O Grande ABC de sete municípios se tornou ABC de três municípios nos últimos seis anos que medem o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto). Os números do IBGE metabolizados neste espaço confirmam o desastre do governo petista de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016 e, secundariamente, os estragos do primeiro ano do Coronavírus, 2020.
O mapa econômico do Grande ABC perdeu o equivalente a todo o entorno de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Desapareceram Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande ABC da Serra.
(Antes de prosseguir, não custa lembrar que hoje é aniversário de 32 anos de criação do Clube dos Prefeitos do Grande ABC, o Consórcio Intermunicipal de Prefeitos. Uma casa sem dono, mas cheia de oportunistas. Poucas vezes nessas três décadas tivemos um conjunto de prefeitos que honrasse o regionalismo destilado pelo criador da instituição, o então prefeito de Santo André, Celso Daniel).
O Grande ABC original perdeu 22% do PIB no período que começa em janeiro de 2015 e vai até dezembro de 2020. Foram para o ralo em valor de PIB Geral nada menos que R$ 36.236.481 bilhões.
DOIS SE SALVAM
Esse montante geral de queda empata praticamente com a soma do PIB individual de 2020 registrados por Diadema (R$ 15.057.235 bilhões), Mauá (R$ 17.127.383 bilhões), Ribeirão Pires (R$ 3.341.360 bilhões) e Rio Grande da Serra (R$ 847.583 milhões).
Santo André, São Bernardo e São Caetano representam as maiores perdas no período – daí o montante regionalizado. Santo André teve o PIB abalado em 23,56%, São Bernardo em 25,36% e São Caetano (acreditem quem quiser) em 36,91%.
Só dois dos sete municípios da região escaparam de derrota no PIB Geral a partir do segundo mandato de Dilma Rousseff até o primeiro ano da pandemia.
MAUÁ PETROQUÍMICA
Graças ao Polo Petroquímico, que garante 60% das receitas fiscais, Mauá cresceu 9,40%. E a pequena Rio Grande da Serra avançou 15,99%. Diadema caiu 20,97% e Ribeirão Pires 6,41%.
A contabilidade do massacre na produção de riqueza considera o PIB Geral dos Municípios da região em 2014 e o extremo oposto de dezembro de 2020. São exatos seis anos.
Fizemos exatamente o que tinha de ser feito para saber até que ponto os estragos de Dilma Rousseff em 2015 e 2016, quando o Brasil viveu a maior recessão da história, e o primeiro ano do Coronavírus dilapidaram o patrimônio de geração de riqueza de uma região já debilitada ao longo dos últimos 40 anos.
Nessas quatro décadas, foram espasmódicos os períodos de recuperação do PIB. Caso, por exemplo, dos quatro anos do segundo mandato do presidente Lula da Silva.
GASTANÇA GERAL
O mesmo governo petista, entretanto, que, ao produzir gastança sem limites e queimar recursos que a macroeconomia fertilizou, sobretudo com a alta de commodities, contratou a crise econômica que Dilma Rousseff intensificou.
Por isso, não existiria um governo Lula-3 como seria a partir de janeiro do ano que vem se o presidente eleito subir a rampa. O que teríamos seria um Lula-5.
É impossível a bem da honestidade intelectual separar o governo petista de 14 anos em Brasília em fatias lulistas e dilmistas. O período é petista. E lulista, claro. Como em Diadema de 40 anos de PT no poder, com intervalo de oito anos de um prefeito conservador que não alterou o ritmo da chuva de estatismo e empreguismo estruturais.
FAZENDO AS CONTAS
O PIB do Grande ABC em 2014 em valores nominais registrou R$ 120.190.959 bilhões. Ao se aplicar a atualização da moeda com base na inflação medida pelo IPCA entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020, num acumulado de 36,97%, o montante do PIB do Grande ABC deveria registrar R$ 164.625.556 bilhões em 2020 para que não houvesse perda alguma.
O resultado de 2020, que publicamos na edição de sexta-feira, com base nos dados do IBGE, não passou de R$ 128.389.075 bilhões.
Basta fazer os cálculos básicos para constatar que no período foram desperdiçados ou atirados no lixo de geração de riqueza nada menos que o equivalente a R$ 36.236.481 bilhões. Ou especificamente 22% do total.
20% COM DILMA
A queda do PIB do Grande ABC no período de seis anos dessa análise é fortemente relacionada ao governo petista de Dilma Rousseff.
Nos dois anos incompletos do segundo mandato da petista, anos de recessão recorde no País, o Grande ABC viu desapareceram 20% dos 22% acumulados ao longo de seis anos dessa análise.
Ou seja: a crise do Grande ABC é definitivamente uma crise gerada pelo governo petista em Brasília.
VÍRUS MINIMIZADO
O primeiro ano do Coronavírus, em 2020, tirou 5,92% do PIB Geral do Grande ABC, mas, no resultado final do período de seis anos, acabou tendo impacto menos contundente do que nos dois anos finais de Dilma Rousseff. Tudo porque os quatro anos intervalados do governo federal de Michael Temer e Jair Bolsonaro deram certo fôlego à Economia.
Para se ter ideia do quanto isso significa em termos individuais dos sete municípios do Grande ABC, que viraram ABC no mapa do PIB, mostramos em seguida, em valores atualizados, quanto cada Municípios local deveria ter registrado em dezembro de 2020.
1. Santo André contava com PIB Geral de R$ 28.119.591 bilhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 o total deveria ser R$ 38.515.403 bilhões, mas não passou de R$ 29.440.477 bilhões. Perda de R$ 9.074.926 bilhões.
2. São Bernardo contava com PIB Geral de R$ 47.551.620 bilhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 deveria ser R$ 65.131,.454 bilhões, mas não passou de R$ 48.614.342 bilhões. Perda de R$ 16.517.203 bilhões.
3. São Caetano contava com PIB Geral de R$ 16.153.419 em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 deveria ser R$ 22.125.534 bilhões, mas não passou de R$ 13.960.695 bilhões. Perda de R$ 8.164.839 bilhões.
4. Diadema contava com PIB Geral de R$ 13.910.517 bilhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 deveria ser R$ 19.053.235 bilhões, mas não passou de R$ 15.057.235 bilhões. Perda de R$ 3.996.000 bilhões.
5. Mauá contava com PIB Geral de R$ 11.329.503 bilhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 deveria ser R$ 15.518.020 bilhões, mas chegou a R$ 17.127.383 bilhões. Ganho de 1.509.363 bilhão.
6. Ribeirão Pires contava com PIB Geral de R$ 2.606.481 bilhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020, deveria ser R$ 3.570.097 bilhões, mas não passou de R$ 3.341.360 bilhões. Perda de 228.737 milhões.
7. Rio Grande da Serra contava com PIB Geral de R$ 519.828 milhões em 2014. Em valores atualizados a dezembro de 2020 deveria ser R$ 712.008 milhões, mas passou para R$ 847.583 milhões. Ganho de R$ 135.575 milhões.
Os prejuízos contabilizados nos 14 anos do PT no Grande ABC começaram antes do segundo mandato de Dilma Rousseff. Em seguida, mostramos que no ano anterior à base da contagem dos estragos desta análise, o Grande ABC também registrou queda do PIB Geral. Foi o ano de 2013. Leia parte do trecho que publiquei em 2016 (o PIB dos Municípios sempre é revelado com defasagem de dois anos).
PIB da Província cai quase 5%;
São Bernardo lidera derrocada
DANIEL LIMA - 15/12/2016
O PIB da Província do Grande ABC de 2014 anunciado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) praticamente alcançou a queda sugerida por mim há pouco mais de um mês. E uma queda e tanto: a perda de 4,52% em relação ao resultado de 2013, já com ajustes, significa metade do PIB de Mauá na temporada.
Não é pouca coisa. Principalmente porque mais uma vez foi atingido o coração econômico da região, São Bernardo. Os números só não são dramáticos para quem, como eu, já os esperava.
PIOR QUE PAÍS
Quando se antevê a queda de um avião sem combustível – e a Província do Grande ABC merece essa metáfora – qualquer coisa que não se configure um desastre é lucro. Não foi o caso do PIB de 2014. Como não serão os casos do PIB de 2015 e de 2016.
A situação registrada é muito mais grave que a do País naquela temporada. O Brasil cresceu 0,5% em 2014. Quando os dados de 2015 e 2016 forem divulgados oficialmente, no final deste ano e no final do ano que vem, a gravidade do quadro regional será ainda mais dramática.
Afinal, o PIB Nacional caiu 3,8% em 2015 e deverá alcançar número semelhante nesta temporada.
Na edição de 21 de novembro passado antecipamos o desastre que coloca a região na pior situação econômica da história. Nunca fomos menos importantes ao conjunto da obra do PIB dos Municípios do Brasil. E olha que estamos caindo continuamente. Sem parar.
ALERTA CONFIRMADO
Afirmamos na análise publicada três semanas atrás que poderíamos registrar queda entre 5% e 7%. Fundamentei concretamente a projeção com informações baseadas em vários indicadores econômicos. Não temos vocação à chutometria.
Isso precisa ser dito e redito para que não confundam nosso jornalismo digital com jornalismo impresso e digital feito nas coxas, apenas para tapar espaço editorial.
Os sete municípios da Província do Grande ABC registraram em 2014 R$ 120.190.949 bilhões no PIB Municipal divulgado pelo IBGE.
Em termos nominais, sem considerar a inflação de 2014 – 6,41% -- medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) o resultado é superior ao de 2013, quando, já com ajustes, chegou-se a R$118.294.049 bilhões.
MAIS CONTAS
Entretanto, quando se aplica a correção inflacionária, aqueles valores de 2013 viram R$ 125.876.797 bilhões. É da comparação dos números deflacionados de 2013 e os valores de 2014 que decorre a perda do PIB dos Municípios da região.
Em valores monetários atualizados a dezembro de 2014, a Província do Grande ABC perdeu R$ 5.685.748 bilhões em relação à temporada anterior, de 2013.
Como o PIB de Mauá em 2014 chegou a R$ 11.329.503 bilhões, a metade é um pouco menos, até, da quebra da produção da riqueza da região.
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