Praticamente três anos após um dos mais rumorosos casos de assassinato de reputação no Brasil, o assassinato de reputação de Saul Klein, filho do Rei do Varejo Samuel Klein, da Casas Bahia, um grande ponto de interrogação persiste a desafiar especuladores e estudiosos do assunto.
Afinal, quem está por trás da operação que liquidou com a imagem de Saul Klein?
O que temos na prática é uma operação insidioso em que a verdade dos fatos foi subjugada pela exploração sensacionalista de, repetimos, assassinato de reputação.
Afinal, a morte matada da reputação de Saul Klein não contou com qualquer prova material. Nada até agora do que foi revelado para valer com sustentação, ou seja, quase nada nos inquéritos ministerial e policial, comprovaria que Saul Klein seria um perigo à sociedade, listado como devorador sexual de moçoilas quase virginais.
Moçoilas quase virginais não é força de expressão e muito menos deboche. É a leitura de quem sabe traduzir os interesses de feministas que se agarraram a uma narrativa abusiva do ponto de vista ético e criminal porque transformou mulheres empreendedores da porção mais desejada por muitos homens em guardiãs da moralidade e dos bons costumes. Moças castas de corpo e alma.
NADANDO EM DINHEIRO
Moçoilas que, vejam quanto desafio a investigar sem vieses -- nadaram no dinheiro farto de Saul Klein durante muito tempo. Mulheres que sempre se pautaram pela ambição material e que usufruíram para tanto de noitadas alegres, festivas, diante de um anfitrião claramente fora de combate cognitivo. Como, aliás, mostram flagrantes exibidos pela mídia.
Essas mulheres deram o que quiseram da forma que bem entenderam sem que fossem amarradas ou ameaçadas para tanto, embora uma ou outra, instruídas por feministas de plantão, contassem históricas diferentes.
O ponto detonador do escândalo foi a decisão de Saul Klein de acabar com as festanças. Ele descobrira um movimento sorrateiro de extorsão. Saul Klein não queria que seu lado namorador se tornasse público.
MIL E UMA NOITES
Saul Klein era um lobo mau estranho. Ele recebia as mulheres loucas por dinheiro em sua mansão. Eram jornadas de mil e uma noites organizadas, vejam só, por mulheres.
As mesmas mulheres que jamais foram sequer fustigadas pela promotora do Ministério Público, instância do Sistema Judiciário que denunciou em dezembro de 2020 os supostos abusos. Mais que isso: foram protegidas e transformadas em heroínas.
A fonte principal de informações da denúncia do MP é uma mulher emocionalmente instável, com internações autodeclaradas e supostamente abusada sexualmente pelo próprio pai. Ana Banana, eis o nome e o sobrenome afrodisíaco da suposta vítima adotada pelo Ministério Público como regra delimitadora das agressões sexuais do namorador de Alphaville.
Guardem esse nome, porque esse nome está na raiz de tudo: Gabriela Manssur, liderança do movimento As Justiceiras. De promotora criminal que atuou com estardalhaço no Caso Saul Klein, Gabriela Manssur virou candidata a deputada federal. Foi derrotada nas eleições do ano passado. Agora advoga. Há desconfiança de que que atue nos bastidores em favor das meninas quase virgens que denunciaram Saul Klein.
Acompanho o Caso Saul Klein desde o princípio como privilegiado frequentador semanal da mansão em Alphaville. Uma vez por semana conversava pessoalmente com Saul Klein sobre a paixão do anfitrião: futebol.
ENFERMIDADE
Saul Klein tinha o São Caetano como entrega maior. Depois, fez da Ferroviária de Araraquara nova empreitada. O escândalo afetou demais a relação com o novo clube, do qual se desfez a preço de fim de feira. Assassinato de reputação peso muito em tudo que Saul Klein faz.
Acompanhei todo o processo a partir dos primeiros lances. Saul Klein era um homem enfermo, atacado por depressão corrosiva. O médico particular que contratou, e que atendia a Família Klein desde os tempos de Casas Bahia, aos poucos colocou Saul Klein no prumo.
As mulheres enviadas pela cafetina que comandava o esquema de suprimento das noitadas de Saul Klein têm fortes ligações com a enfermidade de Saul Klein. O anfitrião da mansão de Alphaville serviu a muitas experiências etílicas involuntárias que só agravaram o quadro. A combinação de remédios e bebidas causa estragos monumentais.
Vou direto ao assunto porque é isso o que de fato interessa. A pergunta que insiste em desafiar a imaginação e o conhecimento é simples, reta e direta: “Quem está por trás do assassinato de reputação de Saul Klein?
Há seis variáveis não necessariamente isoladas e não necessariamente intercambiáveis que podem ajudar a destrinchar os nós e aproximar caminhos ao aprofundamento de um desenlace motivacional da operação.
AMBIENTE FESTIVO.
AMBIENTE POLÍTICO.
AMBIENTE FAMILIAR.
AMBIENTE ESPORTIVO.
AMBIENTE INTERNACIONAL.
AMBIENTE MIDIÁTICO.
Não é possível construir algo próximo do que seja factível como resultado dos acontecimentos senão encontrar num desses territórios temáticos, ou na soma geral ou parcial, a turbulência que invadiu a vida de Saul Klein.
Não custa lembrar que até meados de 2020, mais próximo do terceiro semestre de 2020, Saul Klein era praticamente desconhecido da massa que consome informações. Tudo que fizera até então era tratado (como diretor da Casas Bahia e dirigente-mantenedor do São Caetano que virou “namoradinha do Brasil”) com máxima discrição, inclusive sua vocação a namorador e sua participação como mecenas do São Caetano.
Quem procurar na Internet por Saul Klein até então vai perder tempo e paciência. O filho mais novo de Samuel Klein parecia não existir. Os holofotes sempre foram centralizados no primogênito Michael Klein. A irmã Eva Klein mudara-se para os Estados Unidos e saiu do foco nacional. Só apareceu num noticiário internacional que a colocou como uma tutora pouco hábil nos cuidados com um cachorro.
E A ORIGEM?
O assassinato da reputação de Saul Klein é mais que uma expressão que carrega dramaticidade e estimula a curiosidade nestes tempos de streaming de seriados baseados em acontecimentos reais – e geralmente de enredos contraditórios. São casos bombásticos. São assassinatos físicos como também assassinatos de imagem.
O ponto em questão, epicentro da narrativa de uma ocorrência de múltiplos efeitos colaterais, ou seja, desgarrado do assassinato de reputação propriamente dito, é mesmo vasculhar as estranhas de informações que identifiquem a origem da tempestade que abateu um homem até então e continuamente recluso.
Como se o destino fosse mais que travesso, fosse surpreendente, o homem que só queria ficar numa mansão frequentada por mulheres bonitas e que mal compreendia o uso de aparelhos celulares de múltiplas utilidades se viu enredado por um turbilhão de problemas.
O Saul Klein das mulheres jovens e bonitas vive nesses últimos três anos uma catarata de complicações que ultrapassaram o escândalo sexual. Nem poderia ser diferente. A onda feminista, então embalada pelo noticiário do movimento Me Too, nos Estados Unidos, embalava o Caso Saul Klein.
POLÍTICA DETONADORA
Tudo endoideceu a partir da denúncia sem prova alguma de abusos sexuais. O mundo de Saul Klein desabafou no ambiente familiar, midiático, esportivo, social e político, porque metera-se buraco adentro na disputa pela Prefeitura de São Caetano.
O que pretendemos como essa minissérie não é outra coisa senão resgatar informações que possivelmente contribuirão para, agora que muitas situações estão sendo esclarecidas, eliminar muitas arestas.
Mais que isso: o assassinato reputacional de Saul Klein não pode ficar impune. A ausência de materialidade dos supostos crimes sexuais de que foi acusado o inocenta. O inventário da Família Klein entrou no bolo de complicações pós-denúncia. Até que ponto haveria gente relacionada a um dos ramais da Família Klein na origem, sabendo-se como se sabe que há mais de R$ 2 bilhões de herança do patriarca Samuel Klein em jogo?
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10/04/2025 BANDIDOS DÃO AULA DE ECONOMIA A ESTUDANTES