O Grande ABC voltou a cair para o quarto lugar no ranking nacional do Índice de Potencial de Consumo, espécie de Bíblia de recursos financeiros dos brasileiros que a Target Marketing produz anualmente. A projeção para esta temporada coloca o Grande ABC atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, pela ordem os três primeiros colocados. A troca de posição da região com Belo Horizonte é resultado da redução do IPC Target: no ano passado o conjunto de sete municípios locais registrou índice de 2,18825%, contra 2,11351% previsto para este ano. O rebaixamento de 3,4% contrasta com a melhoria de Belo Horizonte, que alcançou índice de 2,15368% e subiu para o terceiro lugar.
Resumidamente, o índice da Target especifica que de cada R$ 100 que os brasileiros têm para consumir neste ano R$ 2,11 sairão das reservas dos moradores do Grande ABC. O resultado é semelhante à participação do Grande ABC no PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
São Bernardo apresenta o melhor índice individual do Grande ABC, com 0,73555%, contra 0,64090% de Santo André, 0,26190% de Mauá, 0,25724% de Diadema, 0,18466% de São Caetano, 0,085514% de Ribeirão Pires e 0,022285% de Rio Grande da Serra. O resultado reproduz a riqueza coletiva da comunidade. Nesse ponto, pesam sobremaneira as diferenças demográficas. Quanto mais habitantes contar um município, maiores serão as possibilidades de alcançar melhores posições no ranking.
Entretanto, quando a Target Marketing desenvolve ações específicas que exigem potencial de consumo por habitante, a concepção é inversa, como explica Marcos Pazzini, diretor da empresa paulistana. O caso de São Caetano de apenas 133.750 habitantes é emblemático: embora esteja em quinto lugar no ranking de potencial de consumo do Grande ABC, a contabilidade per capita lhe é completamente favorável: neste ano, são estimados US$ 4.541,87, contra US$ 3.504,61 de Santo André, que está em segundo lugar, US$ 3.443,26 de São Bernardo, US$ 2.557,10 de Ribeirão Pires, US$ 2.295,19 de Diadema, US$ 2.227,24 de Mauá e US$ 2.072,09 de Rio Grande da Serra.
Na mosca
Marcos Pazzini projeta para este ano o dólar médio de R$ 3,00. No ano passado, a projeção de R$ 2,95 praticamente acertou na mosca, porque o resultado final da média da moeda norte-americana foi de R$ 2,93. Dessa forma, os 2.544 milhões de habitantes do Grande ABC reúnem potencial de consumo de R$ 23,5 bilhões.
No ranking nacional do IPC da Target, São Bernardo ocupa o 15º lugar e Santo André o 16º. Mauá e Diadema também estão colados na classificação, mas em 53º e 54º lugares. São Caetano só aparece em 89º. Os 10 primeiros colocados individuais, listagem que desconsidera o caráter de megacidade do Grande ABC são: 1) São Paulo com 10,18659%; 2) Rio de Janeiro com 6,25567%; 3) Belo Horizonte com 2,15368%; 4) Brasília com 1,97045%; 5) Curitiba com 1,78459%; 6) Salvador com 1,56552%; 7) Porto Alegre com 1,52065%; 8) Fortaleza com 1,25572%; 9) Recife com 1,07162%; 10) Campinas com 1,01334%.
O ranking paulista preparado pela Target e que só será divulgado nos primeiros dias de abril coloca dois dos municípios do Grande ABC entre os 10 primeiros, no caso São Bernardo em quarto e Santo André em quinto. Mauá e Diadema também lustram a força de consumo da região, classificando-se em 17º e 18º lugares. São Caetano só aparece em 30º lugar, Ribeirão Pires em 57º e Rio Grande da Serra em 153º.
Marcos Pazzini explica que a Target realiza anualmente trabalho de pesquisa em fontes de dados secundários e disponibiliza ao mercado o estudo chamado Brasil em Foco.
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