Finalmente apareceu nas estatísticas do G-20, o Clube dos 20 Municípios mais importantes do Estado de São Paulo, exceto a Capital, uma notícia muito favorável à Província do Grande ABC, especialmente a Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, o G-5 no interior do macroagrupamento: a taxa de homicídios caiu consideravelmente nos últimos 12 anos a ponto de a região tornar-se território muito melhor que o conjunto de 15 municípios que completam o G-20.
Tendo como base de dados o ano de 1999, quando a Secretaria de Segurança Pública do Estado começou a dar visibilidade aos indicadores de criminalidade, e chegando-se a
Todos os municípios da Província do Grande ABC dentro do bloco do G-20 apresentaram redução de homicídios em índices superiores à média do Clube dos Municípios mais importantes do Estado, mas o mais vitorioso mesmo é Diadema, que abateu o número de mortes por assassinato em 91,27%. Resultado extraordinário que levou o Município a deixar a lanterninha do G-20 e instalar-se
Liderança
A cidade mais bem classificada da região no G-20 é São Caetano, líder absoluta depois de reduzir o número de homicídios em 83,43% quando se confrontam os números da base estatística de 1999 com o extremo oposto de 2011. São Caetano está em primeiro lugar no G-20 com taxa de apenas 1,99% homicídios a cada 100 mil habitantes, medidor adotado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Ou seja: cada Município é ranqueado com base na divisão dos casos de homicídios pela população que representa.
Se a extraordinária recuperação de Diadema é uma façanha que ganhou manchetes internacionais como exemplo de coalização de forças governamentais e da sociedade em busca de melhor qualidade de vida, o caso de São Caetano não fica atrás porque está muito adiante da quase totalidade de municípios com mais de 100 mil habitantes -- são 142 mil. Para se ter ideia do quanto a questão criminal no campo de homicídios coloca São Caetano no Primeiríssimo Mundo, foram cometidos apenas três assassinatos no ano passado no território. Como em Diadema, apesar de todos os avanços, houve 35 casos, seriam necessários 11,6 anos para que São Caetano somasse igual número de vítimas.
A diferença entre a líder São Caetano e a nona colocada Diadema já foi muito maior e muito mais preocupante. Logo após a virada do século, em 2001, Diadema registrou 238 homicídios, ante 20 de São Caetano. Em 2011, na outra ponta da pesquisa, foram 35 casos em Diadema e apenas três de São Caetano. Em termos de taxa por 100 mil habitantes, Diadema apresentava em 1999 índice 8,56 vezes superior ao de São Caetano (102,82% contra 12,01%), ante 4,50 vezes (8,97% contra 1,99%) ao término de 2011.
Os demais municípios da Província do Grande ABC que integram o G-20 também apresentaram resultados bastante satisfatórios nos 12 anos contabilizados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado. Santo André reduziu a taxa em 75,45%, São Bernardo em 83,43% e Mauá de 79,11%.
Os avanços da Província do Grande ABC nos casos de homicídios no G-20 reverteram situação de desvantagem inquietante: em
Trocando os números relativos por números absolutos, dos 3.374 homicídios apontados nos territórios dos integrantes do G-20 em 2001, 919 ocorreram nos cinco municípios da Província do Grande ABC, ou 27,23% do total. Ao final de 2011, dos 1.086 homicídios no G-20, apenas 236 ocorreram na Província, ou 21,73%. A Secretaria de Segurança Pública do Estado expõe períodos diferentes da criminalidade paulista: os números relativos têm 1999 como base; já os números absolutos valem a partir de 2001. De qualquer forma, não há distorção interpretativa porque o comportamento dos municípios é observado ao longo desses anos.
Veja como está o ranking de homicídios do G-20, sempre levando-se em conta os conceitos metodológicos da ONU:
1. São Caetano é líder com taxa de 1,99% para cada 100 mil habitantes. Evoluiu 83,43% entre 1999 e 2011. Ocupava a segunda colocação em 1999 com taxa de 12,01%.
2. Santos alcançou grande evolução porque deixou o oitavo lugar em 1999 (26,24%) e chegou ao segundo lugar em 2011 (4,67%), com redução de 82,20% no período.
3. Jundiaí manteve o terceiro lugar da origem da pesquisa depois de evoluir 66,07%. A taxa de 14,12% em 1999 caiu para 4,79%.
4. Paulínia obteve grande evolução, passando do nono lugar em 1999 (30,39%) para o quarto lugar em 2011 (6,97%), com redução de incidência do crime em 77,06%.
5. Ribeirão Preto também conheceu grandes resultados ao alcançar o quinto lugar em 2011 (7,13% de taxa de homicídios por 100 mil habitantes) depois de ocupar o 12° lugar em 1999 (taxa de 39,94%), uma evolução de 82,15%.
6. São José do Rio Preto caiu no período do primeiro (9,19% de taxa de homicídios) para o sexto lugar (7,23%), com evolução relativa de 21,32%.
7. Mogi das Cruzes caiu levemente do quinto lugar em 1999 (16,44%) para o sétimo em 2011 (8,10%) depois de evolução relativa de 50,73% no período.
8. Sorocaba também caiu dois pontos na classificação geral, porque era sexta colocada (20,01%) em 1999 ante oitava colocada em 2011 (8,52%), com redução de 57,42% na taxa de homicídios no período.
9. Diadema melhorou consideravelmente porque chegou ao nono lugar na ponta da pesquisa (8,97% de taxa de homicídios) depois de ocupar a lanterninha em 1999 (taxa de 102,82%). Uma redução de 91,27% no período.
10. São José dos Campos também obteve melhora, porque passou do 14° lugar (47,85%) para a 10ª colocação (9,57%) no período, com redução de 80% na taxa de homicídios.
11. Santo André reduziu a taxa de homicídios em 75,45% no período (de 39,43% para 9,68%) mas permaneceu em 11° lugar na classificação.
12. Barueri é a 12ª colocada com taxa de homicídios de 9,80%. Uma situação bem melhor que o 19° lugar em 1999, quando registrou taxa de 60,77%. Reduziu a taxa em 83,87%.
13. Mauá subiu três posições no ranking, já que ocupa o 13° lugar com taxa de 10,85% ante 51,94% registrados em 1999, em 16º lugar. Uma redução de 79,11%.
14. Osasco caiu quatro pontos porque estava em 10° lugar em 1999 (taxa de 33,76%) e caiu para o 14° lugar no final de 2011 (taxa de 10,89%), com redução de 67,74% no período.
15. São Bernardo manteve a 15ª posição com a redução da taxa de homicídios de 78,31%: era 51,19% e passou a 11,10%.
16. Piracicaba sofreu grande queda porque ocupava a sétima posição em 1999 (taxa de 21,12%) e caiu para o 16° lugar (taxa de 11,64%). Uma discreta redução de 44,88% da taxa de homicídios.
17. Campinas manteve o 17° lugar na classificação geral com a queda de 74,70% na taxa de homicídios, que caiu de 52,69% para 13,33% no período.
18. Sumaré caiu bastante porque ocupava a 13ª posição em 1999 (44,43% de taxa de homicídios) e passou a 15,39% com a redução de 65,36% no período.
19. Guarulhos sofreu pequena perda classificatória: ocupava a 18ª colocação em 1999 (58,03% de taxa de homicídios) e passou a ocupar o 19° lugar em 2011 (16,03%). Uma redução de 72,37%.
20. Taubaté desabou na classificação, porque ocupava o quarto lugar em 1999 (14,52% de taxa de homicídios) e passou à lanterninha em 2011 com taxa de 20,48%. É o único Município a apresentar aumento do índice no período, de 41,04%.
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