Ainda nesta semana, o mais tardar no começo da semana que vem, vamos dar informações detalhadas sobre um acontecimento que só não poderá ser comemorado como símbolo de novos tempos no mercado imobiliário da região porque a suposta novidade pode ser algo romeroromuleano, herói-vilão da novela das nove da Globo: pode parecer uma coisa, mas é outra.
Trata-se do seguinte: finalmente, depois de décadas, Milton Bigucci vai deixar o comando do Clube dos Especuladores Imobiliários do Grande ABC. Mas como tudo naquela entidade tem conotação sombria, de baixíssima transparência, vou explicar a condicionalidade da informação. Bigucci pode estar saindo apenas para inglês ver -- porque continuaria a dar as cartas por baixo dos panos.
Mais não quero escrever hoje sobre a saída do dirigente que transformou uma entidade de classe altamente importante para a sociedade regional em plataforma de voos individuais e corporativos, manchando a reputação da categoria com série de estripulias. Somente quem não tem a menor intimidade com questões regionais seria capaz de dar ouvidos à ideia de que o Clube dos Especuladores Imobiliários, oficialmente Acigabc, tem alguma sinalização de entranhas voltadas à sociedade como um todo e, até mesmo, para o conjunto dos empreendedores do setor de forma sistemática, democrática e meritocrática.
Apenas jogo de cena
O empresário que comanda o conglomerado MBigucci vai tentar vender a imagem de que está deixando a presidência do Clube dos Especuladores Imobiliários porque já teria encerrado o ciclo de consolidação daquela associação. Tudo não passará de lorota. O histórico do Clube dos Especuladores é sofrível ao desenvolvimento regional com pés no chão e criatividade.
A realidade de atuação do Clube dos Especuladores Imobiliários está a léguas de distância da imperiosidade demandada por empresários do setor de construção civil da região e também pelo conjunto das forças sociais que, mesmo dispersas, poderiam ser tocadas por lideranças de peso.
O que Milton Bigucci prepara à frente do Clube dos Especuladores Imobiliários é um simulacro de sucessão diretiva que o manteria como controlador geral daqueles que pretende usar como provas de uma democracia que não passa de embuste.
O almoço que envolveu oposicionistas de Milton Bigucci em Santo André, os quais pretendem constituir nova organização, também será objeto da análise que vamos preparar.
Também vamos abordar o fracasso do encontro da semana passada que o Clube dos Especuladores Imobiliários realizou em São Caetano. A perspectiva de que todos os prefeitos da região estariam presentes deu com os burros nágua. Nenhum deles compareceu. Tampouco os secretários de Desenvolvimento Econômico. O Clube dos Especuladores Imobiliários não tem representatividade. Por isso precisa de lufadas de modernidade e responsabilidade social. Mas não será com o jogo de cena que se prepara.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)