Este é o 11º indicador do G-22 de Competitividade. Trata-se do comportamento do potencial de consumo neste século. E o resultado não poderia ser diferente do que se deu no PIB. Afinal, Potencial de Consumo e PIB são semelhantes. O primeiro apura a produção de riqueza e o segundo o acúmulo dessa mesma riqueza.
Com o suporte técnico da Consultoria IPC, parceira de três décadas de LivreMercado/CapitalSocial, acabamos de construir um novo ranking do G-22, o grupo dos 20 maiores municípios do Estado de São Paulo, exceto a Capital e com a inclusão de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que completam o quadro da região. Alguns números e classificações foram alterados após a edição por conta de ajustes do ranking.
Esse é mais um indicador construído sobre os alicerces do potencial de consumo. Num primeiro ranking incluído no G-22 foi exposto o potencial de consumo dos municípios levando-se em conta os dados absolutos de 2019, o mais atualizado.
Desta vez optamos por um confronto que tem como base estatística o ano de 1999 e 2019. Dessa forma, medimos a evolução relativa do potencial de consumo a partir de 1º de janeiro de 2000. Ou seja, neste século.
Velocidade de crescimento
Essa nova métrica possibilita uma mais apurada investigação do comportamento dos municípios do G-22. Há diferenças que saltam à vista. Os valores absolutos que colocaram em ordem de grandeza o ranking de 2019 não seguem o mesmo ritmo quando se colocam frente a frente os dados de 1999 e os dados da ponta da estatística. Vamos aos casos que envolvem diretamente os municípios do Grande ABC.
São Caetano ocupa, em valores absolutos neste 2019 o 21º maior lugar em potencial de consumo per capita do G-22. Ou seja: São Caetano perde terreno ano a ano. Tanto é verdade que o potencial de consumo em números absolutos per capita de São Caetano na chegada do novo século garantia o primeiro lugar no G-22. Uma queda expressiva de lá para cá.
Santo André é a décima colocada no ranking de potencial de consumo per capita quando se tem apenas os dados absolutos de 2019, mas no século caiu para o 14º lugar. Em 1.999, base da pesquisa, Santo André ocupava a sexta posição.
São Bernardo é 11ª colocado no ranking de potencial de consumo absoluto em 2019, mas o ritmo de crescimento no século foi tão fragilizado que ocupa a antepenúltima colocação frente aos demais. Resultado: desabou do segundo lugar na base da pesquisa para o 20º posto. Ou seja: virou a tabela classificatória de ponta-cabeça.
Mauá ocupa a 18ª colocação no ranking do G-22 quando a métrica é o valor absoluto registrado neste ano. Ao contrário de Santo André, São Bernardo e São Caetano, melhora de posicionamento quando se considera o resultado ao longo deste século, ocupando a nona posição em velocidade de crescimento.
Ribeirão Pires teve leve melhora no comportamento do potencial de consumo por habitante neste século quando confrontada com a ordem hierárquica de 2019: passou da 19ª para a 15ª colocação. Ou seja: quando se comparam os números com os demais concorrentes do G-22, Ribeirão Pires ganhou quatro posições na tabela.
Rio Grande da Serra, beneficiado pela população bastante aquém dos demais competidores e também pelo programa Bolsa Família, deu salto espetacular: de antepenúltimo colocado no ranking desta temporada, avançou para o primeiro lugar quando se trata de ritmo de crescimento no século.
Diadema completa a representação do Grande ABC ao ocupar a 11ª posição no ranking de crescimento do potencial de consumo por habitante neste século, bem acima da posição desta temporada, que leva em consideração o valor absoluto do quanto cada morador tem para gastar, situação que a coloca na penúltima posição.
Acompanhem o ranking de velocidade de crescimento do potencial de consumo per capita do G-22 neste século:
1. Rio Grande da Serra com potencial de consumo de 24.598,78 mil e variação nominal de 588,05% neste século.
2. São José do Rio Preto com potencial de consumo per capita de R$ 38.551,23 mil e variação nominal de 523,81% neste século.
3. Sumaré com potencial de consumo per capita de 26.276,08 mil e variação nominal de 523,02% neste século.
4. Piracicaba com potencial de consumo de R$ 35.513,38 mil e variação nominal de 513,37% neste século.
5. Ribeirão Preto com potencial de consumo per capita de 38.466,66 mil e variação nominal de 504,69% neste século.
6. Taubaté com potencial de consumo per capita de R$ 30.187,56 mil e variação nominal de 480,54% neste século.
7. São José dos Campos com potencial de consumo per capita de R$ 33.561,81 mil e variação nominal de 471,44% neste século.
8. Sorocaba com potencial de consumo per capita de R$ 31.539,43 mil e variação nominal de 471,19% neste século.
9. Mauá com potencial de consumo per capita de R$ 25.335,78 mil e variação nominal de 453,33% neste século.
10. Jundiaí com potencial de consumo per capita de R$ 33.507,85 mil e variação nominal de 442,33% neste século.
11. Diadema com potencial de consumo per capita de R$ 23.617,95 mil e variação nominal de 420,02% neste século.
12. Mogi das Cruzes com potencial de consumo per capita de R$ 25.856,61 mil e variação nominal de 407,20% neste século.
13. Barueri com potencial de consumo per capita de R$ 26.024,48 mil e variação nominal de 404,16% neste século.
14. Santo André com potencial de consumo per capita de R$ 31.384,51 mil e variação nominal de 398,67% neste século.
15. Ribeirão Pires com potencial de consumo per capita de R$ 24.669,37 mil e variação nominal de 398,90% neste século.
16. Paulínia com potencial de consumo per capita de R$ 27.891,49 mil e variação nominal de 389,37% neste século.
17. Osasco com potencial de consumo per capita de R$ 25.884,64 mil e variação nominal de 386,14% neste século.
18. São Caetano com potencial de consumo per capita de R$ 37.348,85 mil e variação nominal de 381,73% neste século.
19. Guarulhos com potencial de consumo per capita de R$ 23.245,73 mil e variação nominal de 357,45% neste século.
20. São Bernardo com potencial de consumo per capita de R$ 29.982,74 e variação nominal de 331,23% neste século.
21. Santos com potencial de consumo per capita de R$ 32.976,59 mil e variação nominal de 328,42% neste século.
22. Campinas com potencial de consumo per capita de R$ 28.403,80 mil e variação nominal de 295,57% neste século.
Total de 1894 matérias | Página 1
21/11/2024 QUARTO PIB DA METRÓPOLE?