Economia

G-22: Grande ABC tem Emprego
Geral abaixo da média nacional

DANIEL LIMA - 29/01/2020

No segundo ranking do mercado de trabalho do G-22, os resultados do Grande ABC (representado por sete municípios) foram insatisfatórios em 2019 quando confrontados com a média nacional. As exceções da região são Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (que integram o grupamento apenas porque pertencem à região, não porque tenham riqueza como os demais municípios) que registraram saldo acima da média nacional. Os demais perderam fôlego. 

A bem da verdade, dos 20 maiores municípios do Estado de São Paulo que formam o G-22, apenas Barueri e Paulínia registraram saldo em Emprego Geral acima da média nacional. Os demais acumularam números quantitativos positivos, mas se perderam quando confrontados com a média nacional.

A âncora do Emprego Geral do G-22 é a média nacional de 1,68% de crescimento de vagas com carteiras assinadas em 2019. Isso quer dizer que o estoque de trabalhadores de todas as categorias econômicas do País conquistou saldo positivo frente ao ano anterior. Foram gerados no ano passado no País 644.079 empregos com carteira assinada em atividades como agropecuária, indústria de transformação, comércio, serviços, administração pública, construção civil, indústria extrativa mineral e de serviços industriais de utilidade pública. 

Participação reduzida 

O Grande ABC obteve como saldo geral no ano passado (ou seja, o resultado líquido entre admissões e demissões) o total de 4.924 postos de trabalho. Ante o saldo geral do País, a participação da região não passou de 0,746%. Menos da metade do estoque de quase 2,00% dos empregos formais que a região detém no Brasil, cujo acúmulo vem ao longo dos anos. Traduzindo: perdemos no ano passado participação relativa na geração de empregos formais. Como, aliás, a maioria dos demais municípios do G-22. 

Como se observará no ranking logo em seguida, a melhor participação regional no ano passado entre os municípios que constam do Clube das 20 Maiores Economias do Estado de São Paulo pertence a Mauá. Foram criados 999 empregos formais no Município. Entretanto, mesmo assim, o resultado foi negativo frente à média nacional: o estoque de Mauá avançou 1,67%, ou seja, 0,001 ponto percentual abaixo da média geral do País. 

Santo André está em quinto lugar, São Caetano em sexto, São Bernardo em 17º e Diadema em 19º lugar. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão no ranking apenas de forma expositiva porque não têm porte econômico para constar oficialmente do G-22. 

1. Barueri com saldo positivo de 7.546 carteiras assinadas e aumento do estoque geral de 1,50 ponto percentual ante a média nacional. 

2. Paulínia com saldo positivo de 680 carteiras assinadas e aumento do estoque geral de 0,15 ponto percentual ante a média nacional. 

3. Mauá com saldo positivo de 999 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,01 ponto percentual ante a média nacional. 

4. Ribeirão Preto com saldo positivo de 3.260 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,20 ponto percentual ante a média nacional. 

5. Santo André com saldo positivo de 2.613 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,33 ponto percentual ante a média nacional. 

6. São Caetano com saldo positivo de 1.430 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,36 ponto percentual ante a média nacional. 

7. Jundiaí com saldo positivo de 1.785 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,56 ponto percentual ante a média nacional. 

8. São José do Rio Preto com saldo positivo de 1.337 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,69 ponto percentual ante a média nacional. 

9. Sorocaba com saldo positivo de 1.696 carteiras assinadas e redução do estoque de 0,77 ponto percentual ante a média nacional. 

10. Osasco com saldo positivo de 1.302 carteiras assinadas e redução do estoque de 0,80 ponto percentual ante a média nacional. 

11. Taubaté com saldo positivo de 604 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 0,86 ponto percentual ante a média nacional. 

12. Campinas com saldo positivo de 2.736 carteiras assinadas e redução do estoque de 0,96 ponto percentual ante a média nacional. 

13. Guarulhos com saldo positivo de 1.670 carteiras assinadas e redução do estoque de 1,15 ponto percentual ante a média nacional. 

14. Piracicaba com saldo positivo de 347 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 1,38 ponto percentual ante a média nacional. 

15. Sumaré com saldo positivo de 91 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 1,51 ponto percentual ante a média nacional. 

16. Santos com saldo positivo de 104 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 1,62 ponto percentual ante a média nacional. 

17. São Bernardo com saldo negativo de 531 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 1,90 ponto percentual ante a média nacional.

18. São José dos Campos com saldo negativo de 696 carteiras assinadas e redução do estoque de 2,07 pontos percentuais ante a média nacional. 

19. Diadema com saldo negativo de 519 carteiras assinadas e redução do estoque geral de 2,29% ante a média nacional. 

20. Mogi das Cruzes com saldo negativo de 1.525 carteiras assinadas e redução de estoque de 3,21 pontos percentuais ante a média nacional. 

 Ribeirão Pires com saldo positivo de 738 carteiras assinadas e aumento do estoque geral de 2,10 pontos percentuais acima da média nacional. 

 Rio Grande da Serra com saldo positivo de 73 carteiras assinadas e aumento do estoque geral de 1,15 ponto percentual acima da média nacional. 



Leia mais matérias desta seção: Economia

Total de 1894 matérias | Página 1

21/11/2024 QUARTO PIB DA METRÓPOLE?
12/11/2024 SETE CIDADES E SETE SOLUÇÕES
07/11/2024 Marcelo Lima e Trump estão muito distantes
01/11/2024 Eletrificação vai mesmo eletrocutar o Grande ABC
17/09/2024 Sorocaba lidera RCI, São Caetano é ultima
12/09/2024 Vejam só: sindicalistas agora são conselheiros
09/09/2024 Grande ABC vai mal no Ranking Industrial
08/08/2024 Festejemos mais veículos vendidos?
30/07/2024 Dib surfa, Marinho pena e Morando inicia reação
18/07/2024 Mais uma voz contra desindustrialização
01/07/2024 Região perde R$ 1,44 bi de ICMS pós-Plano Real
21/06/2024 PIB de Consumo desaba nas últimas três décadas
01/05/2024 Primeiro de Maio para ser esquecido
23/04/2024 Competitividade da região vai muito além da região
16/04/2024 Entre o céu planejado e o inferno improvisado
15/04/2024 Desindustrialização e mercado imobiliário
26/03/2024 Região não é a China que possa interessar à China
21/03/2024 São Bernardo perde mais que Santo André
19/03/2024 Ainda bem que o Brasil não foi criado em 2000