Imprensa

Por que perdemos mais sem Celso
Daniel do que ganhamos com Lula?

DANIEL LIMA - 03/09/2015

Vou explicar amanhã num texto curto e grosso por que a Província do Grande ABC contabiliza neste século mais perdas com a morte de Celso Daniel do que ganhos com a ascensão de Lula da Silva. Sei lá se o título desta chamada especial transmitiu a segurança informativa do parágrafo anterior. Tomara que os leitores tenham entendido.

Mesmo assim, vou procurar ser mais didático: a ausência do prefeito Celso Daniel, abatido em 2002 por um bando de pés de chinelo, fez buraco muito maior na geoeconomia regional do que presença de Lula da Silva duas vezes presidente da República e interventor na definição da sucessora petista, a atual presidente (presidente?) da República. Lula da Silva for forjado nestas plagas, como se sabe. Celso Daniel foi surrupiado destas plagas muito antes da hora de o Brasil conhecer quem antevia o futuro com a facilidade típica dos bem-aventurados.

Imprimindo ideias

Na verdade o texto que prometo para amanhã estava pronto e acabado, sujeito a pequenas alterações de praxe, mas, incrivelmente, sumiu de meu computador. Menos mal que, previdentemente, havia imprimido uma cópia, porque imprimo tudo o que escrevo antes de liberar à publicação. Não confio em hipótese alguma em copidescagem, em correções, na tela de computador. Tampouco em leitura acurada na tela de computador. Não é por outro motivo que o mote desta revista digital é “Regionalidade para ser impressa”, depois de durante muito tempo ter sido “Leitura para ser impressa”.

Mas, voltando ao que interessa: Celso Daniel faz neste século muito mais falta do que a presença de Lula da Silva. Estou me referindo, claro, à geografia desta Província. Talvez, em função da fuga do texto que preparara, decida dar jeitada no que está impresso em minhas mãos e acrescente mais alguns parágrafos.

A provocação Celso Daniel – Lula da Silva é estimuladora ao debate. Talvez, depois da matéria de amanhã, volte mais vezes ao temário. Tudo que for necessário para incrementar o canteiro de obras da regionalidade desta Província vale a pena. Menos com empreitadas (ou empreiteiras?) suspeitas, é claro.