Barueri (na Grande São Paulo) e Paulínia (na Grande Campinas) lideram igualmente os quatro primeiros indicadores do G-22 de Competitividade que começamos a produzir e a editar desde o fim do mês passado. Teremos ao longo do ano e também das próximas temporadas não só a inclusão de novos dados temáticos como os atualizaremos permanentemente, sempre de acordo com a liberação de instâncias oficiais.
O G-22 de Competitividade é um desdobramento do G-22 que introduzimos como fonte de estudos e análises. Na realidade, começamos com o G-20. Decidimos incorporar ao agrupamento dois municípios do Grande ABC que não estão nem entre os de porte médio do Estado, caso de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Tudo direcionado para que fosse possível, além de dados individuais dos maiores municípios do Estado, aferir a situação do Grande ABC como conjunto de cidades.
O G-22 de Competitividade apresenta uma inovação inédita no País e sem paralelo mesmo em âmbito internacional. Determinados indicadores serão organizados tendo como base conceitual confrontos com indicadores assemelhados a darem embasamento analítico mais amplo.
Confrontos complementares
Entre os quatro indicadores já consumados desde que iniciamos o trabalho, apresentamos confrontos entre IPTU e ITBI, impostos com forte influência nos valores imobiliários. O IPTU é um tributo sobre moradias, comércios, indústrias e terrenos. E o ITBI é o que se poderia ser chamado de medidor da temperatura do mercado imobiliário. Quanto maior a arrecadação, mais reflexos seguros da dinâmica econômica. Bem diferente, portanto, do IPTU, meramente exploratório do poder do Estado, no caso dos municípios, sobre propriedade imobiliária. Uma exploração sem transparência de dados e de conceitos.
Optamos pelo confronto de dados como resultado de aprendizagem e aperfeiçoamento. Quando criamos o IEME (Instituto de Estudos Metropolitanos), um dos indicadores era o IPTU, sem entrelaçamento com qualquer outro imposto. O ranking era produzido com base no critério per capita. Entendemos que a atual metodologia é muito mais aferidora da temperatura da economia de cada Município.
Também com base no imposto imobiliário, preparamos outro indicador, agora cruzando os dados do IPTU com o ISS (Imposto Sobre Serviços). Há paralelismo explícito entre os dois impostos, como no caso do IPTU e ITBI: quanto maior o ISS em relação ao IPTU, mais se compreende o dinamismo econômico de um Município.
Dos integrantes do G-22, apenas Barueri (primeira colocada) e Paulínia (vice-líder) apresentaram resultados que colocam a arrecadação do ITBI acima do IPTU. Os demais ocuparam posições no ranking de acordo com a maior incidência percentual do ITBI ante o IPTU. A conclusão óbvia desse cruzamento de dados é que os municípios do G-22 não perderam tempo em aumentar a carga tributária com viés arrecadatório explicito independentemente do movimento do navio da economia.
ISS menos penalizado
Já no ranking que colocou frente a frente à arrecadação de cada Município ante os valores arrecadados com o ISS, o resultado foi bem menos favorável à cultura arrecadatória do Estado: 16 dos 22 integrantes do grupamento registraram domínio do ISS. Mauá, Ribeirão Pires e Diadema estão entre os seis endereços em que o IPTU superou o ISS.
O terceiro ranking produzido para o G-22 desfilou números que confrontaram o PIB Industrial de 2016 e o total de trabalhadores do setor com carteira assinada também da temporada de 2016. Ou seja: houve a medição de produtividade por trabalhador. Paulínia chegou em primeiro e São José dos Campos em segundo. Em quinto lugar, Mauá foi a representante do Grande ABC dentro do G-22 que mais se deu bem. Mauá conta com o polo petroquímico, que gera muito valor adicionado industrial em contraponto ao relativamente baixo número de trabalhadores. Diadema, de pequenas e médias indústrias, terminou na última posição.
O mais recente indicador preparado para o G-22 mediu o PIB per capita relativo à temporada de 2016, já que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda não divulgou o PIB dos Municípios de 2017. Paulínia de expressivo polo petroquímico e Osasco de múltiplas atividades de serviços ficaram nas duas primeiras colocações.
Beneficiada pelo Polo Petroquímico, Mauá classificou-se em terceiro. Os demais municípios do Grande ABC comeram poeira. Diadema, Santo André, São Bernardo e São Caetano terminaram entre os quatro últimos, na zona de rebaixamento se fosse utilizada a regra do Campeonato Brasileiro. Vejam a posição de cada Município do Grande ABC nos quatro indicadores já consumados.
ITBI versus IPTU.
São Bernardo obteve a melhor colocação geral ocupando o nono lugar. Santo André veio em 12º, São Caetano em 17º, Diadema em 18º, Mauá em 20º, Rio Grande da Serra em 21º e Ribeirão Pires em último.
ISS versus IPTU.
Santo André é o melhor representante da região ao ocupar o 11º lugar. São Caetano chegou em 12º, São Bernardo em 15º, Rio Grande da Serra em 16º, Mauá em 18º, Ribeirão Pires em 21º e Diadema na última posição.
Produtividade Industrial.
Mauá chegou em quinto lugar, Santo André em 12º, São Caetano em 16º, São Bernardo em 18º, Ribeirão Pires em 19º, Rio Grande da Serra em 20º e Diadema em 20º lugar.
PIB per capita.
Mauá é terceira colocada, Rio Grande da Serra 11ª, Diadema 19ª, Santo André 20ª, São Bernardo 21ª e São Caetano última colocada.
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