Imprensa

História do melhor jornalismo
regional do País. Leiam! (150)

DANIEL LIMA - 15/01/2019

Com trechos de três matérias que se seguem, completamos a edição de junho de 1998 da revista LivreMercado, antecessora de CapitalSocial. A recuperação da memória do melhor jornalismo regional do País segue em frente. Na edição de amanhã alcançaremos julho de 1998, que reúne 12 textos imperdíveis, divididos em quatro edições sequenciais. Vamos às matérias de junho daquele ano.

Primeira matéria 

 Ainda é possível às empresas do Grande ABC fazer parte de levantamento inédito que a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) prepara sobre a economia do Estado de São Paulo. Dos 8,6 mil questionários distribuídos na região, cerca de 10% ainda não foram recolhidos. A expectativa é zerar essa diferença até meados deste mês para que a Paep (Pesquisa da Atividade Econômica Paulista), como foi batizada, comece a ser tabulada e tenha os primeiros resultados divulgados em setembro próximo. No Estado de São Paulo, o índice de não-retorno é de 18%. A Paep é definida pelo diretor executivo do Seade, Pedro Paulo Martoni Branco, como verdadeira tomografia socioeconômica do Estado brasileiro que mais produz e, portanto, maior alvo das mudanças provocadas pela globalização.

05/06/1998 - Fundação Seade espera respostas

Segunda matéria 

 “Temos pressa”. Assim o presidente do Sindicato da Indústria de São Bernardo, Hermes Soncini, justifica o misto de empolgação e angústia que precede o início da colheita de resultados das iniciativas semeadas para retomada do setor. Dois passos importantes foram dados no final de maio para alavancar o processo de modernização da indústria moveleira do Grande ABC: o contato com novas tecnologias durante visita ao Cetemo (Centro Tecnológico Moveleiro), em Bento Gonçalves (RS), e o resultado do diagnóstico feito pela agência São Bernardo do Sebrae com a mão-de-obra no chão das fábricas do Grande ABC.

05/06/1998 - Região aprende com os gaúchos e decide colocar mão na massa 

Terceira matéria 

 Apeado há pouco mais de um ano de exuberante riqueza e conforto, o ex-empresário Paulo Alisson está novamente na praça. Agora é gerente comercial de um plano de saúde de pequeno porte. O terno de corte moderno é herança dos tempos de fastio. Como a pasta tipo executivo recheada de folders da empresa que resolveu apostar que seu talento de vendedor é superior às sequelas de devedor. Dono da Companhia Alisson, até então maior empresa do mercado paralelo de telefonia da região, cujo rastro de falência atingiu cerca de cinco mil investidores populares que transformavam poupança em crédito para obtenção de linhas telefônicas, Paulo Alisson jura por todos os juros que só lhe sobrou -- como resguarda a legislação -- o espaçoso apartamento de classe alta Bairro Jardim, em Santo André. Mas há quem duvide desse Paulo Alisson de faces assustadas e de corpo mais magro, que garante ter recomeçado a rota da fortuna. 

05/06/1998 - Começar de novo 



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