Se o ministro Alexandre Padilha resolver dar uma incerta e mandar instaurar auditoria rigorosa nas contas da Fundação do ABC, comandada pelo petista Maurício Xangola Mindrisz, provavelmente ficará estarrecido. Na próxima semana vamos revelar as razões que colocam sob suspeição essa entidade que gerencia a saúde pública de municípios da região e da Baixada Santista.
Maurício Xangola Mindrisz tem o aval da ministra Miriam Belchior e do prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo, para conduzir a Fundação do ABC até o final deste ano, completando mandato de 24 meses. Nos dois anos anteriores atuou como vice-presidente.
Escrevi nesta semana que a regionalidade que deu certo na Fundação do ABC era motivo de desconfiança por se tratar de exceção à regra municipalista numa região divididíssima em sete partes. Estava mais que certo. A Fundação do ABC é um jogo de conveniências mútuas de administradores públicos de Santo André, São Bernardo e São Caetano a envolver também a Faculdade de Medicina do ABC e 20 hospitais da região e da Baixada Santista sustentados por recursos do SUS, Sistema Única de Saúde, além de fundos municipais de saúde.
Mais não vou escrever agora sobre o que se reserva para a semana que vem sobre a Fundação do ABC porque o feriado de Páscoa está aí a possibilitar mais detalhamentos.
Resumidamente, grande parte das revelações não surpreenderá a ninguém que conheça minimamente os interiores daquela instituição. A Fundação do ABC é uma acintosa forma de torrar o dinheiro destinado à saúde da população porque sustenta uma rede de privilégios e sinecuras só superada pela imprevidência do presidente Maurício Xangola Mindrisz.
Nada surpreendente para quem, então superintendente do Semasa, atrasou em uma década e meia a competitividade da cadeia petroquímica, a atividade econômica mais importante de Santo André.
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!