Transparência é isso: a Construtora MZM está colocando à disposição de CapitalSocial todo o processo ambiental da área que adquiriu na Avenida Industrial, em Santo André, onde erguerá um condomínio residencial. Antes do prazo sugerido por CapitalSocial, nesta sexta-feira, a direção da MZM manteve contato com este jornalista para abrir completamente o material à publicação. Será que a MBigucci vai seguir esse exemplo com relação à proposta que fizemos na última quarta-feira? Duvido, duvido e duvido.
Não pensem os leitores que estou aqui neste espaço que chama à leitura mais de 75 mil cadastrados exercendo funções investigativas. Apenas procurei manter a coerência jornalística que nos impõe enfrentamentos. Um dos quais se refere ao uso e à ocupação do solo, atividade que incluí na lista de favoritos porque sinto, como todos começam a sentir, o quão é vilipendiada neste País.
Só a perspectiva que se abre aos transtornos que virão quando, entre minha residência e meu escritório, abrir-se-ão as porteiras para a ocupação de quase duas dezenas de prédios de apartamentos e de escritórios, já seria suficiente para ir à luta.
Podem dizer que o olhar é individualista. Estou preparado para críticas. Posso responder que há sim uma pitada de preocupação pessoal com o rebaixamento da qualidade de vida que me espera, com a extensão da jornada dentro de um veículo, mas não é de hoje que milito para tentar contribuir com a mobilidade viária na região. Quando escrevemos sobre o Rodoanel, por exemplo?
A atenção dispensada pela diretoria da MZM é um chute na canela da direção da MBigucci e ajuda a explicar a razão de a empresa que prepara o lançamento comercial do condomínio da Avenida Industrial, em Santo André, não constar do quadro de filiados da Associação dos Construtores, presidida eternamente por Milton Bigucci, também presidente da MBigucci. À MZM não falta prestatividade. À MBigucci abunda arrogância.
Uma caçapa cantada
Quando afirmo que duvido que a MBigucci venha a responder afirmativamente à solicitação de CapitalSocial o faço com conhecimento de causa. Primeiro porque Milton Bigucci não é dado à transparência nas relações com a sociedade. Segundo porque — e esse é um segredo que prefiro revelar com vagar – a apresentação de comprovações bancárias de quitação do pagamento da área pública leiloada numa operação mais que estranha implicaria em confissão de delito.
Mais não posso dizer sobre o assunto, mas aposto 10 contra um, qualquer coisa nessa proporção, como a MBigucci não vai seguir os passos da MZM, ou seja, fugirá da proposta de CapitalSocial como o diabo foge da cruz.
O prazo solicitado às duas empresas foi um jogo de cartas marcadas, no bom sentido da expressão. Primeiro porque duvidava que a MZM fosse se perder pela supressão de informações. Segundo porque apostava que a MBigucci não confessaria a escorregadela.
O prazo vence amanhã apenas formalmente, porque de fato, para a MBigucci, jamais existiu. Relacionamento democrático com a sociedade, por meio da Imprensa, não existe no léxico comportamental de Milton Bigucci. Exceto se for à preparação de suposto gol de placa.
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!