O que sacolas plásticas, sustentabilidade, inspeção veicular e rodízio de veículos têm em comum? Tudo! economia, enganação e especulação. Você liga a televisão e vê a propaganda do Banco Itaú, aquela da criancinha rasgando papel e se matando de rir (aliás, muito legal); em seguida o comercial do Ford Ecosport que pode ser financiado por recursos de um banco, é claro!, sustentável.
Imagine então você estacionando o seu Ecosport em frente ao Carrefour, primeiro a abolir as sacolas plásticas dos supermercados na contramão do marketing, porque lhe tirou um beneficio, sugerindo-lhe orgulho disso. Você pode se imaginar também estacionando seu Ecosport em frente a um Pão de Açúcar que recentemente vendia o status de "lugar de gente feliz" -- (quem em sã consciência não deseja ser feliz?).
Sonho é alimentado por marketing; a realidade por impostos. Na realidade você vai se ferrar para pagar a prestação de um veículo, para pagar pela inspeção veicular, ao ser multado por circular em área de restrição em dia proibido pela lei do rodízio, por passar no supermercado puto da vida porque seu dia foi pesadíssimo por perceber que esqueceu em casa a sacola reutilizável que comprou e por pagar por uma sacola compostável. Ah!, você percebeu como as pessoas estavam se matando de felicidades comprando e brincando com seus carrinhos de compras? Tudo isso tem um nome: consumo.
A inspeção veicular travestida de sustentabilidade ecológica engorda a arrecadação com apelo verde. O rodízio de veículos leves ou caminhões alavanca o mercado automotivo e ignora as contrapartidas dos governos em solucionar problemas energéticos com fontes renováveis e naturais, além de impulsionar o mercado de vans e microcaminhões. Trocam seis por meia dúzia e abrem um novo e rentável mercado. O dinheiro e interesses econômicos naturalmente à frente. Sempre.
Por que a latinha de alumínio lançada da janela do carro no canteiro não se tornou um problema ambiental? Porque antes do ambiental está a economia ligada à latinha que tem valor econômico na reciclagem. A miséria nos tornou bons recicladores. A indústria do lixo não tem ética; muito menos comprometimento ecológico.
Evocando Titãs
Ou você consome por bem ou consome por mal. Por bem o marketing te influência; por mal o imposto amparado por lei te obriga. A economia predatória dos países pouco educados funciona assim: mobiliza massas e arregimenta exércitos de pessoas muitas vezes bem intencionadas e outras vezes alienadas. Como dizia a música dos titãs, "a televisão me deixou burro, muito burro demais".
A propaganda te faz comprar tudo que você não precisa. O governo de um País de analfabetos responde com carga tributária insaciável, passa a fatura aos que trabalham e aos pequenos que empreendem. A impunidade alimenta as organizações num País de corruptos, traficantes, milicianos e vagabundos.
O ecossistema vai ter que esperar, porque as sacolas são frutos do meio. A modernidade emplaca o consumo que, consciente ou não, alimenta a máquina e faz gerar impostos abusivos ou não que retroalimenta o crime. O quarto poder (Imprensa) troca de posições com os falidos Legislativo e Judiciário brasileiros. E o Executivo? Este sim, manda nos outros três poderes e manda também
O valor do negócio
As poucas pessoas que sobraram perderam noção de valores. Imaginem a grande massa não pensante que age e reage por estímulo? Quer ver o tamanho da conta das sacolas? Um médio supermercado que vende R$ 1 milhão por mês, R$ 12 milhões por ano distribui "gratuitamente" embutido no custo, 150 mil sacolas/mês, 1,8 milhão de sacolas/ano, que multiplicadas ao preço unitário de R$ 0,05 chegam a R$ 220 bilhões de movimentação anual do setor. Percebeu? As sacolas não são vilãs; são caras.
A televisão me deixou burro, a massa manobrada pela religião que impõe medo, a economia precisa de gente e "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. Trinta mil pessoas por ano são assassinadas no Brasil. Um terço da população varrida pra debaixo do tapete são dependentes químicos ou deficientes físicos ou mentais.
Você que trabalha, é ético, paga seus impostos, pensa, age, interage e reage, provavelmente não gosta de política. Com isso, permite que Tiriricas legislem por você, decidam por você e comandem, decidam e resolvam os impostos que você vai pagar. A gente não gosta de política e muito menos de político. A gente não se envolve, a gente somos eco, a gente somos natural, a gente só abre conta em banco sustentável, a gente vai mudar o Brasil. Vai sim!
A gente tem que saber o que quer, a gente não pode se submeter e aceitar igual boi indo para o abate, a gente tem que enxergar um pouquinho mais longe ao olhar dos pequenos filósofos caras de padre. A gente tem que perceber que subliminarmente os bandidos de ontem governam nossas vidas de hoje. A gente tem que prestar atenção que não existe mais nenhum partido político, ideologicamente falando, são todos um só.
Haja álcool, cocaína, crack, solventes e inalantes, benzodiazepínicos (calmantes), anfetaminas, orexígenos, cigarros, haxixe, lança perfume, cola, chá de lírio para pular o carnaval. Nunca na história deste País o governo militar foi tão duro e mentirosamente culpado. Nunca na história deste País a esquerda enriqueceu tanto a direita. Nunca na história deste País a geração foi tão manipulada, misturada, manobrada e emburrecida.
Ainda não dá para falar de ecossistema e aquecimento global. O conceito do verde não pode ser plantado nas mentes pavimentadas de mentiras, alienação e desconstrução política e patriótica. A gente não quer pagar o preço, a gente não quer ser incomodada. A gente não quer só dinheiro; a gente quer dinheiro e felicidade.
*GILBERTO WACHTLER PRIMAVERA é empresário e vereador
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!