Imprensa

Iniciamos mais
um ano revista

DA REDAÇÃO - 05/11/2000

LivreMercado ingressa, com a edição deste mês, no quinto ano de formato revista e quase 11 anos de circulação permanente no Grande ABC. Reconhecidamente o melhor veículo regional de economia e negócios do País, LivreMercado tem revolucionado a história do jornalismo do Grande ABC com linha editorial inédita porque ultrapassa o terreno fácil da informação sem valor agregado, da informação de declarações. O sucesso regional praticamente obrigou a Editora Livre Mercado a criar o primeiro filhote de LM, com o lançamento da edição estadual da revista em julho deste ano. A criação do Prêmio Desempenho, entregue pela primeira vez em 1994 e que se consolidou como termômetro de competência e solidariedade das organizações, tornou-se porta-estandarte da publicação porque sintetiza a preocupação editorial expressa no slogan Economia Com Compromisso Social.   

As Reportagens de Capa praticamente extratificam o histórico de LivreMercado dos últimos quatro anos e também do período anterior, de formato tablóide em papel off-set. Embora não tenha havido mudança de rota em nenhum momento da trajetória da publicação desde o lançamento em março de 1990 na Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), o formato revista que circula desde novembro de 1996 tornou mais explícita a base de sustentação editorial. LivreMercado tem compulsão à análise da economia do Grande ABC. Tanto que coleciona sucessos que lhe dão credibilidade e segurança de informações. 

Entretanto, mesmo ao se consagrar como produto voltado para a economia, LivreMercado mantém-se sintonizada com os movimentos sociais e político-administrativos do Grande ABC. A Reportagem de Capa desta edição é prova disso. Tanto quanto a Reportagem de Capa de dezembro de 1997 sobre o Fórum da Cidadania do Grande ABC, a de abril de 1998 sobre as transformações que os partidos de esquerda fizeram na infra-estrutura social em Diadema a partir da vitória do então petista Gilson Menezes no início dos anos 80, entre outros assuntos. 


Ceticismo? -- Em muitos casos associada a abordagens menos adocicadas, quando não céticas, sobre a realidade do Grande ABC, LivreMercado sustenta um conjunto de prospecções e constatações que se consagraram. Foi a primeira publicação do País a mexer numa ferida que acadêmicos, administradores públicos e a maioria dos empreendedores faziam questão de esconder sob o esparadrapo da acomodação e da suposta preservação da auto-estima regional -- a de que o Grande ABC sofrera duros golpes econômicos e sociais que o colocavam em situação de desvantagem competitiva em relação a outras regiões do Estado e do País. À época dessas matérias, houve reações até exacerbadas contra LM. Só faltaram cartas de desagravo à região. Hoje, poucos atores sociais, econômicos e públicos conseguem articular frases que não estejam recheadas de mas, poréns e entretantos quando se referem ao Grande ABC. A unanimidade burra se esfarelou diante da crua realidade. 

Também o questionamento ao mito de que o Grande ABC concentrava mão-de-obra qualificada ajudou a construir a reputação de seriedade de LivreMercado. A idéia de que os trabalhadores da região, sobretudo metalúrgicos, eram a fina flor de competência foi demolida com o auxílio da globalização, que colocou a nu um santo construído ao longo dos anos por sindicalistas interessados em valorizar a matéria-prima de suas ações reivindicatórias. A Reportagem de Capa de setembro de 1997 Apertar Parafuso Já Era esmiuçou o assunto que LM já vinha atacando de forma sistemática. Sindicalistas, jornalistas, empresários e políticos confundiram cultura de trabalho fabril com qualificação profissional. Milhares e milhares de horas de treinamento e reciclagem, investimentos em novas tecnologias para enfrentar a competitividade internacional, demissões em massa e seletividade de novas contratações com base no currículo escolar e formação técnica foram algumas ações que reformataram o perfil do trabalhador da região. Incorporou-se à cultura de produzir a qualidade de produzir. Agora já se pode falar em trabalhador qualificado na região. Mais recentemente, em junho deste ano, nova Reportagem de Capa, Peão Uma Ova!, concentrava análises sobre o grau de mudanças dos profissionais no interior das fábricas. 


Tablóide atrevido -- LivreMercado constrói reputação editorial que remonta às primeiras edições em 1990, quando o modesto tablóide impresso em preto e branco era confundido como mais um produto jornalístico que certamente não sobreviveria. Sobretudo porque, numa ação absolutamente pioneira, dedicava-se a esmiuçar a economia regional, voltando-se preferencialmente para o setor empresarial. Quando se lembra que os empreendedores eram discriminados numa região que ainda vivia momentos de beligerância entre capital e trabalho, não é difícil compreender a justificativa para LivreMercado fracassar. 

Uma das matérias emblematicamente definidoras de LivreMercado remonta às primeiras edições. LM diagnosticou, através do consultor Cláudio Rubens Pereira, então presidente da Anapemei (Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas Industriais), o turbilhão de mudanças no rastro da globalização, expressão econômica que poucos conheciam. A sequência temática abordada na maioria dos casos com ineditismo consagra LivreMercado como veículo de leitura obrigatória.

LivreMercado defende a criação de uma entidade cerebral capaz de formular alternativas para as questões econômicas da região porque entende que as instituições existentes não conseguem agregar os pré-requisitos indispensáveis à empreitada. LM defendeu e estimulou a criação de secretarias de Desenvolvimento Econômico nas Prefeituras, considerando um acinte o fato de a região mais industrializada da América Latina desprezar a formulação de estrutura institucional que contribua para a organização do setor produtivo. 

Também a febre de investimentos e de unanimidade em apoio à chegada de shopping centers foi criticada por LM, chamando todos à reflexão porque o recuo do emprego e da massa de salários indicava dificuldades de retorno do investimento, além de prejuízos ao comércio convencional. Os resultados estão aí. A Reportagem de Capa sobre incentivos a atividades ligadas à produção de programas e serviços de computação permanece atual por falta de providência dos administradores públicos. Outra iniciativa polêmica de LM foi a denúncia de um Custo ABC desconhecido da maioria dos acadêmicos, mas sentido de perto pelos empreendedores: o Grande ABC é alvo preferencial das investidas de fiscais federais, estaduais e municipais por causa da concentração de negócios. Resultado: o Interior paulista de empresas mais dispersas continua recebendo negócios que cansaram de perseguições fiscais no Grande ABC. 

O elenco de temas que desfilam no histórico de LivreMercado é vasto. Recentemente, quando da campanha de marketing que comemorou seus 10 anos de circulação, LivreMercado publicou série de anúncios relatando de forma resumida os pontos mais importantes com que se tem debatido. Foram listadas 40 ações especiais, entre as quais a defesa da metropolização de direito do Grande ABC, com base na possibilidade de o arranjo informal do Consórcio de Prefeitos e da Câmara Regional não resistir às idiossincrasias político-partidárias dos períodos eleitorais. O desempenho pífio das duas entidades, este ano, fortalece a posição da revista. 

Resistente ao esvaziamento econômico do Grande ABC, uma realidade que fere o orgulho regional mas que não pode ser escamoteada sob qualquer pretexto, LivreMercado segue decidida a enfrentar os desafios que se lhe apresentam também em decorrência do próprio esvaziamento que denuncia não com o objetivo destrutivo dos predadores, mas como reação de quem jamais se dará por vencido e sabe da responsabilidade social que leitores e anunciantes lhe conferem. 


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