Continuamos em agosto de 1998 com mais três matérias que ajudam a consolidar no campo digital o sucesso editorial de duas décadas da revista LivreMercado. São textos imperdíveis para quem quer conhecer o Grande ABC de hoje.
Primeira matéria
Uma bomba-relógio ameaça agravar o declinante poderio econômico e a ascendente ruptura social do Grande ABC. Representantes de empresas que sustentam a principal atividade microeconômica da região — a indústria automobilística e as autopeças que a rodeiam — acabam de preparar espécie de dossiê que aponta quadro de gradual trombose em suas atividades. A anomalia atinge quatro áreas que respondem diretamente pela capacidade de competir num mercado que se torna cada vez mais concorrido internamente, com novas montadoras que se instalam no País, e internacionalmente, com a globalização em ritmo frenético. Num trabalho inédito da Câmara Regional do Grande ABC, liderado pelo prefeito Maurício Soares, de São Bernardo, coordenador do Grupo de Competitividade do Setor Automotivo, os subgrupos de Relações Trabalhistas, Infraestrutura, Impostos e Desenvolvimento Tecnológico praticamente esmiuçaram os pontos principais de algo que pode ser resumido e simplificado como Custo ABC, embutido em algo igualmente desestimulante para a atividade empresarial, o Custo Brasil.
05/08/1998 - Quem desativa essa bomba?
Segunda matéria
Queira ou não queira, o Fórum da Cidadania vai às urnas em 3 de outubro. O movimento social que deflagrou transformações institucionais por que passa o Grande ABC, como a reativação do Consórcio Intermunicipal de Prefeitos e a Câmara Regional, concorrerá com dois candidatos nas próximas eleições. O médico e empresário Fausto Cestari e o sociólogo Marcos Gonçalves vestem a camisa do PSDB para tentar chegar respectivamente à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. Sobram a ambos virtudes que o eleitor valoriza em quem se dispõe a representá-lo. Mas lhes falta densidade popular. Respeitados entre formadores de opinião e tomadores de decisão, eles têm o desafio de buscar a representatividade popular dos votos.
05/08/1998 - Fórum faz teste das urnas
Terceira matéria
Estacionado na boa vontade dos Poderes Públicos, mas com sinal no amarelo, o que ainda significa abertura à possibilidade de viabilização. É com essas metáforas que o ex-ministro do Trabalho Murilo Macedo, hoje executivo da Fundação Abraham Kasinski, define a situação do projeto de erguer em Mauá a sonhada Universidade do Trabalhador. Depois do veto dos ecologistas ao uso do Parque Guapituba, o que abriu sinal vermelho à concretização dessa que será uma escola de vanguarda de Terceiro Grau no Grande ABC, o amarelo voltou a acender com a sugestão da Prefeitura de área do INSS próxima ao Paço Municipal. Mas a largada com o brilho do sinal verde só será dada com o desimpedimento total do Ministério da Previdência Social na parte legal, além da compatibilidade do terreno do INSS à arquitetura e engenharia já traçadas para a universidade no Guapituba. "Só vamos reestudar o assunto depois desses dois pré-requisitos" -- comenta Macedo.
05/08/1998 - Kasinski ainda espera resposta
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)