A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Santo André promete oferecer a partir do segundo semestre série de serviços diferenciados para apoiar a primeira leva de empreendimentos que estão em fase de seleção. De 13 propostas, 10 passaram pela fase de elaboração dos planos de negócios. Os projetos vão desde trabalhos na área de química fina, telecomunicações e robótica até aproveitamento de energia, programas de software e tecnologia da informação. Dia 12 de julho a incubadora pretende divulgar a lista dos projetos escolhidos, que em um mês começam a ser desenvolvidos nas instalações montadas em prédio na Avenida Artur de Queirós, 720, no Bairro Casa Branca. A partir de então é que surgirá um modelo de atuação para solucionar o que o coordenador do programa da Prefeitura de Santo André, Roberto Vasquez, chama de nós críticos.
"Vamos ajudar os empreendedores a desatar os nós críticos para o sucesso dos projetos com a prestação de cinco serviços diferenciados" -- conta Roberto Vasquez. O primeiro é o espaço físico com apoio administrativo comum a todas as incubadoras mas que, na versão tecnológica criada pela Prefeitura em parceria com Agência de Desenvolvimento do Grande ABC e Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), vai oferecer pontos de Internet e de telefonia. A providência busca atender à demanda mais intensa nessas áreas por causa do perfil tecnológico. Outro nó que desafia os futuros empreendedores é o do crédito e financiamento. Roberto Vasquez anuncia que uma empresa de consultoria será especialmente contratada para ajudar os incubados a conseguir recursos junto a fontes públicas de financiamento como Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos - Agência Federal de Fomento à Inovação), além de fundos setoriais e empresas de participação de capital. Para aproximar empreendedores, investidores e grandes empresas, a incubadora de Santo André planeja promover os Cafés Tecnológicos -- espécie de rodadas de negócios.
Desenvolvimento -- Com parceiros como o futuro centro tecnológico da Fundação Santo André, FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e Instituto Mauá de Tecnologia, a incubadora pretende ajudar os incubados a desatar o terceiro obstáculo: o do suporte e capacitação tecnológica. "Se o negócio é importante, o desenvolvimento do produto é fundamental" -- destaca Vasquez, que também faz contato para apoio do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento.
Na lista de dificuldades a serem superadas, o quarto nó é o do apoio de marketing e comercialização. "Geralmente, esse tipo de empreendedor é um cientista ou pesquisador que depois de descobrir o ovo de Colombo se desinteressa pela comercialização e parte para outro projeto. Queremos que ele entenda a importância dessa fase e para isso vamos oferecer mais uma consultoria especializada" -- explica o coordenador.
A quinta e última dificuldade no calvário dos empreendedores tecnológicos é a formação permanente. Um conjunto de seminários, palestras e cursos está na agenda dos empreendedores com apoio do Sebrae. Todas as ações terão acompanhamento gerencial, promete o coordenador.
Roberto Vasquez comenta que a expectativa inicial era acolher quatro ou cinco projetos na incubadora, que tem capacidade para abrigar 10 empresas nascentes e outras quatro pré-incubadas, no que o gerente chama de Hotel de Projetos. Para o segundo semestre, Vasquez espera selecionar outros projetos e colocar a experiência de Santo André em funcionamento efetivo. Os próximos passos estão no plano de negócios da própria incubadora, num sinal de que Roberto Vasquez, além de supervisionar os projetos, também faz a sua lição de casa.
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