Imprensa

Laboratório está entre as três
matérias mais lidas do mês

DANIEL LIMA - 09/11/2017

O inédito (no jornalismo brasileiro) Laboratório de Propostas e Metas criado para projetar uma Província que volte a ser Grande ABC está entre as três matérias mais lidas de outubro, segundo contagem automática da empresa responsável pela administração deste site.  

As outras duas matérias mais lidas foram a análise sobre a atuação de Marcus Santaguita à frente do Clube dos Construtores e a inação do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, à invasão de terreno pelos Sem-Teto, em contraposição ao que chamei de populismo de levar o Legislativo a aprovar punição a assediadores em ambientes públicos. 

Tenho cá comigo a impressão, quase certeza, de que a medição das “mais lidas” retrata a verdade dos fatos, mas não está isenta de críticas. Vou explicar.

As mais lidas do mês são mesmo as mais lidas do mês quando se leva o enunciado ao pé da letra. O que interessa para a contagem final, ditada por algoritmos, é o que foi publicado no período aludido do calendário gregoriano. 

Se eventualmente um artigo tem mais potencial de leitura que os demais, mas alcança durabilidade métrica apenas durante alguns dias do mês, porque editado, por exemplo, na última semana, não há o que reclamar.  

Cronologia favorece? 

Tudo o que estou escrevendo é especulação fundamentada na lógica da periodicidade enunciada. Que está consubstanciada nos seguintes fatos registrados em outubro: 

 A matéria de Administração Pública (“Morando reage a Sem-Teto com populismo de assedio”) foi editada em 5 de novembro.

 A matéria de Imprensa (“Laboratório define primeiros 10 desafios à regionalidade”) foi publicada em 6 de novembro.

 A matéria de Sociedade (“Clube dos Construtores mudou, mas precisa mudar muito mais”) foi publicada em 11 de outubro. 

Notaram que nenhuma das publicações da segunda quinzena de outubro está entre as mais lidas? Desconheço possibilidades técnico-operacionais de se efetivar mudança que espelharia com maior fidelidade o nível de audiência de cada postagem.

Alternativas conexas   

Enquanto dedilho estas linhas, fico a matutar como seria a operação que daria conta do recado e trataria isonomicamente os textos. Talvez o caminho mais apropriado sejam duas alternativas complementares. A primeira manteria o padrão atual, de mais lida do mês. A segunda revelaria mensalmente as três mais lidas no acumulado dos últimos 12 meses. 

Àqueles que não veem importância alguma nessa exposição, diria que é sempre muito pedagógico saber o que a maioria dos leitores pensa dos insumos de CapitalSocial. Garanto que não vou cair na besteira de seguir a onda dos leitores, mas também não vou descartar tendências consolidadas.  

Por exemplo: estou cada vez mais convicto de que o mercado imobiliário é assunto prioritário. Venho investindo no temário há muito tempo, sobretudo porque percebi duas linhas conexas: ao mesmo tempo em que se trata de atividade que requer muita atenção ética porque está coalhada de marginais sociais, há demanda de leitores que sabem o quanto esta publicação é confiável como fonte independente – algo raro no jornalismo brasileiro, no qual não falta quem está sempre pronto a ludibriar o distinto público. 

Herança bendita

Sobre o fato de o Laboratório de Proposta e Metas perfilar entre as três mais lidas, garanto que estou surpreso. Imaginava que o assunto despertaria a atenção apenas dos formadores de opinião e dos tomadores de decisão. Vejo que extrapola essas duas áreas muito sensíveis a informações que dizem respeito ao futuro da região. Possivelmente o legado do Observatório de Promessas e Lorotas tenha significado a migração de leitores à iniciativa. 

Espero definir até o final do ano mais um conjunto de 10 iniciativas para fortalecer o Laboratório de Propostas e Metas. Mas, sinceramente, adiaria nova safra por uma ou duas iniciativas dos agentes públicos e privados da região na aplicação prática de uma das 10 propostas apresentadas em outubro. 

Para não dizerem que sou exigente ou sonhador, estaria satisfeito com apenas uma iniciativa entre as 10 propostas: que o trecho sul do Rodoanel saia da blindagem que o torna intocável e entre na rota de estudos de agentes públicos e privados da região. Ignorar o peso daquela rodovia à recuperação da economia da região, submetida que está ao presente de grego do governo do Estado com a complacência de autoridades públicas da região, é continuar a cavar a sepultura da desindustrialização.



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