Seguem as discussões entre os oito personagens de Complexo de Gata Borralheira reunidos naquele hotel-fazenda no Interior do Estado de São Paulo. Eles representam oito dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Não há nada na geoeconomia do Brasil que se equipare a esse conglomerado de gente e riqueza, além de muitos problemas, claro.
A Capital São Paulo, Cinderela do pedaço, está numa das cabeceiras da mesa retangular. E é claro que ao faltarem ainda dois convidados, que poderão também ser anfitriões tardios, a outra ponta está desocupada.
A identidade em comum entre os oito convidados finalmente ganhou um ponto de forte inflexão de uniformidade de ações. A sugestão de que a Região Metropolitana poderia virar espécie de Estado da Grande São Paulo é colocada na mesa com fundamentação de origem técnica. Não se tratava, a proposta, de uma doideira qualquer. Havia um lastro a sustentá-la. E esse ponto foi muito importante para que os debatedores procurassem extrair o máximo de substâncias.
Os leitores vão perceber que, para virar Estado, a Região Metropolitana da Grande São Paulo precisaria comer muito feijão institucional; ou seja, teria batalhas sangrentas pela frente porque não é fácil mexer no bolo que está mais que dividido entre os entes federativos do País.
Acompanhem o décimo-primeiro capítulo dessa obra lançada em abril de 2002 num Teatro Municipal de Santo André lotado de convidados que foram prestar homenagem ao prefeito Celso Daniel, assassinado dois meses antes.
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