Imprensa

Milton Bigucci quer silenciar quem não aceita seu modelo de liderança

DANIEL LIMA - 17/08/2011

Presidente eterno da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), o empresário Milton Bigucci abomina o contraditório. Milton Bigucci adora a unanimidade burra que o eleva a uma categoria de supostos intocáveis na Província do Grande ABC. Sem dúvida um dos símbolos maiores desse provincianismo, Milton Bigucci ameaça este jornalista na Justiça.

É claro que faltam argumentos e sobra arrogância, para variar. O que ele pensa que vai conseguir nenhum magistrado de bom senso concederá e jamais este jornalista aceitará: vou continuar a lhe dedicar a atenção que tantos outros inoperantes dirigentes classistas da região merecem porque ocupam espaços pelo simples prazer da ocupação. Dão bananas à comunidade.

Antecipo a Milton Bigucci que ele perderá tempo e dinheiro na Justiça, ao pretender me ver calado e submisso. Ele deveria deixar de perder tempo e transformar a entidade que dirige em algo de responsabilidade social minimamente séria. Esse clube de alguns apaniguados imobiliários não é algo que se possa chamar de instituição que valorize a cidadania regional.

Milton Bigucci não sabe o que lhe está reservado com essa ação camicase. Vamos enfrentá-lo com mais empenho ainda. É questão de honra separar alhos de bugalhos.

Querem ver como a Acigabc é uma casa da sogra de interesses localizados tanto de Milton Bigucci quanto do grupinho com que divide a entidade num corporativismo de meados do século passado, incapaz de atualização?

1) O que estava fazendo Milton Bigucci quando das denúncias de que o Condomínio Barão de Mauá era uma armadilha aos pobres adquirentes? Que ele mostre apenas uma, umazinha, manifestação de solidariedade com aquele atentado aos bolsos e a saúde dos moradores do local.

2) Onde estava Milton Bigucci quando das denúncias deste jornalista (com provas irrefutáveis) que dão conta das irregularidades no lançamento comercial do Condomínio Residencial Ventura, sob a batuta da Família De Nadai, da Cyrella e da Construtora São José?

3) Onde estava Milton Bigucci para tentar coibir de alguma forma a farra do boi da ocupação irregular dos mananciais da Província do Grande ABC, especialmente da região da Represa Billings?

4) Onde estava Milton Bigucci quando das recentes denúncias de assalto ao carro pagador de propina no estacionamento da Secretaria de Obras e Serviços da Prefeitura de Santo André?

5) Onde estava preventivamente Milton Bigucci para coibir a utilização de jovens na distribuição de panfletos anunciando ofertas imobiliárias nas esquinas da Província do Grande ABC?

6) Onde estava Milton Bigucci para contribuir com os organismos regionais da Província do Grande ABC na questão do déficit habitacional nos eixos de uma política que contemplasse todos os diretamente interessados, principalmente os mais pobres da sociedade?

7) Que lógica minimamente sensata e de cidadania teria Milton Bigucci para defender o absurdo de que a Província do Grande ABC deveria contar com leis de uso e ocupação do solo mais flexíveis para permitir uma verticalização ainda mais ensandecida e comprometedora da infraestrutura pública?

8) O que estavam fazendo Milton Bigucci e seus companheiros de jornada imobiliária muito próximos das vantagens do trecho sul do Rodoanel, que tangencia a Província do Grande ABC, antes e durante as obras? Por que a entidade que dirige não preparou nada, nadinha, à inserção dessa serpentina asfáltica em favor da logística e da economia interna da Província? Há outros porquês do trecho sul do Rodoanel que ele terá de responder durante o desenrolar das audiências no Fórum de São Bernardo. A sugestão é que providencie algumas doses suplementares de uma farmacologia apropriada para acalmar os nervos.

Muitas outras questões poderiam ser reproduzidas neste texto, mas chamo a atenção dos leitores às perguntas que até agora não foram respondidas por Milton Bigucci, formuladas que foram em setembro do ano passado. É claro que ele não responderá. Milton Bigucci prefere sempre o caminho que lhe parece mais fácil, de tentar a intimidação por meio da Justiça, fazendo-se de vítima. Engana-se que tenha este jornalista temor dos próximos tempos. Acredito piamente na sensibilidade do magistrado. Vou ratificar todas as afirmações que produzi neste espaço. Só não permitiria que faça uso oblíquo de informações, atribuindo-lhes valores semânticos que fujam da materialidade objetiva dos enunciados.

Combater a inoperância de Milton Bigucci como dirigente de classe é um prazer enorme para este jornalista porque, de alguma forma, alguém poderá dizer no futuro, se forem todos incapazes de compreender no presente, que existia pelo menos uma voz rouca em meio ao silêncio das ruas desta Província.

Leiam também:

As perguntas enviadas a Milton Bigucci

Carro pagador é da construtora do caso do Residencial Ventura


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