A CNN Brasil prepara um documentário sobre o caso Saul Klein. A CNN Brasil vai ganhar o jogo contra a TV Globo, especificamente o jogo com o Fantástico. O Fantástico, como se sabe, cometeu uma das maiores barbaridades dos últimos tempos ao ouvir somente um lado, um lado viciado, pobre, alquebrado, para lançar aos telespectadores, em dezembro do ano passado, uma reportagem de 14 minutos que massacrou o empresário Saul Klein, um degustador de mulheres na condição bem definida pelo advogado André Boiani. Saul Klein é sugar daddy. Quem o colocou na condição de tarado sexual foi um ex-namorada apaixonada e ressentida, abandonada até mesmo pela advogada das supostas vítimas.
Saul Klein é um sortudo que gosta de companhia de mulheres jovens e tem dinheiro para bancar os prazeres que lhe der na telha, dele e delas. Realiza o sonho acalentado de muitos homens porque tem dinheiro. E se tem dinheiro e a Constituição não o proíbe de curtir mulheres, convenhamos que está mais que certo. Vamos deixar a moralidade hipócrita de lado. Há gente graduada que usa o dinheiro público para sustentar mulheres. O dinheiro de Saul Klein é dinheiro de Saul Klein.
Tenho dinheiro para comprar livros, revistas, jornais, ver televisão e o escambau. E curto a vida. Deixem o Saul Klein gozar a vida do jeito que bem entender.
Levando no bico
O que não está certo é um grupo de bandidas e bandidos, que o extorquiram durante antes, travestirem-se de vítimas e levarem no bico gente ávida por retaliações quando a vida-boa acaba.
Foi tão despropositada, ofensiva, inadequada, ilusionista e tudo o mais a reportagem do Fantástico que a CNN Brasil não tem o direito sequer de sugerir desconhecimento sobre os personagens centrais. As cartas estão na mesa da informação mais ajuizada.
O Fantástico elegeu uma extensão da quadrilha que extorquia Saul Klein, a garota de programas Ana Paula Banana, como âncora do espetáculo apresentado em dezembro. Ana Banana não caiu de paraquedas no Fantástico. Ela foi conduzida por mãos habilidosas que conheciam o inquérito do Ministério Público Estadual, em ação comandada pela promotora criminal Gabriela Manssur.
A promotora criminal é uma feminista de um grupo que quer extirpar da face da terra homens que gostam de desfrutar de mulheres conforme o relato de Ana Banana. Caiu do cavalo. Coisa que a Polícia Civil, experiente em investigações, não se deixou levar.
Caso de descarte
Tanto não se deixou levar que o inquérito policial aberto em janeiro último se encaminha à ordem natural da situação, ou seja, de descarte do Caso Saul Klein como peça de um crime que não existiu. Se existisse, haveria provas. Mas, sem provas, sem fundamentação alguma exceto exposições verbais de supostas vítimas, contraditadas por jovens que tiram de Saul Klein a pecha de abusador e o colocam no outro lado, de um homem preocupado como o futuro de cada uma delas.
A Polícia Civil, da Delegacia da Mulher de Barueri, provavelmente seguirá as indicações do juiz criminal do mesmo Município que, não só devolveu o passaporte a Saul Klein, um empresário que não viaja porque não quer, como também acabou com as medidas protetivas de distanciamento das pobres meninas supostamente estupradas, mas que não arredavam pé das duas residências de Saul Klein, em Barueri e Boituva.
Mais que isso: o meritíssimo de Barueri escreveu também -- em defesa preliminar do empresário apreciador de mulheres jovens como a maioria dos homens -- que havia indicações de sobra à arguição de que existe no histórico de Saul Klein indícios claro de criminalidade de muitos que se aproveitaram de um período em que ele, o homem que gosta de mulheres, viveu as agruras de depressão, enfermidade silenciosa e devastadora.
Casa já caiu
A casa das mulheres supostas vítimas de Saul Klein já caiu. Essa constatação se dá sem muito esforço. Não só porque falta materialidade à denuncia apressada da promotora criminal Gabriela Manssur. Dá-se sobretudo porque a principal agente à fomentação do caso, Ana Banana, tem contra si uma infinidade de passivos que a colocam como ex-namorada, apaixonada e vingativa contra Saul Klein simplesmente porque perdeu o lugar como todas perderam ao avançarem demais o sinal.
Os vídeos em que Ana Paula demonstra paixão pelo namorador de Alphaville é inquestionável de que partiria a retaliações sem base e, mais que isso, autoincriminatórias, porque aliada de uma cafetina que serve a muitos homens ricos da Capital.
Ana Paula Banana virou uma peça supostamente decisiva no jogo de cartas da promotora criminal e acabou se tornando um mico, sem valor algum. Mais que isso: altamente contaminadora a qualquer tentativa de consertar o inconsertável, ou seja, a consecução de crimes que não se constataram verdades.
Bateria de perguntas
Este é o décimo-nono capítulo que escrevo sobre o Caso Saul Klein. Ouso sugerir à CNN uma bateria de questões que poderão contribuir à produção de série de reportagens pautadas pelo equilíbrio que a emissora parece destilar na programação jornalística.
Em contraposição, portanto, não só ao Fantástico, mas também ao que a Folha de S. Paulo publicou naquele dezembro juntamente com o portal UOL, do Grupo Folha, este sim mais permanentemente comprometido em editar reportagens em que só ouve para valer o lado das supostas vítimas. As informações do outro lado são penduricalhos que pretendem disfarçar a parcialidade.
Sugiro à CNN Brasil, com o direito concedido a um telespectador que também é jornalista preocupado com o rebaixamento da qualidade produtiva da classe, alguns questionamentos às representantes das supostas vítimas, especialmente à advogada e feminista Gabriela Souza, que fugiu da Entrevista Especial que lhe enviamos com todo o tempo do mundo para que respondesse.
Que a CNN Brasil se lance a enviar tanto o advogado de Saul Klein, André Boiani, quanto à advogada das supostas vítimas, Gabriela Souza, as mesmas perguntas que remetemos a ambos.
André Boiani respondeu a todos os questionamentos, mas pode ser reperguntado.
Gabriela Souza abandonou a raia antes de perfilar-se à largada. As questões que lhe enviamos são letais. Principalmente sobre a atuação de Ana Banana, que, surpresa das surpresas, foi abandonada ou preferiu ficar longe da representação de Gabriela Souza.
De pai para filho
O Caso Saul Klein chegou a um ponto de desidratação técnico-material que as mesmas denunciantes (ou parte do grupo de denunciantes) direcionaram ataques ao patriarca da família Klein, Samuel Klein, morto há sete anos. Sem poder se defender até mesmo por familiares, em litígio testamenteiro, o prestígio em vida acumulado como um dos maiores empresários do País foi jogado às traças sem que, vejam só, nenhum processo movido contra ele, de abuso contra menores, tenha assim sido reconhecido pelo Judiciário.
Mataram Samuel Klein depois de Samuel Klein morrer de morte morrida. Tudo para tentar chegar ao filho Saul Klein, assassinado socialmente desde que em dezembro do ano passado a Folha de S. Paulo, o UOL e o Fantástico, numa versão escandalosa do Consórcio de Imprensa, decidiram partir para o ataque.
Diante de tudo que se apresenta desde o final de dezembro do ano passado, da contraposição mais que indispensável de relatos e, sobretudo, de questionamentos aos representantes oficiais das duas partes, não existe a possibilidade de a CNN Brasil incorrer nos erros de cobertura da chamada Grande Mídia.
Escondendo fracasso
As premissas básicas do Caso Saul Klein não podem ser deslocadas do campo de materialidades e do conjunto histórico de provas documentais e declaratórias. Há um vértice para o qual todas as situações narradas, a favor e contra o namorador de Alphaville, se movem com clareza meridiana: Ana Paula Banana é uma personagem que está sendo escondida no rol de acusadoras porque se situava como mentora e exploradora das jovens recrutadas por uma cafetina que, por ser cafetina, é especializada em satisfazer a clientela de homens abonados, a maioria dos quais aprecia prostitutas enquanto o extravagante Saul Klein, as tratava como sugar daddy.
O mesmo Saul Klein que se submeteu a muitas extorsões, temeroso de escândalo que escancarasse o prazer de degustar mulheres, porque sabia que seria incompreendido num mundo de convencionalismos de fachada. Até que um dia tudo mudou e a quadrilha que o explorava à exaustão decidiu como cartada final ir à guerra inicialmente nas áreas trabalhista e civil para, em seguida, procurar Gabriela Manssur, uma feminista sempre disposta a levar supostas vítimas ao estrelato.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)