Imprensa

Uma entrevista bombástica
sobre o mercado imobiliário

DANIEL LIMA - 08/07/2016

O mercado imobiliário da região foi um desafio jornalístico durante boa parte dos 25 anos de atuação do empresário Milton Bigucci como presidente do Clube dos Construtores (Incorporadores, Administradoras e Imobiliárias). Apenas este profissional ousou mostrar as fragilidades estruturais e operacionais daquela entidade que, somente agora, desde janeiro, sob nova direção, caminha a uma atuação compatível com a importância regional do setor. Eis que, finalmente, um dirigente dos construtores decidiu botar a boca no trombone. Com coragem, determinação e entusiasmo com os novos tempos, esse dirigente foi entrevistado por CapitalSocial.

Quem será o personagem em questão? Na próxima segunda-feira vamos publicar na íntegra a Entrevista Especial realizada nesta semana. Já não estaremos mais isolados publicamente em eventuais esclarecimentos e posicionamentos que supostamente precisariam ser levados à sociedade.

Enfrentamos sozinhos as reações autoritárias do dirigente Milton Bigucci. Foram ações sequenciais no Judiciário -- sempre seguindo a mesma metodologia de armadilhas ofensivas à liberdade de expressão.

Milionário, Milton Bigucci ganhou duas das batalhas jurídicas, contra as quais estamos recorrendo. E tenta uma terceira. Sempre com a mesma argumentação capenga. Busca ludibriar o Judiciário com malabarismos semânticos. Ele insiste em tentar calar quem ousou afirmar que o Clube dos Construtores era uma falácia como entidade de classe e, principalmente, como compromisso com uma regionalidade deficiente entre outras razões porque instituições sociais reúnem semelhantes vieses ultrapassados dos construtores.

Entrevistados preservados

Todas as informações que levamos aos leitores ao longo dos anos sobre a atuação do Clube dos Construtores do Grande ABC foram respaldadas por fontes do ramo; ou seja, que conhecem a fundo o que se passou naquela entidade e não se conformavam com as seguidas gestões de um dos mandachuvas da região.

Jamais, por dever de ofício, requisitamos essas fontes de informações para testemunhar nos tribunais aos quais recorreu sistematicamente o dirigente da MBigucci. Sempre contamos com a certeza e o bom senso de que liberdade de expressão é um bem sagrado do jornalismo direcionado aos interesses da sociedade. 

Não faltaram fontes que se colocaram à disposição deste jornalista na esfera Judicial, mesmo correndo riscos de retaliações. Jamais aceitamos deslocar qualquer entrevista reservada a uma sala de tribunal. Sabemos o que poderia ocorrer com os entrevistados-testemunhas. Já as testemunhas de Milton Bigucci são sempre as mesmas – funcionários da entidade e amigos do peito, como o então presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André, Fábio Picarelli. Eles, certamente, detêm muito mais informações e têm integral independência do milionário empresário. Este jornalista não entende do ofício ao qual se dedica há 51 anos.

Contraditório jamais

Milton Bigucci detesta contraditório. Recusou responder a questões formuladas por CapitalSocial em sete situações diferentes. Qualquer alternativa que não seja entrevista adocicada é interpretada pelo empresário como algo desrespeitoso, ofensivo ou mesmo perseguição individual. O mesmo clichê de gente que está esperneando contra a Operação Lava Jato.

Milton Bigucci jamais aceitou responder absolutamente nada sobre as denúncias de crimes de cometeu à frente da MBigucci, segundo denúncias do Ministério Público do Estado de São Paulo. Tampouco sobre a frágil estrutura do Clube dos Construtores, do qual, finalmente em dezembro, foi apeado do cargo após um quarto de século de mandonismo.

O que o entrevistado de CapitalSocial desta segunda-feira vai dizer é bombástico. Finalmente apareceu alguém que decidiu contar o que pensa sobre os anos de presidencialismo de Milton Bigucci no Clube dos Construtores. O que compulsoriamente levou o entrevistado a caminhar em sincronia com a linha editorial de CapitalSocial. Uma linha editorial que não centralizou apontamentos das ineficiências institucionais da Província do Grande ABC no Clube dos Construtores dirigido por Milton Bigucci -- embora não negue que tenha definido uma linha de preocupação maior com aquela entidade pelo fato de que era comandada de forma ostensivamente agressiva à liberdade de expressão.

A sociedade consumidora de informação merece um jornalismo independente. Mesmo que ameaçado permanentemente por autoritarismos. A Entrevista Especial de segunda-feira dá voz a um representante do setor imobiliário que observou tudo o que ocorreu nos últimos anos na região. E que ajudou na vitória do engenheiro Marcus Santaguita, há seis meses no comando do Clube dos Construtores.



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