Três matérias imperdíveis completam a transposição da edição de setembro de 1998 da revista LivreMercado para as páginas de CapitalSocial. Saímos do mundo do papel para o mundo da Internet porque é importante recuperar para o público leitor as entranhas de um Grande ABC cujos problemas estão no passado e se agigantam no presente.
Primeira matéria
Uma boa notícia para quem tem comércio de rua: por mais que os grandes negócios disputem o mercado, por mais que as megarredes enlacem os consumidores e por mais que os shoppings seduzam o público, sempre haverá espaço para quem tem loja de rua. Entretanto, há ressalva que convém ser dita sem subterfúgio: num olhar prospectivo para os próximos 10 anos, a situação do comércio de rua se assemelhará aos camelôs de hoje; ou seja, precisam oferecer aquilo que o consumidor que anda a pé quer e pode comprar. A previsão é de Nelson Barrizzelli, um dos maiores especialistas em varejo no Brasil, professor da FEA (Faculdade de Economia e Administração) e da USP (Universidade de São Paulo) e supervisor de pesquisas da Fundação Instituto de Administração da mesma USP.
05/09/1998 - Comércio de rua precisa se espelhar nos camelôs
Segunda matéria
Com setor industrial debilitado por motivos que vão da evasão de muitos anos à mais recente descentralização produtiva da indústria automobilística, que opta por instalar novas plantas em regiões onde os custos de produção são mais baixos e que apresentam melhor qualidade de vida e infraestrutura, o Grande ABC precisa acordar se não quiser continuar à margem de um mercado rico, promissor, e que representa a musculatura mais forte do setor de serviços nos países mais avançados do mundo: o chamado turismo de eventos, braço da indústria de entretenimento, formado pelo incremento econômico que gravita ao redor de feiras, congressos, convenções e exposições. Pesquisa divulgada recentemente pela Association Meetings mostra que o turismo de eventos movimenta anualmente cerca de US$ 430 bilhões nos Estados Unidos, dos quais US$ 83 bilhões em feiras, exposições, congressos e convenções. Ou seja, os reflexos diretos e indiretos na economia americana atingem metade do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. No Brasil, os números são mais modestos, mas não menos instigantes. Direta e indiretamente, o turismo de eventos fatura anualmente em São Paulo o equivalente a US$ 2,8 bilhões e é responsável pelo recolhimento de US$ 110 milhões em impostos, de acordo com estudos da Fipe/USP.
05/09/1998 - Precisamos de um Anhembi. Urgente!
Terceira matéria
Os estudantes estão muito preocupados com o futuro do Grande ABC e têm consciência de que a região se está empobrecendo economicamente com a evasão industrial, ao mesmo tempo em que vive graves problemas sociais. A situação exige rápida e dinâmica reação, sob pena de complicações ainda maiores. Esse é um dos resultados da Pesquisa LM desenvolvida em três estabelecimentos de ensino do Grande ABC: as Faculdades Integradas Senador Fláquer, o Colégio Clóvis Bevilácqua, em Santo André, e o Colégio Anchieta, em São Bernardo. Foram preenchidos 375 questionários apresentados em forma de respostas alternativas e excludentes, cada uma das quais oferecendo três cenários completamente diferentes.
A iniciativa de LivreMercado faz parte do projeto de integração entre a comunidade e o meio acadêmico por meio do programa Ciclo Regional de Debates, que terá início logo depois das eleições de 4 de outubro próximo.
05/09/1998 - Estudantes estão muito preocupados
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)