Imprensa

Gestão barata tonta não sabe o
que fazer com Polo Tecnológico

DANIEL LIMA - 21/01/2016

O prefeito Carlos Grana não sabe que direção tomar para dar o pontapé inicial no Polo Tecnológico de Santo André. O prefeito petista e a vice-prefeita Oswana Fameli imposta pela Acisa (Associação Comercial e Industrial) e, também, secretária de Desenvolvimento Econômico, estão mais perdidos que barata em galinheiro. O que vão fazer com o presente do governador Geraldo Alckmin? Façam suas apostas.

Pelas patas do despreparo é que se conhece o tamanho do elefante de problemas econômicos de Santo André. Está aí essa dupla que não se desgruda nas páginas do Diário do Grande ABC, como irmãos xifópagos, a dar a dimensão amplificada das inquietações de quem ousa parar para pensar sobre o que se desenha num horizonte de médio prazo -- porque o curto prazo já foi para a cucuia há muito tempo.

A resposta estratégica à implantação do Polo Tecnológico de Santo André é tão óbvia, mas tão óbvia, porque é a resposta para a região como um todo, que resolvi chegar à seguinte decisão: vou dar um tempinho de 24 horas para os leitores cavoucarem nas memórias e nos conhecimentos acumulados a projeção do que vou oferecer na edição de amanhã, sexta-feira.

Dúvidas, dúvidas, dúvidas

Ler como li no Diário do Grande ABC de hoje (os outros jornais impressos e digitais da região só lerei mais tarde) que o prefeito Carlos Grana e a secretária Oswana Fameli ainda têm dúvidas sobre o destino do Polo Tecnológico, se Polo Tecnológico houver mesmo no futuro, é de lascar. E explico.

Primeiro, porque ambos demonstram que estão absolutamente por fora da realidade regional lastreada por estudos elaborados num passado não muito distante.

Segundo, porque tanto um quanto outro deveriam ter reunido a mídia tão benévola e apresentado, em seguida à decisão do governador, o espectro do Polo Tecnológico. Afinal, há pares de anos que se esperava pelo aval do governo. Tempo mais que suficiente para que projetos fossem desencadeados e, inclusive, servissem de instrumento de pressão, de boa pressão, de pressão desenvolvimentista, para agilizar o posicionamento do chefe do Estado.

Terceiro, chamar a Universidade Federal do Grande ABC (UFABC), manequim preparado para passarelas internacionais, para dar conta do recado, tem o significado de sugerir à presidente Dilma Rousseff que escale Roberto Jefferson, denunciante do Mensalão, para atuar como Ministro de Relações Institucionais.

Prometo escrever sobre o potencial de futuro mais que evidente que espera pelo Polo Tecnológico de Santo André, sem deixar de registrar, com a cautela guiada por decepções sobrepostas ao longo dos tempos, que não boto fé nessa empreitada durante a gestão de Carlos Grana, mesmo que reeleito. Explico tudo amanhã. Mas que essa dupla de prefeito e vice-prefeita de Santo André adora flertar com o improvável somando improvisação e boquirrotismo, disso não tenho dúvida.