Em sete de outubro de 2004 voltava à temática “banco de horas” na Redação do Diário do Grande ABC. Reproduzimos nessa edição de Capital Social Online o texto da newsletter Capital Digital Online, ferramenta que criamos para nos comunicar com os colaboradores daquele periódico. Boa leitura.
Grande ABC, quinta-feira, 07 de outubro de 2004
Banco de horas: agora sim
um aliado dos profissionais
O banco de horas implantado no Diário e que se tornou montanha de problemas chegou nos dois últimos meses ao estágio que pretendíamos: estamos debelando o incêndio da má gestão e aquecendo os motores da produtividade. Nada mais interessante, porque a nova situação fortalece os profissionais agregados à Redação e revela o quanto estamos comprometidos com o produto final sem acrescentar custos. Poderemos, diante de eventuais situações especiais, como no caso da cobertura das eleições, sacar do banco de horas para fortalecer o produto. Só não podemos fazer dessa modalidade rotina em casos convencionais.
Resumidamente, conseguimos nos 30 últimos dias vencidos em 18 de setembro não só acabar de vez com o saldo negativo do banco de horas como alcançar 142 dias de saldo positivo. Por saldo positivo se entenda o que a Redação deixou de incorporar de carga suplementar ao congelamento do banco de horas. Em verdade, no segundo mês em que foram adotadas medidas de acompanhamento do banco de horas, a Redação simplesmente reverteu o processo porque a média anterior acusava exatamente números semelhantes, mas como dias negativos.
Talvez esteja utilizando equivocadamente os verbetes “positivos” e “negativos”, que podem expressar juízo de valor, mas não é esse o caso. Utilizei-os apenas para simplificar a abordagem. O banco de horas pode e deve ser apenas positivo, desde que bem gerenciado. É uma ferramenta como a faca de cozinha, que, sob o controle de mãos hábeis, garante um churrasco inigualável mas, de posse de um facínora, provoca desgraças.
As respostas que a Redação vem oferecendo nos animam porque se dão como desdobramento de um período inicial de inconformidades. Ainda estamos distantes do produto de qualidade que baliza meus sonhos, mas sem dúvida a reação conjunta é alentadora. A cobertura das eleições é prova disso. Contamos com um grupo de profissionais numericamente muito inferior ao de quatro anos atrás, mas conseguimos resultados bem mais interessantes.
Estou particularmente feliz porque a insistência com que tenho batido na tecla de planejamento e conceituação das atividades está encontrando respostas. Espero que principalmente a Secretaria e as Editorias não percam a percepção de que sem diagnóstico, planejamento, execução e controle — exatamente nessa ordem — jamais conseguiremos superar os desafios. Tudo que nos propusermos a fazer exige esses quatro estágios. Quando se desdenha qualquer uma dessas medidas, tenham absoluta certeza de que há o risco de descarrilamento.
CONTEXTUALIZANDO
Só mesmo quem viveu aquele período de descontrole completo do banco de horas do Diário do Grande ABC e, em pouco tempo, observou que o problema estava absolutamente resolvido, sabe avaliar o quanto aquele grupo de profissionais de comunicação decidiu vestir a camisa da empresa. É claro que um ou outro industrializador do banco de horas em benefício próprio (havia raposas cuidando das uvas) torceu o nariz diante de série de medidas que tomamos, mas isso era natural.
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