Economia

Ampliação com equilíbrio
garante competitividade

DA REDAÇÃO - 05/04/1997

Com a ampliação celebrada em 1º de abril, fruto de R$ 25 milhões em investimentos, o Shopping Metrópole acrescentou números majestosos à performance já privilegiada, dobrando de tamanho em praticamente todos os sentidos. A quantidade de lojas passou de 96 para 166, a área comercial bruta, que inclui lojas e corredores internos, foi ampliada de 26.500 para 49.500 metros quadrados, das quais 24.867 só de lojas, e o volume de empregos diretos e indiretos cresceu de 1.366 para 2.605.  Mais importante do que números grandiosos, entretanto, é a qualidade do ganho infra-estrutural e comercial no novo figurino do Metrópole, sustentam os administradores e diretores. 

Principalmente porque o Grande ABC está se transformando em terreno de altíssima competitividade entre shoppings centers, sem paralelo em qualquer outra região do País, tanto pela criação de novos empreendimentos, como o ABC Plaza, Grand Shopping e o Shopping Praça da Moça, este último de menor porte mas o primeiro em Diadema, previsto para 18 meses, como pela ampliação dos já existentes, caso do Shopping ABC, que vai triplicar a quantidade de lojas em fins de abril. 

"O Metrópole vai ganhar muito com o aumento de tamanho e quantidade de lojas, mas o que mais conta na fidelização do cliente é a qualidade do mix de ofertas. Mais importante do que ter muitas lojas é ter proporção equilibrada de diversos tipos de segmentos, para que o consumidor tenha grandes chances de encontrar tudo o que precisa num único local" - afirma a diretora de marketing Laura Ranaldi. 

Foi com intuito de transformar o Metrópole em sinônimo de satisfação de necessidades que a nova área incorporou a Alameda de Serviços, onde se concentram chaveiro, despachante, floricultura, empresa de alimentos congelados com entrega em domicílio e uma casa de sucos. Mas o estereótipo de shopping center como espaço de glamour e sofisticação também foi potencializado, e não apenas pelo belíssimo relógio luminoso integrado à torre de vidros que compõem a principal porta de entrada, projeto do arquiteto Julio Neves.  

Dentre as 70 novas lojas, há grifes como Triton, Zoomp, Ópera Rock, Cori, Arezzo, Bunnys, Viveleroá, além de nomes como Planet Music e lojas Arapuã. A Lojas Renner, rede de lojas de departamentos líder no Sul do País, aproveitou a ampliação do Metrópole para instalar sua primeira unidade no Estado de São Paulo. Com 3.750 metros quadrados e R$ 2,5 milhões em investimentos, a âncora Lojas Renner tem acesso independente que serve como porta de entrada para o shopping todo, assim como a vizinha Blockbuster e também a Plug Use, especializada em equipamentos de informática. 

O estacionamento, que foi restrito durante 12 meses de construção obrigando a direção do Metrópole a alugar áreas vizinhas, acompanhou o ritmo da expansão. Mais de mil vagas foram criadas em dois pavimentos de estacionamento erguidos sobre a nova área. Esses pavimentos podem virar lojas se o pulso do mercado indicar, já que a estrutura foi reforçada de maneira a sustentar futura ampliação vertical, observa Laura Ranaldi. A administração do Metrópole acredita que o fluxo mensal de consumidores atingirá 1,2 milhão, o dobro da média registrada antes da ampliação. 

Primeiro shopping regional

A expansão do Metrópole é, na verdade, a etapa final de um plano de reavivamento do primeiro shopping a se instalar na região, em 1980, iniciado quando a Emplanta uniu-se ao Unibanco e passou a dividir com a Norcenco o quadro acionário. Em 1995, o Center Shop São Bernardo foi rebatizado para o atual Metrópole e alterações fundamentais acompanharam a nova nomenclatura. 

A maior Praça de Alimentação do Grande ABC foi criada no Metrópole, com 735 lugares e 18 lojas, a maioria formada por pesos-pesados do fast-food como McDonalds e Arbys. A Lojas Americanas foi trazida como âncora, um Playland de dimensões privilegiadas foi instalado como forma de atrair público jovem e infantil, além de três cinemas. Houve também renovação do que já existia. Pisos e iluminação foram modernizados, forros foram colocados e o shopping ganhou sistema de ar condicionado, num investimento total de R$ 15 milhões. "Os lojistas também participaram da reestruturação. Muitos reformaram as lojas para acompanhar o novo perfil do empreendimento" - lembra a superintendente Emilia Rita Conde.



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