Uma posição majoritariamente cautelosa e bem próxima do ceticismo. Eis o resultado da Pesquisa LM sobre o momento institucional e econômico do Grande ABC feita junto ao quadro de conselheiros do Prêmio Desempenho, da Editora Livre Mercado. Utilizando-se principalmente da Internet, a rede mundial de computadores, LivreMercado enviou a um grupo de leitores três perguntas com três opções de respostas cada. Entre a alternativa de satisfação plena com a região (a), o entusiasmo contido e desconfiado (b) e a absoluta descrença (c), prevaleceu a segunda opção, fortemente influenciada pela terceira.
Você acredita no sucesso da integração institucional do Grande ABC?
Dos 30 conselheiros do Prêmio Desempenho, 22 (73,3%) optaram pela alternativa b, com o seguinte enunciado: houve melhora, sem dúvida, nas relações entre prefeitos e seus secretários municipais, que passaram a entender o que significa integração regional, mas ainda temos muito caminho a percorrer.
Outro grupo significativo de resposta (26,6%) concentrou-se na alternativa c, com o seguinte conceito: integração regional é só marketing. Na verdade, prefeitos e assessores estão mesmo é preocupados com seu caixa, com seu programa de governo, com seu Município. Região é abstração.
Nenhum dos 30 conselheiros que responderam a pesquisa aceitou a opção a, com o seguinte enunciado: sem dúvida. Entendo que os poderes públicos da região estão finalmente integrados, prontos para darem, juntos, um salto de qualidade nas relações intermunicipais e também junto ao governo estadual.
Sobre o futuro econômico do Grande ABC, que frase a seguir você acha mais legítima?
Com índice levemente inferior ao da questão relativa às relações institucionais do Grande ABC, a alternativa moderada (b) também prevaleceu para 63,3% dos conselheiros do Prêmio Desempenho. O enunciado é o seguinte: ainda temos muito o que construir para reencontrar o caminho do desenvolvimento econômico. Perdemos o rumo com a globalização, sofremos muito com isso, mas não há como duvidar de que já surgiram clareiras a abrir nossos horizontes.
A terceira alternativa, dos que enxergam o Grande ABC com os dois pés atrás, contou com adesão de 10 conselheiros, ou seja, 33,3% do total. O conceito: quem acha que o Grande ABC está no caminho do desenvolvimento certamente não conhece nossa realidade. Estamos de mal a pior. Nossa matriz automotiva está se descentralizando e enxugando pessoal e ainda não conseguimos encontrar alternativa que nos ofereça o mínimo de segurança para o futuro. Comércio e serviços não nos garantem a riqueza que a indústria sempre criou.
A alternativa mais entusiástica (a) contou com apenas um voto e diz o seguinte: estamos em franca corrida desenvolvimentista. Há um ambiente jamais visto para investimentos produtivos nas mais diversas áreas e que nos recolocarão na trilha do progresso que perdemos apenas por alguns anos de reestruturação macroeconômica.
Sobre o modelo institucional ideal para o Grande ABC do futuro:
A questão envolveu a maior aproximação entre os desconfiados e os céticos, já que entre os primeiros se manifestaram 56,6% dos conselheiros do Prêmio Desempenho e entre os segundos, 30,0%. Apenas 13,3% dos conselheiros partilharam do enunciado mais otimista. O grupo de conselheiros que formou o batalhão de 56,6% dos cautelosos (b) optou pela seguinte opinião: o modelo institucional que temos no Grande ABC, com Câmara Regional, Consórcio de Prefeitos, Agência de Desenvolvimento Econômico e Fórum da Cidadania, está em ritmo muito aquém de nossas necessidades econômicas e sociais, embora sejam instrumentos importantíssimos. De alguma forma, é preciso agilizar e muito todos esses organismos.
Os 30,0% que preferiram a terceira alternativa foram seduzidos pelo seguinte enunciado: nada do que temos no Grande ABC hoje em matéria de instituições voltadas para o conjunto dos municípios funciona adequadamente. A melhor saída é lutar politicamente para que o Grande ABC seja uma região metropolitana como Campinas e Santos, de forma a ter verba e instrumentos próprios de relacionamento mais concreto e perene com o governo estadual.
Os 13,3% que optaram por cenário otimista (a) foram levados pelo seguinte conceito da pesquisa: as principais instituições atuais, casos da Câmara Regional, do Consórcio de Prefeitos, da Agência de Desenvolvimento Econômico e do Fórum da Cidadania, dão ao Grande ABC configuração muito especial em que todos têm de apostar. É só dar tempo ao tempo que tudo se encaixa.
Na próxima edição de LivreMercado será apresentado o resultado da mesma pesquisa junto aos leitores que opinaram até dia 15 do mês passado. Isso quer dizer que a divulgação dos resultados com base nos membros do Conselho Consultivo do PDE não vai contaminar os resultados finais.
Confira os votos dos 30 conselheiros:
Valquíria Stafocher (1-b; 2-b; 3-b.); Wilson Afonso Rosa (1-b; 2-c; 3-b.); Silvana Pompermayer (1-b; 2-b; 3-b.); Roberto Herrera (1-b; 2-c; 3-b.); Pedro Rosálio Pereira (1-b; 2-a; 3-a.); Paulo Hoffman (1-c; 2-b; 3-c.); Milton Bigucci (1-b; 2-b; 3-b.); Maria do Rosário de Lima (1-b; 2-b; 3-a.); Marco Antônio Laso (1-b; 2-b; 3;c.); Luis Antônio Sampaio (1-c; 2-c; 3-b.); Leonel Tinoco Netto (1-b; 2-b; 3-c.); José Cardoso da Silva (1-b; 2-b; 3-b.); Ivone Bruno (1-c; 2-b; 3-c.); Humberto Batella (1-b; 2-b; 3-b.); Giseli Belmonte (1-b; 2-b; 3-a); Edson Lopes dos Santos (1-c; 2-c; 3-c.); Dorival Pereira (1-b; 2-b; 3-b.); Dalton Messa (1-b; 2-c; 3-c.); Cláudio Rubens Pereira (1-b; 2-b; 3-b.); Cláudio Quandt Alves (1-b; 2-b; 3-a); Carlos Cavalheiro (1-c; 2-c; 3-c.); Cláudio Musumeci (1-b; 2-c; 3-b.); Ary Silveira (1-b; 2-b; 3-b.); Antônio Roberto Adabo (1-b; 2-c; 3-b.); Antônio Carlos Cedenho (1-c; 2-b; 3-b.); Angela Athayde (1-c; 2-b; 3-c.); Ana Maria Bicalho (1-b; 2-c; 3-b.); Alessandro Paes (1-b; 2-b; 3-b.); Fábio Vital (1-b; 2-b; 3-b.); João Paschoal (1-c; 2-c; 3-c).
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!