Vejam só o que recuperamos para a edição de hoje de CapitalSocial: uma matéria publicada originalmente na revista LivreMercado de março de 1998, assinada por este jornalista, e que trata da queda econômica e social da região. Esse era um assunto recorrente nas páginas daquela publicação impressa e se repete desde sempre nesta publicação digital. Em seguida, mostramos o texto de Lara Fidelis, também de março de 1998, que traça o perfil de um dos nomes mais conhecidos na história da região, o decorador e designer Sérgio Apolônio. Vamos aos primeiros trechos do artigo que escrevi há quase 21 anos. “Ninguém escapa. E quem tentar se fazer de dissimulado não passa de otário metido a besta. Alguns têm menos culpa no cartório que outros, o que serve apenas de atenuante, não de atestado de inocência. Houve quem fez muito por determinados setores ou corporações, mas pouco se preocuparam com o todo. Tomaram a parte pelo conjunto. Viram o Grande ABC pelo buraco da fechadura. Outros pouco fizeram e muito atrapalharam. Também há muita gente que assistiu passivamente a tudo o que ocorreu ao longo do tempo, as coisas boas e as coisas ruins. Como quem estivesse tranquilamente numa praia de bem nutridos biquininhos num primeiro tempo de sol a pino e permanecesse alheio a tudo diante da mudança de tempo num segundo tempo de vendaval devastador. É claro que estamos falando do processo de crescimento e de arrefecimento econômico do Grande ABC”. Agora, os primeiros trechos do texto de Lara Fidelis: “Passaram-se os anos e o menino tímido que trocava brincadeiras de rua por papel e aquarela tornou-se um dos profissionais mais respeitados e requisitados pelos colunáveis da região para projetos residenciais e comerciais. O decorador e designer Sérgio Apolônio -- nascido, criado e vivido na Vila Assunção, Santo André -- já perdeu a conta dos apartamentos, escritórios e clínicas onde imprimiu seu estilo. Ainda assim se surpreende quando é convidado para trabalhos como o planejamento da casa de fazenda e da cobertura de um empresário de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O segredo do sucesso, ele não revela. Mas garante: “"Sou um trabalhador como outro qualquer, só que Deus me deu o privilégio da arte"”. Sérgio Apolônio se define como um profissional que consegue personalizar ambientes desenhando peças de acordo com necessidades e tendências dos clientes”.
05/03/1998 - Todos têm culpa no cartório
05/03/1998 - Um workaholic que faz arte
Total de 1884 matérias | Página 1
13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)