Imprensa

30ANOS: salve-se quem puder
atropela integração regional

DANIEL LIMA - 14/08/2020

Na última edição dos anos 1990 da revista LivreMercado, a jornalista Malu Marcoccia colocou o dedo numa ferida que se tornaria exposta de forma mais inquietante no novo século que começaria. A integração regional costurada com esmero sob a liderança do prefeito de Santo André, Celso Daniel, já dava sinais claros de estilhaçamento. Como se fato se deu.  

Esta é a centésima-décima-primeira edição da série 30ANOS do melhor jornalismo regional do País, a multiplicação das páginas impressas de LivreMercado e das páginas digitais de CapitalSocial.   

Fogo cruzado

na integração 

 MALU MARCOCCIA - 05/12/1999 

Lançar um produto que desvende a indústria de móveis do Grande ABC pelas lentes de um design respeitado e próspero figura entre as 10 ações prioritárias sobre as quais se debruça o setor moveleiro da região desde que, há dois anos, decidiu resgatar para valer a saudosa fama de um dos maiores polos produtores do País. Uma tremenda tempestade pode estar se armando no horizonte, entretanto, com a iniciativa de São Bernardo sair à frente e lançar a marca própria SBC Design.  

Conceitualmente, a iniciativa do Poder Público local é nobre, ao sublinhar que o Programa SBC Design pretende valorizar a vocação industrial do Município como centro de excelência agregando valor e tecnologia a seus produtos, não fosse essa uma das regras de ouro profetizadas para a integração das sete cidades que batizaram a Câmara do Grande ABC. Os moveleiros, por sinal, são um dos grupos temáticos de estudos regionais da Câmara. 

Ao que parece, o momento mágico da propalada soma de esforços dos municípios da região começa a fazer água. Todos sempre jogaram o baralho da integração com as cartas no peito, escondendo intenções individuais escamoteadas. 

Coletivo e municipal 

Na revisão que se faz da Loto Fiscal, ou Lei de Incentivos Seletivos como é chamado o pacto regional, é difícil diferenciar o que é lobby coletivo do Grande ABC para reverter a evasão de empresas e o que é patrocínio de interesses exclusivamente municipais, tratado sob a tábua rasa do respeito às vocações das cidades. 

Passada para trás com o filantrópico pretexto de que cada Município deve desenvolver o que entende ser seus potenciais econômicos, a integração tem tudo para entrar em decomposição a partir de uma Loto Fiscal para cada cidade. 

A Câmara Regional, na verdade, vem sobrando no ilustre papel de agregar forças e evitar disputas internas, sobretudo as relacionadas à atração de investimentos. Pode ser tomada como exemplo a delimitação do grandioso Eixo Tamanduatehy ao trecho de Santo André, já que São Caetano quase nada compartilha das discussões regionais nem demonstra interesse em se somar à empreitada de revitalização da Avenida dos Estados. 

A futura centralização da Indústria de Móveis Bartira em São Caetano pode ser outra fenda no dique, pois golpeará as atividades até agora desenvolvidas em Ribeirão Pires e Santo André. Braço das Casas Bahia, a Bartira está entre as duas maiores arrecadações tributárias de Ribeirão Pires. 

Subindo a temperatura  

A temperatura regional também subiu quando se tratou de disputar a megacozinha industrial da rede Habib’s e a regional do callcenter Atento, do Grupo Telefônica. São Bernardo levou a melhor nos dois casos: trabalhou a toque de caixa para liberar em 45 dias a burocracia para que a maior unidade latino-americana da Atento desembarcasse com R$ 7,5 milhões de investimentos em antiga área da concessionária Fiat Pirâmide e travou desconfortável guerra com Santo André, Mauá, São Caetano e Diadema, que também cobiçavam os US$ 5 milhões que o Habib’s vai tirar do bolso para construir sua central de produção de alimentos.  

Por conta desse verdadeiro leilão, São Bernardo acabará absorvendo sorveteria, confeitaria e panificação do Habib’s em funcionamento em Diadema, unidade que gera 135 empregos. 

Santo André também patrocinou embaraçosa investida ao atravessar a negociação que Mauá desenvolvia com Abraham Kasinski para implantação da Universidade do Trabalhador em área pública do Município. Ofereceu sorrateiramente ao empreendedor o encalhado esqueleto do que seria o Hospital de Clínicas do Grande ABC. Sem acordo com um nem outro Poder Público, Kasinski decidiu erguer o moderno centro escolar em área de sua propriedade em Mauá. 

Mais exemplos? O Polo de Sertãozinho, em Mauá, não cansa de trombetear com êxito sua vantagem locacional de ser a última reserva livre para indústrias e tem provocado intensa migração interna, como são os casos da Poliembalagens, ex-Santo André, e da Polarfix, ex-Ribeirão Pires.  

Pirelli e Tognato  

O anúncio da Cidade Pirelli, um megacomplexo de escritórios, hotéis e áreas de lazer em Santo André, balançou a vaidade de São Bernardo que, logo a seguir, lançou-se no mapa com algo similar: Cidade Tognato. Sem falar no embate entre municípios para fazer atracar em seus territórios o almejado parque regional de entretenimento. 

Já se falou em Beto Carreiro World em Paranapiacaba, Parque da Mônica na Represa Billings, Wet’nWind na Rodovia dos Imigrantes e Planeta Azul na Avenida dos Estados. São Bernardo há meses tem incubado um megacentro de convenções e exposições planejado na Via Anchieta e que pretende exibir a chancela de espaço regional, mas que — por mistério supremo — não levanta voo. 

Por trás de todas as disputas, não há como negar, há a decomposição das receitas públicas provocada pelas perdas de arrecadação com a fuga em massa de empresas do Grande ABC e com a funda reestruturação e enxugamento das que ficaram, para fazer frente à competitividade imposta pela globalização. 

O emagrecimento dos orçamentos municipais está mordendo na jugular dos prefeitos, daí a política do salve-se quem puder na atração de capitais privados e na mobilização de estratégias individuais.  

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de São Caetano não passa este ano de 38,06% do orçamento, contra 64,2% de 1995. Santo André viu encolher de tal modo a base industrial que perdeu em uma década mais da metade dos empregos do setor. Eram 65 mil em 1988; somavam 31,5 mil em 1997, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais). Entre 1980 e 1998, numa comparação ponta a ponta, o Grande ABC viu escapar 45% da arrecadação de ICMS. 

Moveleiros desagregam 

No limite, ao darem o pontapé inicial, como categoria regional, em uma iniciativa municipalista como o SBC Design, os moveleiros também podem contribuir para desagregar o trabalho que se desenvolve dentro da Câmara Regional em torno da atualização tecnológica e capacitação gerencial do parque da região como um todo.  

Ou não seria estranho um fabricante de Ribeirão Pires carimbar seu móvel com selo de qualidade e com design exibindo a sigla SBC? “Temos que apostar na força da marca da cidade. Não adianta: quando se fala em móveis do Grande ABC, se pensa logo em São Bernardo. Seria bobagem perder esse marketing, no qual investimos durante anos com a tradicional Feira de Móveis” — contemporiza Hermes Soncini, presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de São Bernardo e Região. 

Hermes Soncini não acredita que se esteja jogando no lixo o princípio número um de instâncias como Consórcio Intermunicipal de Prefeitos, Fórum da Cidadania e Câmara Regional: somar, em vez de dividir.  

Cita seu próprio exemplo, como produtor de móveis de cozinha de Diadema, ao encomendar um rack de lavanderia e se submeter ao primeiro teste do Programa SBC Design, lançado no mês passado em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Campus ABC da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo), que plantou na região seu Centro de Design, requisitado em todo o País. “O convênio é da Prefeitura de São Bernardo com a Uniban. Não poderíamos exigir que fosse lançada uma logomarca tipo ABC Design” — expõe o presidente do sindicato dos moveleiros. 

Individualidade atrapalha  

Insurreição ou não de São Bernardo, a verdade é que individualizar uma bandeira coletiva como um Centro de Desenvolvimento de Design do setor moveleiro, que serviria a outras fortes cadeias regionais como plásticos e gráficos, acaba contribuindo para a cultura do isolamento. Alimenta a filosofia do cada-um-por-si que ainda guia empresas e entidades, públicas e privadas, no Grande ABC, apesar do esforço da Câmara Regional para dinamitar essa histórica trajetória. 

“Preocupada com suas vocações, São Bernardo abraçou a causa do design como uma das prioridades. Não quer dizer que o programa não esteja aberto a todos os interessados da região. A Uniban, por meio do programa tecnológico Sebraetec de Design de Móveis, está autorizada a atender diretamente qualquer produtor. O importante é aproveitar a motivação individual de alguns para encorajar a todos” — harmoniza a gerente do Sebrae São Bernardo, Silvana Pompermayer, ao confessar que a sonhada integração é processo demorado e o passar do tempo depõe contra a urgência de sair à frente em algumas ações. 

“Criar uma identidade visual para nossos produtos e agregar inovações tecnológicas que os apresente e credencie no mercado foram metas definidas há dois anos pelo sindicato como estratégica ao setor. O programa é uma ação indutora de modernização, para que ditemos normas técnicas de tendências e moda como faz Milão, na Itália” — justifica o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bernardo e coordenador do grupo dos moveleiros na Câmara Regional, Fernando Longo.  

Ele cita que o Programa SBC Design foi lançado, na verdade, em agosto, como resultado do 1º Congresso dos Móveis, Decoração e Design do Município. O convênio com a Uniban pretende se estender a todos os setores produtivos da cidade e o SBC Design Móveis é justificado apenas como primeiro desdobramento da parceria. São Bernardo argumenta que abriga a maior base (190) dos 450 moveleiros da região. 

Móveis Bartira  

Também é prenúncio de atropelo à causa regional a festejada abertura em São Caetano da Indústria de Móveis Bartira, das Casas Bahia. Encalacrada nos últimos anos com as deserções de dezenas de fábricas do Município, a Prefeitura já pode estourar champanhe por conta do reforço na arrecadação de ICMS que terá a partir de 2001 com o anunciado investimento de R$ 20 milhões em área da desativada Aços Villares na Avenida dos Estados. 

“As Casas Bahia vão concentrar todas as fábricas de móveis em São Caetano” — comemora o diretor municipal de Desenvolvimento Econômico, Jerson Ourives. “Preservamos a finalidade industrial da área convencendo a Villares a vender os antigos galpões para as Casas Bahia centralizarem suas indústrias de móveis num só local” — gaba-se José Antonio Benedetti, assessor especial do prefeito Luiz Tortorello que garante ter coordenado a negociação. Com a nova Bartira, o Município poderá consolidar-se como segundo principal polo moveleiro do Grande ABC. 

Há muito mais do que forte indício de que as Casas Bahia pretendam transferir para São Caetano as plantas da Bartira instaladas em Ribeirão Pires e Santo André. Michael Klein, diretor e sucessor do pai Samuel Klein no comando da gigante varejista, nega a concentração, mas as dimensões do empreendimento justificam a festa na Prefeitura. 

Uma nova fábrica  

O megagalpão que se ergue no ex-terreno da Villares tem 100 mil metros quadrados e projeta abrigar 500 postos de trabalho. É proporcionalmente pouco menor do que toda a área construída da Scania Latin America em São Bernardo — de 130 mil metros quadrados –, onde há capacidade instalada para produção anual de 18 mil veículos, entre caminhões pesados e chassis de ônibus. Em outra comparação, a área da nova Bartira equivale a uma vez e meia o Parque Regional Duque de Caxias em Santo André, um dos principais centros de lazer do Grande ABC. 

“Estamos construindo nova fábrica. Não pretendemos trazer as plantas de Ribeirão e Santo André para São Caetano” — desconversa Michael Klein. O empresário reduz o clima de felicidade suprema que contagia a Prefeitura ao garantir que não houve intermediação do Poder Público na compra do terreno. “Fechamos diretamente com corretores. A Prefeitura só soube depois que a compra estava consumada. Encontramos bom terreno, por bom preço, e resolvemos fazer negócio porque queríamos o comando da fábrica de móveis perto da matriz da rede em São Caetano” — relata. 

Assessor especial contratado pelo prefeito Luiz Tortorello para atrair investimentos para São Caetano, José Antonio Benedetti assegura que o Poder Público intermediou a negociação sobretudo de olho na ocupação industrial do terreno. “Havia uma construtora interessada em transformá-lo num conjunto de prédios residenciais. Com interferência do prefeito Tortorello, conseguimos demover a Villares porque pretendíamos manter atividade industrial na área, para gerar empregos e aumentar a arrecadação do ICMS no Município. Fomos conversar com a direção das Casas Bahia, que detectou excelente oportunidade para expandir negócios em São Caetano. O empresário Samuel Klein está prestigiando a cidade que é berço de seu empreendimento no varejo brasileiro” — contra-argumenta Benedetti. 

Prefeitura e Casas Bahia garantem que não estão patrocinando guerra fiscal. “Até o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do terreno já está pago” — diz Michael Klein. “As únicas vantagens concedidas para a rede são isenções de taxas de licenciamento, que a Prefeitura concede a todos os empreendimentos que se deslocam para São Caetano” — assegura Benedetti. Mas há, sim, benefício especial reservado para a futura megaplanta da Bartira. A Prefeitura de São Caetano compromete-se a utilizar recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para treinar e especializar mão-de-obra nas ocupações de marceneiro, polidor e laqueador. Que empreendedor dispensa esse tipo de ajuda? 

Para um Município que queimou a fita de largada há dois anos, ao derrubar unilateralmente as alíquotas de 5% do ISS (Imposto Sobre Serviços) para prosaicos 0,25%, quando o Grande ABC se preparava para debater coletivamente a questão, é recomendável encarar com reserva a afirmação de Michael Klein de que as Casas Bahia não pretendem transferir para São Caetano as fábricas vizinhas. 

Trabalham em Ribeirão Pires e Santo André cerca de 700 pessoas, que produzem mensalmente entre 80 mil e 100 mil peças. Se Klein dissesse o contrário, com a nova planta ainda em construção, teria de reunir muita paciência para rebater pressões de sindicatos e trabalhadores pela preservação de empregos. Além disso, não escaparia de enfrentar a reação de uma cidade inteira, já que o fechamento da unidade de Ribeirão Pires representaria rude golpe nas finanças públicas.  

Jorge Hereda, ex-secretário de Desenvolvimento Sustentado do Município e assessor da Câmara Regional, diz que a Bartira representa uma das duas maiores arrecadações de ICMS de Ribeirão Pires. 

Michael Klein aponta duas possibilidades para as plantas de Ribeirão e Santo André. “Numa poderemos produzir exclusivamente móveis de cozinha. Em outra poderemos fabricar estofados, produto que a Bartira não faz e está em nossos planos. Penso que o mais lógico é separar os produtos” — diz o diretor, indicando que, de qualquer forma, haverá mudanças de rota com a iminente sobreposição de três fábricas. “Vamos continuar produzindo móveis populares e daremos início à fabricação de linhas mais sofisticadas, com madeiras nobres e maciças, para atender à classe média” — anuncia Klein, que justifica por que pôs a mão no bolso para erguer uma fábrica gigante em São Caetano: o negócio de móveis já representa 20% das vendas da rede de 251 lojas, que devem faturar neste ano entre R$ 2,5 bilhões e R$ 2,6 bilhões. 

Esfihas polêmicas 

A viçosa rede Habib’s também testou recentemente a musculatura da integração regional ao colocar em leilão uma megacentral de produção de alimentos projetada para abastecer as 131 lojas do País. Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema, além de Osasco e Guarulhos, entraram em ebulição para atrair o empreendimento, projetado para ter 10 mil metros quadrados e gerar 600 empregos diretos. Venceu São Bernardo, que ofereceu área de 25 mil metros quadrados no km 22 da Rodovia dos Imigrantes, ponto de intersecção considerado pelo presidente da rede, Alberto Saraiva, como principal vantagem logística para o desempate dos pretendentes. 

São Bernardo também teria seduzido o Habib’s com a forte presença de fornecedores, sobretudo de hortifrutis cultivados no Bairro Cooperativa, mas desequilibrou mesmo o jogo com a concessão de benefícios da Loto Fiscal. Uma complexa combinação de pontos — que devolve impostos municipais como ISS, taxas de licença e funcionamento, além de generosa parcela do ICMS — levou a megacentral e seus US$ 5 milhões para o Município. 

O empreendimento tem início de obras programado para este 2000 e vai centralizar a produção feita hoje na Vila Prudente, na Capital, administração, cozinha-piloto, central de congelamento para esfiha, área de treinamento dos franqueados em uma espécie de Universidade do Quibe e da Esfiha e — para infortúnio de Diadema — a padaria e sorveteria do grupo. 

A Arabian Bread, em Piraporinha, emprega 135 pessoas que cuidam das áreas de panificação, doces e sorvetes do Habib’s, comercializados na rede com a marca Ice Lips e nos supermercados Barateiro em embalagens Porto Fino. São Bernardo ganhou, de fato, um negócio das Arábias: o Habib’s anuncia que pretende chegar ao fim de 2000 com 200 lojas no Brasil e as primeiras franquias no México. Somente com as 150 milhões de esfihas/ano, seu carro-chefe, fatura R$ 52,5 milhões. 

Mesmo que o combate intermunicipal não seja explícito, alguns subterfúgios são utilizados com astúcia para garantir exclusividades. Sob a bem-intencionada iniciativa de reurbanizar a decadente Avenida Industrial, que se insere na macroestruturação do Eixo Tamanduatehy, Santo André decidiu franquear o IPTU para fascinar investidores.  

O ABC Plaza Shopping ganhou isenção de cinco anos do imposto e mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo para instalar-se em área desocupada da Black & Decker e, em troca, providenciar obras de infraestrutura e paisagismo de todo o entorno. 

A UniABC (Universidade do Grande ABC) abre portas em Santo André no próximo mês a bordo de um supercampus com 66 mil metros quadrados de construção distribuídos em sete prédios, cuja capacidade plena, em três turnos, chegará a 45 mil alunos. A Prefeitura não pestanejou em facilitar a instalação e cedeu larga franja de terreno público aos fundos. Em contrapartida, a instituição comprometeu-se a adaptar o sistema viário de seu quarteirão à Lei dos Polos Geradores de Tráfego e a duplicar a Avenida Industrial em moldes semelhantes ao trecho inicial onde estão ABC Plaza e Hipermercado Extra. 

Para a UniABC foi um achado e para a Prefeitura, uma benção dos céus. A universidade trocou 10 acanhados endereços dispersos por São Caetano por um campus colossal e moderno, em terreno de 32 mil metros quadrados desativado pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). Ao preço médio de R$ 500 o metro quadrado do terreno, mais R$ 700 o metro quadrado de construção, mão-de-obra e infraestrutura, segundo a tabela de novembro da Revista Construção (Editora Pini), a UniABC está despejando em Santo André uma bolada de mais de R$ 50 milhões. 

O mercado calcula que para equipar laboratórios, salas de aula e escritórios, outros R$ 50 milhões podem ser contabilizados no investimento. Levando-se em conta anuidade média de R$ 4,2 mil por aluno, quando estiver a plena carga com as 45 mil carteiras ocupadas a UniABC vai faturar R$ 190 milhões/ano. Santo André agradece e São Caetano, origem da instituição, manda lembranças. 



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