Imprensa

Sérgio Gomes admite entrevista inédita sobre caso Celso Daniel

DANIEL LIMA - 26/01/2011

O homem acusado pelo Ministério Público de Santo André de ter atuado como mandante do assassinato do então prefeito Celso Daniel prepara-se para uma entrevista exclusiva e inédita a este jornalista. Depois de nove anos, desde a morte daquele que seria coordenador do programa de governo do estão candidato presidencial Lula da Silva, Sérgio Gomes está decidido a romper o silêncio. Primeiro-amigo de Celso Daniel, Sérgio Gomes foi escolhido pelo MP como vilão de um caso que está muito distante do enredo traçado pela chamada grande mídia. Sobretudo na associação da morte do prefeito e da suposta rede de propinas na Prefeitura de Santo André.

Fiquei surpreso neste começo de tarde de quarta-feira quando recebi telefonema de Sérgio Gomes convidando-me à entrevista de revelações.

As relações profissionais e pessoais que mantenho com Sérgio Gomes desde o assassinato de Celso Daniel são intensas. Não o conhecia, exceto num breve aperto de mão em restaurante de Santo André, quando ocorreu o sequestro na noite de 18 de janeiro de 2002.

Atuei irredutivelmente no desmascaramento da versão de crime político que o Ministério Público magnetizou na sociedade com ampla retaguarda dos principais veículos de comunicação.

Nenhum jornalista se colocou tão profunda e independentemente na busca da verdade dos fatos. Escrevi mais de dois milhões de caracteres sobre o caso Celso Daniel. Sem vínculo com qualquer agremiação partidária e sem amarras editoriais que me encabrestassem, fui aos fatos. Sei o que passei entre leitores conservadores. Os mesmos leitores conservadores que vibram comigo quando afirmo que a petista Universidade Federal do Grande ABC é uma falácia pedagógica de inserção regional.

Apesar da proximidade com Sérgio Gomes, jamais vinculei minha atuação profissional a qualquer tipo de privilégio informativo. Muito pelo contrário: jamais fiz qualquer tipo de gestão para ganhar exclusividade em qualquer depoimento. Primeiro porque não faço esse tipo de condicionalidade como contrapartida jornalística. Segundo porque sempre respeitei esse homem massacrado ao longo dos anos por metralhadoras políticas e partidárias.

Vou me encontrar hoje ou amanhã com Sérgio Gomes. Ele vai dizer o que quiser dizer. Acho que já passou da hora, mas nunca tive coragem de lhe dizer isso porque poderia ser mal-entendido. Talvez seja porque jamais procurei os holofotes da exclusividade que Sérgio Gomes tenha decidido me procurar. Não tenho a menor ideia sobre o conteúdo da entrevista exclusiva. Não que me faltem perspectivas informativas. Muito pelo contrário: o problema é que há excessos.

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