Era tudo o que membros da Câmara Regional queriam ouvir. A manifestação de apoio explícito ao pólo tecnológico do Grande ABC por parte do novo secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Anibal, no mês passado, ajudou a jogar para o alto o ânimo do grupo de trabalho que cuida de viabilizar o pólo regional. A agenda de tarefas está sendo estruturada de modo a virar o novo milênio com várias ações implementadas, entre as quais os primeiros cursos técnicos de turismo e para moveleiros, além de curso de tecnologia para a indústria plástica. Os fabricantes de móveis e os transformadores de plásticos também serão contemplados com centros de A&D (Apoio & Difusão Tecnológica). "Isso será planejado este ano para entrar em operação já em 2000" -- aposta o coordenador do grupo, Armando Laganá.
Os cursos para as cadeias de móveis, turismo e plástico estarão a cargo do Ceeteps (Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza). A massa crítica do Ceeteps será também emprestada para se juntar às unidades regionais do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e dar suporte aos centros de Apoio & Difusão. "Vamos juntar as duas competências para viabilizar os centros o quanto antes" -- propõe o representante no Grande ABC da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado.
O empenho do grupo de trabalho do pólo para levar a região a acertar o ponteiro tecnológico é pôr em prática células que já são consenso no papel. Por isso, a criação de um curso de engenharia da Politécnica, reiterada pelo novo secretário José Anibal, é outro passo para fazer andar a pretendida extensão dessa escola da USP (Universidade de São Paulo) no Grande ABC. "Vamos por partes, para não desviar a estrutura proposta desde a criação da Câmara Regional" -- afirma Laganá. José Anibal teria também se animado a trazer para o pólo o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Da agenda de planejamento deste ano para deslanchar projetos em 2000 constam ainda a criação do Centro de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) da indústria petroquímica e o pólo de moldes do setor plástico. Todos os projetos devem estar formulados entre este e o próximo mês para se iniciar a fase de negociação tripartite envolvendo prefeituras da região, governo do Estado e empresas. A parceria é considerada fundamental para viabilizar o financiamento das ações. Com projetos em mãos será possível acessar agências de fomento estaduais e federais -- casos de Sebrae, Fapesp e Ministério da Ciência e Tecnologia --, além da própria participação financeira das prefeituras.
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