Vamos aguardar até às 10h de amanhã, terça-feira, as respostas dos candidatos à presidência de cada uma das unidades da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na Província do Grande ABC às questões que formulamos e enviamos na última sexta-feira. Exatamente porque o tempo apertava o atendimento decidimos formular poucas questões. Sem especificidades municipais. Os temas abordados não ficaram, também, restritos ao ambiente corporativo da instituição.
As questões foram encaminhadas às respectivas caixas eletrônicas das unidades da OAB na região. Competia aos atuais dirigentes o encaminhamento do material dos candidatos. Inicialmente pretendíamos contar com as respostas até o final do horário comercial desta segunda-feira. Esticamos o prazo porque não existe obstáculo à publicação das respostas ainda nesta terça-feira. Em tempo de os eleitores tomarem conhecimento do que pretendem os candidatos.
A OAB é uma instituição de enorme importância à recomposição do tecido regional esfarrapado quando o que está em debate é uma linha do tempo que começa nos anos 1990 e se estende até estes tempos. Houve efetivamente baixa produtividade da OAB nesse período, quando está em jogo a avaliação do desempenho fora das quatro linhas do corporativismo explícito. Aliás, essa deficiência é generalizada na região. O corporativismo prevalece sobre movimentos ou tentativas de movimentos abrangentes da sociedade como um todo.
Desafios regionais
Por mais que determinado presidente de OAB faça pela classe – e há quem o faça bem, embora não propague tanto, enquanto outros falam que fazem, mas só vivem de marketing – sempre será muito pouco ante os desafios regionais. Vivemos longo período de trevas institucionais. Nossas organizações empresariais, sindicais e sociais estão a léguas de distância do ponto de ignição a arremetidas que frustrariam os mandachuvas e mandachuvinhas que transformaram o Grande ABC em Província do Grande ABC.
Se na maioria dos casos a OAB incentivou comportamentos que a deslocaram de iniciativas aguardas pela sociedade, mantendo-se numa redoma associativista, em algumas situações seus representantes, provavelmente mais tarde arrependidos do gesto, escalaram pernas de pau para dirigir a entidade e a concentrar discursos de grandiloquência que jamais alcançaram ações efetivas.
Não tenho muita esperança de que chegará até a redação de CapitalSocial um número representativo de respostas dos candidatos que vão às urnas nesta quarta-feira. Gostaria de estar enganado de que tanto em volume como em conteúdo as respostas marcassem uma nova largada, esta para valer, de regionalidade produtiva.
Ficaria profundamente decepcionado, embora não surpreso, se os concorrentes às unidades da OAB na região -- cujas fotos foram publicadas na página social do Diário do Grande ABC de ontem – não preenchessem os dedos de minha mão direita. Gostaria de cair do cavalo da expectativa pessimista de que para a maioria deles é muito mais confortável um espaço tradicionalmente neutro, como é o colunismo social, a um embate de ideias típico de Entrevista Especial desta publicação.
Vamos aguardar até esta terça, porque no dia seguinte as eleições estarão decididas.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)