Aumenta a temperatura de idiossincrasias entre os municípios do Grande ABC e a cidade de São Paulo no hotel-fazenda de Complexo de Gata Borralheira. Estamos no quinto capítulo da obra que lancei em abril de 2002 em homenagem à memória do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado dois meses antes. Um livro em memória, mas que jamais se prendeu às variáveis sobre a morte do prefeito.
Observarão os leitores da obra física que está sendo transportada ao mundo digital que nem de raspão se falava da morte de Celso Daniel como consequência de outros fatores que não a violência que campeava na Região Metropolitana de São Paulo. Sequestros aconteciam aos borbotões. As estatísticas policiais estão aí para comprovar. O bicho pegava.
A nova versão (que se tornou majoritária em credulidade porque tudo foi feito mesmo com esse sentido, ou seja, no sentido de partidarizar a lógica da falta de Segurança Pública) de que Celso Daniel fora abatido em crime político-administrativo ainda não constava da agenda de guerra de informações. Pouco tempo depois o governo tucano resolveu dar o troco nos petistas que fizeram do assassinato de Celso Daniel início ou continuidade da campanha rumo ao Palácio do Planalto onde, em outubro daquele ano, Lula da Silva chegaria.
O interessante nesse novo capítulo de Complexo de Gata Borralheira é que os representantes da região instalados naquela mesa retangular de hotel-fazenda no Interior de São Paulo não poupavam ataques internos, ou seja, entre eles mesmos. Estavam decididos a costurar nova engenharia de regionalidade metropolitana. Por isso, nem a Capital cinderelesca escapava de críticas. Vale a pena acompanhar o quinto capítulo.
Leiam, portanto:
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)