O Fórum da Cidadania foi o movimento coletivo (embora sem a base popular das representações que o integravam) mais importante da história da região quando se coloca como métrica a mobilização de formadores de opinião em diferentes temáticas. Acompanhei de perto o nascimento, a evolução e a decadência da instituição sobre a qual atuais agentes públicos e privados falam sem o menor conhecimento. Leiam os primeiros trechos do artigo que escrevi para a revista LivreMercado (antecessora de CapitalSocial) em maio de 1997, pouco tempo após aquela iniciativa. Já apontava, em meio ao entusiasmo geral e irrestrito, condicionantes que poderiam comprometer o futuro de grandes transformações que ficaram na poeira do tempo. “Dois desafios estão reservados ao Fórum da Cidadania do Grande ABC, aos quais o coordenador-geral Marcos Gonçalves e os 12 coordenadores de grupos temáticos deverão dedicar maiores atenções. O primeiro já é antigo e se prende à necessidade de o Fórum viabilizar recursos financeiros que lhe assegurem, senão a tranquilidade de banqueiros sem contratempos com o Proer ou com os precatórios, pelo menos distância da míngua dos pensionistas e aposentados da Previdência Social, depois de muito trabalho na iniciativa privada. Enfim, o Fórum precisa de dinheiro para combinar voluntarismo e profissionalismo. O segundo desafio é que suas atribuições como animador do processo institucional da região, e a abrangência que isso implica, não devem sofrer desvios na gestão multipartite da Câmara Regional do Grande ABC”.
05/05/1997 - Fórum precisa de dinheiro e estratégia para evoluir
Total de 1884 matérias | Página 1
13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)