Vou escrever amanhã, quinta-feira, tudo sobre a saída da Balas Juquinha de Santo André. Vou muito além do que os jornais publicaram nestes dias sem contextualizar absolutamente nada, ou contextualizando muito pouco. Com perdão do esnobismo, vou produzir um texto que dará a exata compreensão da mais nova debandada industrial da região. Uma debandada sistemática mas geralmente silenciosa e, portanto, muito diferente da farra de charangas de diversionismo quando algum empreendimento desembarca aqui. Como se sabe, o gataborralheirismo temperado pelo provincianismo, faces da mesma moeda de triunfalismo vadio, impera desde sempre neste território.
A pobreza informativa dos jornais impressos e virtuais da região ao resgatar informações em situações especiais, como a de uma nova fuga industrial, consagra este jornalista. E isso é péssimo. Juro que gostaria de não ter absolutamente nada a acrescentar às reportagens publicadas tanto por aqui como nos jornais de São Paulo que redescobriram a Balas Juquinha.
Quando afirmo no título deste artigo que os leitores vão conhecer tudo sobre a saída da Balas Juquinha o que quero dizer é que absolutamente tudo que é explicativo à situação econômica da região será condensado num texto não muito longo. A debandada da Balas Juquinha – e isso é uma dica a eventuais interessados em novas matérias – foi uma crônica anunciada por este jornalista. E faz bastante tempo. Nada que me assombrasse, aliás.
Só para dar mais uma dica sobre o vetor de competitividade regional, tão decantado pelos idiotas de plantão: não custa lembrar que a Balas Juquinha estava instalada num corredor logístico supostamente interessantíssimo à vitalidade empresarial, no caso a Avenida dos Estados. O que quero dizer com isso é que vivemos de falácias, porque, entre outros entraves, a Avenida dos Estados virou um entrave à acessibilidade competitiva.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)