Imprensa

À espera de acareação

DANIEL LIMA - 10/09/2009

Continuo à espera de acareação que propus ao empresário Walter Sebastião dos Santos, dono da Best Work Assessoria Empresarial, também conhecido como mágico reverso, capaz de transformar a revista LivreMercado, durante 19 anos sob minha direção editorial, na revista “Deus me livre”.

Walter Sebastião dos Santos está crente que o Grande ABC tem memória curta e que, por isso, pode utilizar-se daquele pasquim para violentar a verdade. Está enganado, porque quem já enfrentou o que enfrentei como jornalista, não recuará diante da montanha de barbaridades que imprimiu na “Deus me livre”, cujos desdobramentos vão chegar ao campo policial e também à esfera judicial.

Por que será que Walter Sebastião dos Santos não aceita enfrentamento diante de conselheiros editoriais da revista “Deus me livre”?

Sugiro um democrático encontro. Poderemos convidar um promotor público para mediar os debates. Mais que isso: o promotor público poderia estabelecer as regras do jogo de informações para evitar golpes baixos, procrastinações, enrolações. Mais ainda: ambos os lados poderiam aproveitar a presença do promotor público e autorizar a abertura de investigações sobre o conteúdo da matéria publicada na edição de agosto da “Deus me livre”. Se a investigação couber exclusivamente à Polícia Judiciária, que se chame então um delegado de Polícia para comandar o trabalho.

Quem pode ter algum receio de um especialista em tergiversações como Walter Sebastião dos Santos? A vida pregressa desse empresário que até outro dia se apresentava a muita gente como advogado mas que, diante do desmascaramento, agora assume a condição de técnico em contabilidade, não é condimento que se despreze no tempero final de um debate público para dar credibilidade ou sustentar desfaçatez daquela matéria.

Walter Sebastião dos Santos tem velho vício da cultura verde e amarela — o vício de entender que só é importante ou é mais importante que qualquer coisa carregar a muleta de doutor.

Nos tempos em que esteve com os quadros funcionais da Editora Livre Mercado, quando preparava jogada para assumir a marca LivreMercado, fato consumado em dezembro do ano passado, a mesma marca que por obra de incompetência ele transformou em “Deus me livre”, Walter Sebastião dos Santos praticamente obrigava que o chamassem de doutor. Ele age com a empáfia dos novos ricos, cujo passado transplantado à telenovela o rivalizaria com uma protagonista da quase finda atração das nove.

Somente os leitores menos atentos ou despreocupados com a respeitabilidade alheia desqualificariam este texto e o retirariam da agenda de compromisso social, compartimentando-o num dispositivo de retaliações de interesse pessoal. Esqueceriam esses leitores que os ataques desferidos por Walter Sebastião dos Santos na edição de agosto de “Deus me livre” não poderiam e não ficariam impunes. Basta que esses leitores se coloquem no lugar deste jornalista. Façam esse exercício, por gentileza.

O texto completo sobre a questão e as respostas que se seguem estão nos arquivos deste site. Basta clicar “Verdades sobre mentiras (2)” para recuperá-lo. Está ali o desafio da acareação pública, à qual Walter Sebastião dos Santos parece desconhecer. Apenas parece, porque está atentíssimo com seu quadro de advogados (como trabalham aqueles advogados, como trabalham!) na tentativa de intimidar este jornalista.

Estão perdendo tempo e dinheiro porque estou decididíssimo a ir às últimas consequências para provar em qualquer âmbito que Walter Sebastião dos Santos acrescenta toneladas de comprometimento à saúde ética do jornalismo no Grande ABC.

É claro que saberei sempre separar alhos de bugalhos. Por isso às informações de que, depois de bajular prefeitos do Grande ABC sem obter respostas satisfatórias no campo publicitário, estaria decidido a persegui-los, francamente, não posso e não devo acreditar. Afinal, Walter Sebastião dos Santos pode não entender nada de jornalismo, mas não está na praça para queimar dinheiro. Ele adquiriu — mas ainda não pagou — a revista LivreMercado, transformada em “Deus me livre”, entre outros motivos para alavancar a especialidade em recuperação de tributos, sobre a qual não faço, por enquanto, maiores restrições. Escrevi “por enquanto”, porque há indícios de irregularidades envolvendo a Best Work Assessoria Empresarial.


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