Imprensa

30ANOS: aperfeiçoamento de
produto que completa 10 anos

DANIEL LIMA - 17/09/2020

Em março de 2000 a revista de papel LivreMercado completou 10 anos de circulação e virou manchete de página da própria publicação. Uma retrospectiva do avanço do melhor produto regional de jornalismo do País era indispensável. Somente os cegos de inveja e os manquitolas de cabeça vazia não perceberam o crescimento da publicação além do convencionalismo de que deixara de ser tabloide e se transformara em revista convencional.  

Essa transformação física, que adotei como diretor da publicação em novembro de 1997, foi o pulo do gato de um marketing cuja corda de responsabilidade social esticava-se a cada nova edição. 

Vale a pena acompanhar esta que é a centésima-trigésima quarta edição da série 30ANOS do melhor jornalismo regional do País, os 19 de Livre Mercado e cumulativamente os 19 de CapitalSocial.  

Uma revista que vai muito

além de economia e negócios 

 DA REDAÇÃO - 05/03/2000 

A maior publicação regional de economia e negócios do Brasil está completando 10 anos de circulação com uma conquista conferida pelos leitores que virou mote da campanha de aniversário lançada em outdoor durante a segunda quinzena de fevereiro -- a de ombrear-se em qualidade com as principais revistas semanais e quinzenais do País. 

Torna-se difícil hierarquizar os momentos mais importantes na trajetória de LivreMercado ao longo de 120 edições mensais a partir de um tabloide em preto e branco de oito páginas editado na Associação Comercial e Industrial de Santo André.  

São muitas as razões que distinguem a publicação de tantas outras que surgiram e desapareceram no Grande ABC, e também de outras tantas que se mantêm. Talvez a melhor definição para a primeira década de circulação seja mesmo a consagração como veículo de reflexão, que provocou transformações aparentemente insondáveis para uma publicação de periodicidade vagarosa. 

A história da cobertura jornalística de economia e negócios no Grande ABC se divide entre antes e depois de LivreMercado. Foi o inconformismo com a desatenção generalizada aos empreendedores da região e um conjunto de omissões microeconômicas locais que levaram o jornalista Daniel Lima e a publicitária Denise Barrote a criar a publicação no início de 1990, durante o terremoto da implantação do Plano Collor.  

Não bastasse a ousadia para os padrões de então, já que os representantes do capital eram simplesmente discriminados numa região em que o sindicalismo trabalhista tornou-se referência nacional a partir do final dos anos 70, o lançamento voltado para os empreendedores incorporava inusitado e corajoso avanço conceitual no título da publicação.  

LivreMercado é expressão derivada do então Consenso de Washington, conjunto de conceitos econômicos desconhecido da maioria dos brasileiros, exceto acadêmicos e políticos mais preocupados com o rumo da economia e da política no mundo, depois da queda do Muro de Berlim. Em resumo, o que se pretendia, e o que se fez de forma gradativa na América Latina e em outros continentes nos últimos 10 anos, foi provocar o enxugamento do elefantismo do Estado em suas várias esferas.  

Custo histórico 

A expressão também carregava o custo histórico de mexer com as estruturas econômicas, políticas e sociais de um País contaminado pela cultura intervencionista e paternalista do Estado.  

Agora, LivreMercado é uma marca que se mistura com conceito econômico que já não causa tantos arrepios em nacionalistas de esquerda e nem nos de direita. Em síntese, LivreMercado não significa a hegemonia da economia de mercado, mas o casamento da livre iniciativa de responsabilidade social e competitiva com um Estado enxuto e competente no atendimento da infraestrutura social.  

LivreMercado é, resumidamente, um título-conceito que considera a necessidade de mais mercado onde o mercado está falho, e de menos governo onde o governo fracassa. 

Exatamente em sintonia com grande parte dos leitores, empreendedores ou não, cansados da inoperância de governos municipais, estaduais e federal que impingiram aos brasileiros a segunda carga tributária mais elevada do mundo, sem a compulsória contrapartida de eficiência e de qualidade dos serviços públicos.  

Coerente com a denominação que a caracteriza, LivreMercado apresenta permanente processo de amadurecimento editorial. Sem abandonar a linha-mestra de economia e negócios, há muitos anos a publicação apura a artilharia de enfoques que complementam seu perfil editorial. Tanto que tem diversificado o temário justamente para comprovar na prática o que seu slogan enseja -- Economia com Compromisso Social.  

Seções fixas 

Seções fixas foram-se somando às reportagens. Hoje já são mais de 20 espaços permanentes, vários dos quais lançados de forma pioneira na Imprensa nacional. Sociedade Digital, por exemplo. Capital Social, também. Sem contar que a veia de solidariedade da publicação se manifesta claramente não só com reportagens voltadas à divulgação dos trabalhos do chamado Terceiro Setor, como também por seções fixas, caso de Sociedade Beneficente. 

Também o mundo da cultura encontra na publicação espaços cada vez mais generosos. Sociedade Cultural expõe a cada edição as principais ações da área na região e é espécie de porta de entrada editorial para a ocupação da seção Happy-Hour, espaço nobre reservado a reportagens que geralmente deslocam os holofotes para profissionais que lidam com arte na região.  

Não se tem notícia de que em qualquer canto do globo exista revista de economia e negócios voltada de forma tão abrangente para assuntos que não tenham qualquer relação com o mundo dos cifrões.  

Ao adotar a filosofia de complementariedade editorial fora dos muros tradicionais de informações que movem os empreendimentos, LivreMercado antecipa-se à inevitável tendência que mais dia menos dia será adotada por publicações de circulação nacional. 

Também é inusual para o padrão de cobertura das revistas do gênero no Brasil a reserva sistemática de espaços para reportagens sobre atividades do Poder Público direcionadas ao desenvolvimento sustentado. Outras publicações de economia e negócios talvez não tenham se dado ao trabalho de espiar a ainda gigantesca participação da administração pública no Produto Interno Bruto do País.  

Multifunções 

A revista LivreMercado que os leitores acompanham todos os meses conta com profissionais de redação que exercitam múltiplas funções. Contrariamente ao lugar-comum de jornais e revistas que se copiam em estruturas estanques e compartimentadas, prevalece em LivreMercado a proposta de que qualquer jornalista é capaz de executar todas ou quase todas as funções intrínsecas da atividade. 

Repórter-editor é muito mais que uma qualificação dos profissionais que atuam nesta revista. É a essência do trabalho. As tarefas de pautar, entrevistar, escrever, copidescar, fazer título, legendas, olhos e chamadas de índice, repartidas entre especialistas nas redações convencionais, são ações praticamente compartilhadas por todos os profissionais de LivreMercado. Um ou outro jornalista está excluído de uma ou outra etapa por razões estratégicas. Indistintamente, as fases que vão da pauta à escolha de foto e produção de índice são atividades de todos. 

Prevalece na redação de LivreMercado o princípio de interatividade das organizações modelos de eficiência e produtividade que jogaram na lata do lixo do obsoletismo os manuais de linha de montagem. Esse sistema que resiste na maioria das redações convencionais não interessa a LivreMercado, entre outros motivos, porque mantém os profissionais de jornalismo abaixo de suas potencialidades. 

Além disso, limita-os a funções isoladas que acabam por tolher seu próprio desenvolvimento, dada a dificuldade de prospectar áreas que não frequentam com assiduidade. Trata-se de algo parecido com um pedreiro sem noção alguma de eletricidade que constrói paredes sem levar em conta os pontos de tomada. Ou dos jogadores laterais à moda antiga, que simplesmente se prestam a defender, quando o futebol moderno exige muito mais, principalmente que se lancem ao ataque como alas. É verdade que laterais defensores ainda existem no futebol, mas estão longe da bolsa dos mais valorizados pelo mercado.  

A perspectiva de se transformar em espécie de dono da matéria que produz, responsabilizando-se desde a garimpagem das informações até a finalização na forma de edição do material, multiplica a percepção do jornalista. Ao se tornar responsável não só pela apuração e pelo texto, mas também por título, legenda, janelas, índice e até escolha de fotos e ilustrações, o repórter-editor eleva a sensibilidade de informar com qualidade e não transfere para terceiros a responsabilidade pelo produto final, situação padrão nas redações. 

Prêmio Desempenho 

LivreMercado e Prêmio Desempenho se confundem. A revista foi criada em 1990, o PDE em 1994, mas o tempo tratou de colocá-los em rota de conexão. O Prêmio Desempenho, que será realizado este ano pela sétima vez, é considerado o acontecimento socioeconômico mais importante do Grande ABC. A versão do ano passado teve três etapas, a última num Clube Atlético Aramaçan abarrotado e arrebatador. Foram 1,5 mil convidados em jantar de gala definido pelo presidente da agremiação anfitriã de Santo André, José Antonio Guilhem, como o acontecimento mais concorrido desde a inauguração do amplo salão nobre.  

Aperfeiçoado a cada edição, o Prêmio Desempenho será ainda mais completo este ano. Além de contemplar empresas privadas, instituições públicas e entidades não-governamentais, o PDE também é direcionado a um conjunto de personalidades. Neste ano, além de Destaques do Ano, Melhores do Ano e Melhor das Melhores nas versões Empresarial e Social, foi incorporada a distinção de Melhor das Melhores Institucional. 

O PDE terá ampliada também a gama de homenagens individuais. Além de Executivo do Ano, Empreendedor Histórico, Empreendedor Esportivo e Empreendedor Cultural, três outras premiações foram incorporadas -- Empreendedor Social, Personalidade do Ano e Personalidade da Década. A Personalidade do Ano sairá da lista de Executivos e de Empreendedores desta temporada, enquanto a Personalidade da Década será resultado de relação à parte que considerará a performance dos candidatos nos anos 90. Poderão concorrer vencedores de edições anteriores e também deste ano das categorias Executivos e Empreendedores do Ano. Mais uma vez será entregue o PDE de Publicidade, ao qual concorrerão agências da região. 

O Prêmio Desempenho é um dos poucos eventos do gênero cuja transparência e respeitabilidade conferem aos laureados a certeza de que têm motivos de sobra para comemorações. Desde a segunda edição, em 1995, quando se iniciou o enxerto de categorias e se deixou de contemplar apenas os Destaques do Ano, o PDE conta com equipe especial de consultores responsáveis pelas notas atribuídas aos cases-reportagens. A edição 2000 do PDE terá 40 membros no Conselho Consultivo. Eles representam os mais diferentes segmentos sociais e econômicos da região, inclusive o sindicalismo.  

No esforço de democratizar cada vez mais a premiação, a coordenação-geral do PDE tem implementado a participação de leitores de LivreMercado. Este ano, a relação de concorrentes aos prêmios individuais sairá em grande parte de sugestões que serão feitas por leitores da revista. Estão sendo preparados boletins com informações detalhadas sobre a forma de participação. Cada conselheiro de LM vai receber, em tempo hábil, breve biografia sobre os nomes apontados, de modo a atribuírem notas às indicações. Os três mais bem pontuados de cada categoria (Executivos e Empreendedores) vão subir ao palco em setembro para a festa de consagração. 

A largada oficial da sétima edição do PDE está prevista para maio próximo, com o lançamento da Edição Premium de LivreMercado, que reunirá todos os cases-reportagens das organizações privadas, públicas e não-governamentais que receberão o título de Destaques do Ano. O coquetel reunirá pelo menos 900 convidados. Em julho, novo coquetel revelará a relação de Executivos e Empreendedores vitoriosos. Em setembro, a grande festa de entrega de premiações. O formato do cerimonial já foi alterado para conciliar todos os pontos estratégicos e aperfeiçoar um evento que deixa saudade cada vez que se encerra.



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