Um novo ranking envolvendo cinco municípios da Província do Grande ABC que integram o G-20, o grupo das 20 cidades mais importantes do Estado, exceto a Capital, mostra que não é por acaso nem por discriminação, como muitos já fizeram entender, que o custo de apólices de seguro de veículos é mais salgado aqui.
Três dos cinco municípios da região ocupam as últimas posições na classificação geral do G-20, enquanto São Bernardo e São Caetano também flertam com as últimas colocações. Roubam-se e furtam-se 51,44% mais veículos na região do que nos demais integrantes do G-20. Quando a comparação é com a média do Estado, a diferença é de 47,39%. Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá sofrem com esse indicador de criminalidade mais que a própria Capital. Há 15% mais possibilidades de veículos serem surrupiados na Província do que na cidade de São Paulo.
Os números metabolizados por CapitalSocial em novo ranking de criminalidade foram extraídos do banco de dados da Segurança de Segurança Pública do Estado. A proporção de veículos roubados tem por base estatística os casos registrados no ano passado. A média anual é a divisão dos registros para cada grupo de 100 mil veículos.
CapitalSocial preparou o ranking de criminalidade sobrerrodas utilizando-se mais que os números registrados no ano passado. A base comparativa de desempenho de cada um dos 20 municípios está fixada em 2001. São 12 anos de confronto ponta a ponta. Embora o combate a roubo e furto de veículo seja favorável às forças policiais do Estado, os resultados não têm o mesmo efeito do ranking de homicídios que CapitalSocial publicou nesta semana. Se naquele comparativo os cinco municípios da região obtiveram resultados que os colocaram em igualdade de condições com os demais 15 do G-20, desta feita o resultado é diferente. Houve melhora acentuada nos 20 endereços, mas a diferença entre a Província e os demais integrantes do agrupamento praticamente não se alterou.
Tanto não se alterou que em 2001 o conjunto dos cinco municípios da Província instalados no G-20 apresentou média de 3.751,82 casos de roubos e furtos para cada 100 mil veículos da frota regional. Na ponta da pesquisa, em 2013, a média caiu para 1.667,97, uma queda de 55,54%. Já os demais 15 membros do G-20 registraram em 2001 média de 1.637,86 casos de roubos e furtos de veículos para cada 100 mil unidades da frota. Na ponta da pesquisa, em 2013, a média caiu para 809,99 casos, um rebaixamento de 50,54%.
Poucas mudanças relativas
Quando se comparam números gerais de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá tendo como base da pesquisa o ano de 2001 e a ponta de 2013, e os números dos demais 15 integrantes do G-20, a situação sofreu pouca alteração relativa: em 2001 os cinco municípios da Província registravam 56,34% mais ocorrências de roubos e furtos de veículos para cada 100 mil unidades em relação aos demais integrantes. Na ponta da pesquisa, a diferença caiu levemente, para 47,39%.
No caso dos homicídios dolosos, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Diadema registraram 9,63 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, ante 10,90 dos demais 15. Uma reviravolta, porque em 1999, base da comparação, os municípios da região listados no G-20 registravam 51,48 casos de assassinatos por 100 mil habitantes, ante 32,50 dos demais.
Vejam o ranking de furtos e roubos de veículos:
1. Mogi das Cruzes com 437,61 casos para cada grupo de 100 mil veículos da frota. Entre 2001 e 1013 houve redução de 59,86% -- eram 1.90,27 casos na base da pesquisa.
2. São José do Rio Preto com 461,95 casos para cada grupo de 100 mil veículos da frota. Eram 779,22 em 2001. Queda de 40,71% no período.
3. Santos com 577,95 casos para cada grupo de 100 mi veículos. Eram 1.162,12 em 2001. Queda de 50,27%.
4. Taubaté com 606,86 casos para cada grupo de 100 mil veículos. Eram 952,91 em 2001. Queda de 36,31% no período.
5. Jundiaí com 623,42 casos para cada grupo de 100 mil veículos. Eram 1.532,24 em 2001. Queda de 59,31% no período.
6. Barueri com 636,61 casos para cada grupo de 100 mil veículos. Eram 1.755,56 em 2001. Queda de 61,20% no período.
7. Sorocaba com 684,15 casos por 100 mil veículos. Eram 920.41 em 2001. Queda de 25,67% no período.
8. Paulínia com 734,65 casos por 100 mil veículos. Eram 933,46 em 2001. Queda de 20,98% no período.
9. São José dos Campos com 766,73% casos para cada 100 mil veículos. Eram 1.623,77 em 2001. Queda de 40,71% no período.
10. Piracicaba com 789,04 casos para cada 100 mil veículos. Eram 635,39 em 2001. Aumento de 24,18% no período.
11. Ribeirão Preto com 911,44 casos por 100 mil veículos. Eram 635,69 em 2001. Aumento de 43,37% no período.
12. Guarulhos com 1.044,73 casos por 100 mil veículos. Eram 3.162,18 em 2001. Queda de 66,69% no período.
13. Campinas com 1.122,81 casos por 100 mil veículos. Eram 3.477,33 em 2001. Queda de 67,71% no período.
14. São Caetano com 1.184,39 casos para cada 100 mil veículos. Eram 3.245,60 em 2001. Queda de 63,50%.
15. São Bernardo com 1.233,30 casos para cada grupo de 100 mil veículos. Eram 2.942,73. Queda de 58,08% no período.
16. Osasco com 1.349,87 casos para cada grupo de 100 mil veículos. Eram 3.648,97 em 2001. Queda de 63% no período.
17. Sumaré com 1.372,11 casos para cada 100 mil veículos. Eram 2.317,50 em 2001. Queda de 40,78% no período.
18. Santo André com 1.562,19 casos para cada 100 mil veículos. Eram 4.520,11 em 2001. Queda de 65,44% no período.
19. Mauá com 1.707,93 casos para 100 mil veículos. Eram 3.097,22 em 2001. Queda de 44,85%.
20. Diadema com 2.652,06 casos para cada 100 mil veículos. Eram 4.953,42 em 2001. Queda de 46,46% no período.
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!