Imprensa

Mentiras sobre verdades (2)

DANIEL LIMA - 24/08/2009

Para que os leitores saibam da seriedade e da responsabilidade deste artigo, assumo o seguinte compromisso público: enfrento em qualquer campo, no Judiciário, no Ministério Público, na Polícia, no Conselho Editorial, uma acareação com Walter Santos, proprietário da Best Work Consultoria Empresarial e dono da revista Livre Mercado, a quem qualquer adjetivo correlacionado com mitomania não é exagero algum. Talvez até subestime a capacidade de Walter Santos inventar estórias.

A iniciativa deste jornalista é o caminho mais curto, sereno e confiável para evitar que Walter Santos, especialista em enrolação, em procrastinação, em devaneios, em imprecisões, ocupe mais uma vez de forma sórdida, mentirosa e acapachantemente estúpida, as páginas daquela publicação, como o fez na edição de agosto.

O que escrevo em seguida é um conjunto de informações que podem não significar nada para quem avalia equivocadamente que se trata de disputa particular, mas representa muito para quem tem preocupação com o Grande ABC. Ou não seria essa a situação, levando-se em conta que um mentiroso compulsivo dirige uma publicação que, desfiladeiro técnico e de qualidade à parte, sobrevive do recall deixado por este jornalista e pela equipe que liderou durante quase duas décadas?

Vamos aos fatos para sacramentar o título deste artigo e do artigo que o antecedeu. Transcreverei integralmente a matéria da revista Livre Mercado, entremeando intervenções imprescindíveis para a compreensão do caso. Notarão os leitores que as verdades aflorarão no dilúvio de mentiras publicadas por Walter Santos. Mais que a comprovação de que a mentira tem pernas curtas, os leitores compreenderão que, nesse caso, não sobrevirá nem mesmo com a ajuda de aparelhos. A mitômano Walter Santos é um caso insuperável de infecção comportamental generalizada.

Nada que merecesse a menor atenção, exceto dos especialistas do ramo. Mas que se torna caso público na medida em que em vez de uma empresa de recuperação de tributos, de um boteco qualquer, de uma casa de massagem, tornou-se empresário de comunicação.

SEQUESTRADOR SEMÂNTICO

Escreveu a revista da Best Work Consultoria Empresarial, sob o título “Prêmio Desempenho? Não participaremos”:

  • Reconhecemos a grande importância do Prêmio Desempenho, seus derivados, e de todos premiados. É evidente tudo o que ele significou durante suas 15 edições para a região do Grande ABC premiando, com justiça, grandes cases editoriais — sempre calcado na decisão do conselho editorial da revista Livre Mercado. Apesar disso, aproveitamos a oportunidade para tornar pública a decisão da Best Work Editora & Mídia de não participar da realização do Prêmio Desempenho e tampouco concretizar a aquisição do mesmo.

Escreve este jornalista:

  • A Best Work jamais se preocupou com o Conselho Editorial que lhe deixei de herança. Jamais, nas negociações de cessão da marca, Walter Santos sequer indagou da importância dessa instância. Esperto e bajulador, realizou dois coquetéis para apresentar planos daquilo que chama de nova Livre Mercado. Não mais que meia centena de conselheiros participaram. Menos de 20% do total. Durante os nove meses que separam a cessão da marca e a matéria caluniosa da edição de agosto de Livre Mercado, Walter Santos não efetivou qualquer relação com os conselheiros. Enquanto isso, trabalhamos intensamente na criação do portal CapitalSocial, mantendo contatos sequenciais com o mesmo grupo de conselheiros editoriais. Afinal, eles são importante massa de formadores de opinião do Grande ABC. A valorização de boca para fora do Prêmio Desempenho Empresarial e dos conselheiros faz parte do show semântico de Walter Santos, ao que se sabe um modelo de sucesso nas relações comerciais de recuperador de tributos que, entretanto, transplantado para o mercado de comunicação, ganha formas e cores de caricatura chinfrim.

ESTELIONATÁRIO INFORMATIVO E FALSÁRIO FINANCEIRO

Escreveu a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Apesar de ameaças feitas pelo antigo proprietário da marca, além de calúnias, injúrias e difamações amplamente divulgadas através de um blog, por email e até mesmo verbalmente para várias formadores de opinião, mantemos a decisão de não concretizar a compra de 50% dos direitos de fazer o Prêmio Desempenho, abrindo mão de R$ 150 mil — montante já pago pela Best Work Editora & Mídia. Por esse motivo, entramos com processo judicial a fim de cancelar o contrato de aquisição, o que não impede o antigo proprietário de realizar o evento.

Escreve este jornalista:

  • O que Walter Santos chama de calúnias, injúrias e difamações faz parte de um jogo de cena verbal sem sustentação. Os leitores estão convidados a pesquisar no dispositivo de “busca”. Digitem Walter Santos, Best Work, Livre Mercado. Verifiquem que as críticas jamais ultrapassaram o terreno jornalístico. Se tivesse que levar ao público a vida pregressa de Walter Santos, tomaria espaços demais. Quanto ao pagamento parcial de R$ 150 mil que Walter Santos afirma ter efetivado pela aquisição da marca Prêmio Desempenho Empresarial (ele não mencione a marca na totalidade de sua identidade), trata-se de mais uma escandalosa mentira. Para que não haja dúvida, encaminharemos a todos os membros do Conselho Editorial a cópia do contrato registrado em cartório.

ALCAGUETE ACOVARDADO

Escreve a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Essa decisão se dá por dois graves motivos: 1. Existem fortes indícios de fraude fiscal de incentivos federais aplicados no Prêmio Desempenho constatadas pelo proprietário da DLC, Sr. Daniel José de Lima, em processo judicial que o mesmo move contra seus antigos sócios (processo número 1334/08 registrado no livro de número 62, datado de 5 de setembro de 2008, e que corre na 4a Vara Cível do Fórum de Santo André. “O requerente tomou ciência de uma série de irregularidades cometidas pela requerida (…..) durante sua gestão na sociedade, irregularidades essas que extrapolam a esfera civil, chegando a constituir em determinadas ocorrências ilícitos penais, ao menos em tese. A par dessas ocorrências, o requerente passou a exigir da ex-sócia (….) a competente prestação de contas de valores manipulados em nome da sociedade, ora transferidos para conta de funcionárias próprias da requerida, ora para conta bancária da empresa de titularidade da requerida, o que caracteriza autêntica fraude”. A transcrição dessa parte da ação já prova o argumento, porém a peça segue com a seguinte informação: “Em data de 27 de abril de 2007, quando os requeridos ainda figuravam no quadro societário, foi obtido em nome da empresa Editora Livre Mercado Ltda, patrocínio a Projeto Cultural denominado Desempenho Cultural 2007 na área de música, segmento instrumental, no qual foi autorizado apoio no valor de R$ 504.025.50 (…). Para surpresa do requerente, constatou o cometimento de fraude, o que diz sem temer”.

Escreve este jornalista:

  • As informações da revista de Walter Santos reúnem neste trecho um conjunto de verdades, mas também tropeços monumentais. Primeiro, não menciona o nome dos acionistas da Editora Livre Mercado envolvidos nas irregularidades. Como não o faz, generaliza. E como generaliza, envolve o Diário do Grande ABC, que detinha 60% da Editora Livre Mercado até setembro de 2007. Então, não são “os sócios” da Editora Livre Mercado que acionei na Justiça, mas “sócios” da Editora Livre Mercado. Segundo, não sou proprietário da DLC Editora de Jornais e Revistas, empresa detentora da marca Prêmio Desempenho Empresarial. Sou apenas o representante legal. Terceiro, o nome do programa utilizado pela Editora Livre Mercado para benefício de legislação fiscal de apoio à cultura não tem qualquer relação legal com o Prêmio Desempenho Empresarial, marca negociada com a Best Work Consultoria Empresarial. O “Projeto Desempenho Cultural” foi adotado pela proponente da programação, acionista da Editora Livre Mercado. A DLC não se envolveu em momento algum na iniciativa, muito menos este jornalista. A aprovação do Ministério da Cultura vincula o Projeto Desempenho Cultural à Editora Livre Mercado não à DLC, então detentora integral da marca “Prêmio Desempenho Empresarial”. Fosse mais informado ou menos dissimulado, Walter Santos saberia ou deixaria de fingir desconhecimento que a responsabilidade legal pelas irregularidades apontadas por este jornalista não atinge a denominação do evento, que poderia ser qualquer um, mas sim recai sobre o proponente e a empresa pela qual habilitou financiamento com benefícios fiscais. Quarto, o valor monetário não alcançou nem metade do oficialmente autorizado — segundo dados oficiais a que tive acesso quando me foi dado conhecimento de irregularidades. Quinto, durante os mais de 12 anos de constituição da Editora Livre Mercado, apenas a partir de outubro de 2007 passei a assinar documentos e cheques em nome da organização. Antes, o comando administrativo estava sob controle do Diário do Grande ABC e de Denise Barrote. Contava este jornalista com apenas 20% das ações. O Projeto Desempenho Cultural, repito, foi preparado e aprovado sem minha participação. Sexto, Walter Santos não faz referência a algumas páginas do caso que está na Justiça de Santo André. Trata-se de uma denúncia de infração criminal envolvendo-o num empreendimento em Ribeirão Preto. Teria sido por isso que resolveu omitir na matéria de Livre Mercado o nome do ramal acionário da Editora Livre Mercado que cometeu os ilícitos denunciados por este jornalista?

DELINQUENTE EXPLICATIVO E SONEGADOR DE FATOS

Escreve a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Dessa forma, fica claro que existem evidências de fraude conhecidas antes mesmo da venda de 50% do Prêmio Desempenho para a Best Work Editora & Mídia. É evidente que se a compra se sustentasse e a fraude fosse comprovada, isso seria um golpe dado na Best Work Editora & Mídia e isso poderia macular a imagem de um grupo empresarial sério. O contrato previa que o Prêmio Desempenho — e somente o prêmio — seria tocado a quatro mãos pela Best Work Editora & Mídia em conjunto com o proprietário da DLC.

Escreve este jornalista:

  • O “Projeto Desempenho Cultural” realizado pela Editora Livre Mercado em 2007 com os apontamentos de irregularidades denunciadas por este jornalista não tem relação alguma com o Prêmio Desempenho Empresarial que, repito, é propriedade da DLC Editora de Jornais e Revistas. A intimidade com o “Projeto Desempenho Cultural” é tão estreita quanto a amizade entre Tom e Jerry. Jamais em 15 anos de história o Prêmio Desempenho Empresarial contou com benefício fiscal de qualquer espécie. Foram patrocínios comerciais que o sustentaram.

PREVARICADOR CONTRATUAL

Escreve a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • 2. É impossível tocar qualquer negócio com pessoas destemperadas, irascíveis e maledicentes.

Escreve este jornalista:

  • Quando não se tem argumento, procura-se desclassificar por conta de suposto comportamento incompatível com as normas de civilidade. O que se pode fazer? Há quem prefira a hipocrisia à transparência. O que diriam os leitores, apenas para citar um exemplo, de Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, professor universitário, intelectual respeitadíssimo e conselheiro do presidente Lula da Silva e do governador José Serra? Dispensa comentários, não é verdade? Pois leiam o que ele disse na semana passada, referindo-se ao clássico do dia 30 entre Palmeiras e São Paulo, à Folha de S. Paulo e à mídia em geral, quando se sabe que a violência nos estádios é crônica: “A torcida não pode ter medo, tem que ir pro pau. Quem tem medo de Jason é criança de cueiro”, disse em referência ao personagem do filme “Sexta-feira 13″ que a torcida do São Paulo adotou como “mascote” — escreveu a Folha. E, com destaque, entre aspas, uma nova declaração de Belluzzo: “Por enquanto estou mantendo a civilidade, mas daqui a pouco vou perdê-la. Eu tenho a alma calabreza”. No meu caso, usarei uma frase de uma personagem da novela das nove que, dias destes, surrou uma psicopata: “Melissinha tem seu lado socialite, mas também sabe ser chave de cadeia”. Francamente, estou desconfiado de que Walter Santos prefira torcer pela psicopata vivida pela atriz Letícia Sabatella.

ESTUPRADOR DO CONTEXTO

Escreve a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Em email enviado a um conselheiro editorial, que permitiu a publicação do mesmo, o antigo proprietário afirma: “Consegui me desvencilhar de um bando de ladrões, arrumei um otário para ficar com a bomba e passei a enxergar os vagabundos que se fizeram de amigos”. Notem que nesse email o antigo proprietário chama a revista e o prêmio tão queridos e importantes e os quais ele tanto elogia de “bomba” e os novos proprietários de “otários” e os amigos de longa data de “vagabundos”. Não dá para conviver e manter sociedade com pessoas que travestem motivos e fantasiam de jornalismo sério e de alta qualidade mentiras, deturpações, logros, chantagem barata e ameaças vazias.

Escreve este jornalista.

  • Se Walter Santos imaginou ter feito um negócio com um panaca, como lhe pareci durante algum tempo porque precisava mesmo lhe passar uma bomba, caiu do cavalo. Ele sofisma com a habilidade dos charlatões quando afirma que me referia tanto à revista LivreMercado (LivreMercado sem separação é a revista dos meus tempos, Livre Mercado com separação é de Walter Santos) quanto ao Prêmio Desempenho Empresarial ao mencionar a “bomba”. Desafio-o a encontrar um parágrafo sequer nos emails que troquei reservadamente com seu informante sobre a conotação depreciativa à qualquer um desses produtos. “Bomba” era a situação financeira da empresa, descoberta pouco tempo depois de este jornalista passar a controlar integralmente as ações societárias. Deixaram-me sim uma bomba, que repassei a um otário. No caso, é mesmo Walter Santos o otário. Não porque obteve a cessão da marca Livre Mercado. Afinal, dizia dispor de muitos recursos para o empreendimento, prometendo mundos e fundos para torná-la metropolitana. LivreMercado precisava mesmo de investidor que reforçasse a estrutura administrativa, porque o tônus editorial chegara ao limite de sacrifícios pessoais. Walter Santos tornou-se otário porque alterou completamente o perfil editorial da publicação. Dispensou todos os profissionais que ajudaram a moldar aquela identidade editorial. Comprou uma fábrica da Coca Cola e passou a produzir Tubaína. Por isso é otário editorial. Nos arquivos deste blog escrevi a respeito, sob o título “Cola Cola e Tubaína”. Atrair a expressão “bomba” tanto à revista quanto ao prêmio é uma agressão aos documentos de que disponho.

O informante de Walter Santos, autor do repasse dos emails que trocamos, chama-se Ricardo Hernandes. Nos meios jornalísticos é conhecido pelo dinamismo, pela resistência a uma doença grave, situação que despertou solidariedade de alguns companheiros de profissão, inclusive deste jornalista. Ricardo Hernandes carrega na personalidade complexa uma dificuldade profunda de levar lealdade a sério. Ricardo Hernandes também é conhecido pela dificuldade de manter a língua entre os dentes. Com a Internet, então, virou um azougue. O que Walter Santos não transcreveu na matéria de Livre Mercado foram outras frases que compuseram a relação digital que mantive em tom ácido com Ricardo Hernandes. Walter Santos deixou de lado uma frase que se referia à infração do Código Penal. Quanto aos “ladrões”, dos quais me desvencilhei e dos “vagabundos” que se fizeram de amigos, as especulações da revista da Best Work não merecem comentários. Trato esses assuntos na esfera cabível, a Justiça, ou pessoalmente. No segundo caso, mesmo que tenha de manifestar meu sangue espanhol. Ou será que apenas o sangue italiano de Belluzzo merece tolerância? Prevalecendo essa caça às bruxas comportamental, o que seria mais grave e desclassificador, segundo o conceito seletivo de Walter Santos: as declarações públicas de um dirigente esportivo ou um simples email reservadíssimo de um jornalista atraiçoado? Nada disso faz sequer cócegas à persistente e reprovável tática de emissão de cheques sem fundos emitidos por Walter Santos e a Best Work.

CORRUPTOR DE DADOS

Escreveu a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • É bom deixar claro que a marca Livre Mercado foi paga integralmente conforme contrato firmado pelas partes:

Escreve este jornalista:

  • É provável que na patética e irresponsável linguagem negocial de Walter Santos, a assinatura de um contrato de cessão de uma marca, como é o caso de Livre Mercado, seja interpretada como pagamento integral. Walter Santos pretende-se ilusionista. A marca Livre Mercado estaria praticamente paga se a Best Work não fosse uma empresa proteladora de obrigações contratuais, se cheques sem fundos não irritassem tanto os credores, se tantos outros credores não fossem ignorados. Tudo comprovadamente à acareação pública. Os conselheiros editoriais de Livre Mercado receberam na última sexta-feira uma cópia de correspondência eletrônica da Prol Gráfica. Uma dívida que deveria ser saldada até setembro próximo, em 10 parcelas, está praticamente intacta: apenas duas parcelas, e mesmo assim com muito atraso, foram resgatadas. Várias outras transformaram-se em cheques voadores.

É muito difícil acreditar que Walter Santos, o dono da Best Work Consultoria Empresarial, esteja em pleno gozo da sensatez quando manda escrever uma matéria sem se dar conta de situações elementares. A inadimplência da Best Work junto aos credores é a melhor explicação para a fuga do compromisso de pagamento de metade da marca Prêmio Desempenho Empresarial. A Best Work quer ganhar tempo na Justiça e, em paralelo, atira cascas de bananas de diversionismo.

ATRAVESSADOR EDITORIAL

Escreveu a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Logo, ameaças e difamações não passam de gritos de desespero de quem perdeu palanque e voz, precisando, agora recorrer a artífices para se manter ouvido e utilizar um blog como ferramentas de coação.

Escreve este jornalista:

  • O que Walter Santos chama de “ameaças e difamações” são provas documentais que colocamos à apreciação e ao julgamento público em resposta a uma matéria que se confunde com aquilo que cheira mal em banheiros públicos. E está enganado, porque jamais fiz da profissão que exerço há 45 anos trampolim para vaidades pessoais. Fora do horário de trabalho, vivo quase em clausura. Invisto em conhecimento. Não frequento rodas sociais com a regularidade que deveria. Minha maior riqueza material é o arquivo jornalístico de mais de três mil pastas. Não tenho a menor pretensão de fazer nada além do jornalismo. E a mídia digital, que descobri há mais de 10 anos, mas na qual apenas nesta temporada me lancei para valer, me dá mais prazeres do que a mídia impressa. No mundo inteiro, jornalistas experientes que já trabalharam em títulos respeitados, trilham a mesma rota. Walter Santos provavelmente me considera um festeiro, porque me acompanhou em duas etapas do Prêmio Desempenho no ano passado. Mal sabe que aqueles eventos formavam minha agenda social anual, e mesmo assim sob intensa preocupação profissional. Minha participação era obrigatória e também uma maneira de retribuir o apoio da sociedade e, sobretudo, o empenho voluntário dos conselheiros editoriais.  Ao contrário de Walter Santos, que faz das páginas de Livre Mercado uma extensão familiar com cobertura de aniversários de parentes, jamais permiti algo semelhante em 19 anos. Diferentemente de Walter Santos, jornalismo para mim é profissão, não, como para ele, uma oportunidade de exercitar a pavonice típica de supostos novos ricos.

CONTRAVENTOR ABUSADO

Escreve a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Deixamos claro que a técnica de difamação e coação — com argumentos vazios — não funcionam (sic), até mesmo porque abrimos mão de R$ 150 mil já pagos — de um total de R$ 400 mil que seriam pagos por 50% do Prêmio Desempenho.

Escreve este jornalista:

  • A repetição de chavões que, de fato, refletem a matéria da revista da Best Work, além de cansativa, tornou-se objeto de condenação explícita diante do que contraponho neste artigo. Quanto aos valores mencionados por conta do que a Best Work atribui à aquisição da marca Prêmio Desempenho Empresarial, há fartos documentos que dissolvem a invencionice. A direção da Best Work provavelmente não se deu ao trabalho de ler e reler o contrato assinado com a DLC. O calote iniciou-se no último dia 31 de agosto, quando venceu a primeira parcela de R$ 25 mil de um total de R$ 250 mil relativos à cessão de 50% da marca da premiação.

REINCIDENTE INCONTROLÁVEL

Escreveu a revista da Best Work Consultoria Empresarial:

  • Na verdade, o que motiva essas ações é a vontade ou necessidade de receber integralmente o valor da metade de um produto, mesmo que na marra, e empurrar goela abaixo a outra metade. Valores esses que tiveram seus recebimentos antecipados segundo o vendedor. Ele alega que o proprietário de um grande veículo de mídia da região teria realizado a agiotagem desses valores. Como a Best Work Editora & Mídia resolveu não ficar com 50% do Prêmio Desempenho, é ameaçada de ter mentiras publicadas em outros veículos. Essa é a infantilidade de um paladino dos bons costumes que sempre afirma poder provar tudo. Afinal, costumeiramente, se diz amplamente documentado, mas sempre a fim de tirar vantagens próprias.

Escreve este jornalista:

  • Walter Santos mente descaradamente. Ainda no mês passado, em resposta a uma Ação Extra-Judicial demandada pela Best Work, reiterei disposição de colaborar na realização de mais uma etapa do Prêmio Desempenho Empresarial. O documento está disponível à acareação. Aliás, desde janeiro deste ano reúno provas materiais (emails) enviadas à direção da Best Work e também a seus advogados, alertando-os sobre vários aspectos técnicos à realização da premiação. Em nenhuma situação — e a prova documental é ampla — fiz qualquer tipo de sugestão para a venda integral da marca. Muito pelo contrário: o que sempre me preocupou e me preocupa é a manutenção de uma tradição de sucesso que ao longo dos tempos levou mais de 100 mil pessoas a diferentes palcos e consumou a entrega meritocrática de 1.718 troféus, sempre com a credibilidade de auditorias externas. Partiu da Best Work, aliás, a divulgação precipitada de que comprara integralmente o Prêmio Desempenho Empresarial. Os conselheiros editoriais que participaram de um dos coquetéis são testemunhas das declarações de Walter Santos, atribuindo-se detentor único da marca. Quanto aos recursos monetários que este jornalista já teria comprometido com terceiros por conta da negociação com a Best Work, trata-se de decisão de foro privado respaldada pela garantia de que a cessão de metade do Prêmio Desempenho Empresarial, de propriedade da DLC, obedece a todos os rigores legais. Essa antecipação de recursos é uma exceção na vida deste profissional, embora seja comum entre aqueles que contabilizam recebíveis. Já o histórico de Walter Santos e da Best Work é diferente, porque recorrem sistematicamente a empresas de factoring com estranha modelagem de venda de créditos que nem créditos são. Será que Walter Santos vai questionar essa afirmativa?

Sobre os ataques comportamentais, que agora derivaram para outro campo, Walter Santos coloca-se como péssimo observador e leitor. Confunde legado jornalístico, em defesa de tudo que está sob o guarda-chuva da regionalidade, com supostos procedimentos sociais. A melhor forma de acabar com tudo isso é transportar essas questões para o fórum que a Best Work desejar. Poderia ser, em primeira instância, um encontro com os conselheiros editoriais que a revista Livre Mercado ainda exibe no expediente.


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