos 1970 e 1980, cujos resultados podem ser vistos ainda hoje numa incursão pelos arquivos do jornal?
O que me separa do passado mesmo recente do presente é que já não tenho saco a determinadas empreitadas, inclusive voltar a dirigir uma revista impressa, mas conto com um arsenal de propostas para quem quiser botar a mão na massa.
Vamos Orlando Morando, vamos Paulinho Serra, vamos José Auricchio, vamos Atila Jacomussi, vamos quem quiser de prefeito. Coloquem o desafio deste jornalista em xeque. Desmoralizem-me caso esteja blefando. Não quero um tostão dos senhores. Só quero que essa Província saia da pasmaceira em que se meteu há muito tempo e comece a voltar a ser Grande ABC.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)