A idéia clássica de que cultura é mercado restrito às elites está sendo desmoralizada em Diadema. As oficinas culturais avançam aos saltos no Município e brotam sobretudo de orlas perdidas da periferia, compondo um espetáculo contraditório de opulência e pobreza. Na 12ª cidade que mais arrecada ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado, dois terços dos 380 mil moradores não ganham além de cinco salários mínimos, mas dão-lhe o pódio em se tratando de animação artística e cultural. São seis mil vagas abertas nesta temporada em manifestações que vão do teatro e da dança à música, das artes plásticas e da fotografia à literatura, do vídeo ao fenômeno hip-hop. Tudo gratuito e com material de aprendizado cedido pelo Poder Público.
As matrículas quase dobraram em relação às 3,2 mil vagas existentes há dois anos. Algumas áreas são tão concorridas quanto o vestibular nas melhores faculdades. A Casa da Música, por exemplo, recebeu mais de três mil candidatos para as 250 inscrições abertas neste 2000. Junto com os 750 alunos em estágio mais avançado, são mil crianças e jovens beneficiados somente nessa modalidade, que mal acaba de completar dois anos de atividades.
A Casa da Música foi criada em dezembro de 1997 e já está se ombreando com outras manifestações tradicionais do Município, como a Cia. de Danças e as Mulheres do Eldorado, que até agora puxavam a fama de Diadema na área cultural. “Temos de duplicar as matrículas da Casa da Música no próximo ano” — entusiasma-se a diretora do Departamento de Cultura, Marta de Betania Juliano — o cargo é equivalente ao de secretária em outros municípios da região.
Outro sucesso precoce de bilheteria é a Casa da Fotografia. A turma do primeiro ano, completado em dezembro de 1999, arrebatou o primeiro prêmio do Mapa Cultural Paulista com o ensaio do fotógrafo e oficineiro Paulo Alvarenga.
O mais recente movimento artístico urbano ganhou em meados do ano passado espaço que se tornou referência nacional: a Casa do Hip-Hop é um templo para jovens que apreciam rap, soul, break, grafite, percussão e o som arranhado dos DJs. São 700 matrículas abertas na casa e outros 500 jovens inscritos nos demais centros culturais ávidos por ter um vínculo com essa manifestação artística típica de periferia.
A força dos números em Diadema é um petardo contra municípios que tratam a cultura como assunto de segunda ou contra cidades mais aquinhoadas como a vizinha São Bernardo, vice-campeã no ranking do ICMS e que vai enlaçar neste ano por volta de 2,5 mil pessoas com ações na área de oficinas e workshops culturais gratuitos. São Bernardo praticamente repete o contingente de 1999, a exemplo de Mauá, que abriu 950 vagas nesta temporada.
Ao escalar a cultura como locomotiva de mobilização social, Diadema perseguiu exatamente isso: democratizar a arte por meio das oficinas, trabalhando diretamente com a comunidade. “Queremos que o morador deixe de ser platéia para ser o artista. Acho que Diadema é especial nisso, pois a politização da população a torna muito participativa” — interpreta Marta de Betania, advogada que se especializou em Administração Pública e que participou da formulação de políticas culturais para a Secretaria de Estado da Cultura quando o jornalista e escritor Fernando Moraes foi titular.
Não se pense, entretanto, que os cofres municipais fazem jorrar recursos ao setor. Mesmo com ouvidos sensíveis e entusiasta da política cultural, o prefeito Gilson Menezes não tem escapado de tourear orçamentos sempre apertados. Para uma previsão orçamentária municipal de R$ 246 milhões neste ano, o Departamento de Cultura tem direcionados apenas R$ 6,6 milhões, o equivalente a duas dezenas de shows de duplas sertanejas da moda.
A diretora Marta de Betania garante, entretanto, que a econômica verba não compromete o programa de novos projetos e ampliação de matrículas. Marta está acostumada, aliás, a fazer milagres. Chegou em Diadema há três anos em um dos infernos astrais da Prefeitura, ameaçada de intervenção por falta de pagamento de precatórios e com os recursos públicos bloqueados. Além disso, o desafio a instiga. “Estamos provando que é possível tirar a cultura dos palanques eleitorais a custo baixíssimo” — dispara.
O perfil da proposta cultural explica por que é possível realizar tanto com tão pouco. O Município está preocupado com o fazer artístico, não com eventos mirabolantes, explica Marta. Tanto que dificilmente Diadema traz pop stars da mídia para datas festivas. Prefere prestigiar a produção própria. “A formação artística da comunidade é o que nos interessa. A partir do envolvimento com o mundo da arte, os próprios alunos fazem apresentações pela cidade e assistem-se uns aos outros. É quando digo que a população está deixando de ser só platéia e construindo a cidadania pela cultura” — conceitua.
Um exemplo da temperatura da platéia foi a Mostra de Teatro de 1999 com grupos da cidade. O número de apresentações precisou ser dobrado no sempre lotado Teatro Clara Nunes, de 420 lugares.
Talentos emergentes
Vários corpos estáveis e carreiras solos têm surgido da empreitada cultural. A Casa da Música já produziu uma banda, orquestra sinfônica, grupos de câmara e corais. A oficina de teatro foi o passaporte para a aluna Danielle Soares estar trabalhando como assistente de produção do musical infantil Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha, que voltou aos palcos de São Paulo em março último. Anderson Gangla, ex-ator do Grupo Catraia da oficina de teatro, viajou durante 20 dias com o premiado Sobrevento para a Espanha, em 1999, após conhecer o grupo durante workshop em Diadema. Hoje Anderson integra o Sobrevento, que reúne artistas do eixo Rio-São Paulo.
Aos 21 anos, esse jovem que mora na Vila Nogueira e que aos 17 despertou para o teatro em peças na igreja do bairro é expert em uma técnica que pouquíssimos dominam no Ocidente: o teatro de bonecos, no qual manipula luvas chinesas. Aprendeu diretamente com o mestre Yang Feng. “Quero me aperfeiçoar em artes cênicas e agora estou fazendo dança” — anuncia Anderson, que acoplou o Gangla como nome artístico em lugar do Silva.
Outro que já demarcou a trajetória é Marcos Gonçalves Sanches, aluno de canto lírico da Casa da Música e da Companhia Experimental de Danças. A partir dessas oficinas Marcos se habilitou a ingressar neste ano no curso de Dança da Faculdade Paulista de Arte e passou a fazer parte do Integrart, companhia de São Bernardo que trabalha com bailarinos ouvintes e deficientes auditivos.
Desde adolescente adepta de bailes black, Evalni de Oliveira, 36 anos, é uma das mais animadas frequentadoras da Casa do Hip-Hop, onde faz dança soul. Moradora há 20 anos no Jardim das Nações, Evalni encarna como poucos o questionamento crítico do movimento hip-hop: “Quero lutar contra a violência e as drogas e faço essa denúncia por meio dos quatro elementos do hip-hop: grafite, DJ, break e rap” — cita essa auxiliar de laboratório que trabalha no Jardim Botânico, próximo de Diadema. Descasada, uma das produtoras do fanzine Letras Periféricas que divulga esses movimentos artísticos alternativos, Evalni já colocou os filhos no mundo organizado da periferia: Clariana, de 11 anos, faz canto, depois de ter se especializado nos passos de break, e Adalberto Júnior, de 13 anos, encontrou sua tribo entre os DJs.
Ainda na fase preliminar de uma trilha que muitos não sabem onde vai terminar, todos os alunos têm no que se espelhar. A Cia. de Danças, comandada desde a criação, em 1995, pela veterana Ivonice Satie, que também dirige o Balé da Cidade de São Paulo, é uma referência sobre onde podem chegar.
O corpo de dançarinos adquiriu vida própria e fama robusta, a ponto de levar frequentemente o nome de Diadema para outros Estados e encenar montagens de coreógrafos famosos como Henrique Rodovalho e Sandro Borelli, entre os mais conceituados na dança contemporânea. Em fevereiro a companhia abriu a temporada de 2000 participando da 1ª Mostra São Paulo de Danças, no Teatro Municipal de São Paulo, com o festejado Trêsmaisum, de Rodovalho.
Terceira via
O brilho que lustra a vida cultural de Diadema pode ser o tão buscado terceiro caminho na encruzilhada de pobreza e violência que insiste em pôr a cidade a nocaute nos indicadores sociais. Diadema continua, nas estatísticas da Polícia Militar, com o troféu de cidade mais violenta do País. Marta de Betania questiona esse ranking e não se intimida. É nesse cenário que enxerga o que chama de poder transformador da arte. “Em dois anos de Casa da Música, 70% dos alunos têm os próprios instrumentos, a maioria comprada no crediário. A identificação com uma atividade tão revolucionária os faz passar por cima das dificuldades do dia-a-dia” — acredita Marcos Zanda, 37 anos, coordenador da casa contratado pela Diretoria de Cultura e que passou pela Orquestra Juvenil e pela Escola Municipal de São Paulo.
Dois astros-mirins já se manifestam na Casa da Música. Samuel Ferreira dos Santos, 15 anos, entusiasmou-se com o violino a partir do grupo musical da igreja evangélica que frequenta. Tinha 11 anos quando recebeu incentivo do pai Marcos, que toca saxofone, para ir em frente nos estudos. Marcos perdeu o emprego de metalúrgico e passou a trabalhar como autônomo, a esposa Beatriz ajuda no sustento dos cinco filhos costurando para fora, mas a família do Bairro Serraria não sacrificou a habilidade de Samuel: comprou-lhe um Hofner, considerado entre os melhores violinos do mercado, avaliado em R$ 600. “Sei que a carreira de músico, infelizmente, não é valorizada no Brasil, mas quem é bom sempre encontra seu espaço” — confia o jovem talento, que cursa o 1º Colegial.
A colega Vanessa de Oliveira, 16 anos, não se assustou com o tamanho do violoncelo e decidiu que era isso o que queria quando, há três anos, fazia aulas de canto coral. Moradora do Jardim Rosinha, Vanessa também não se intimida com o tamanho do seu sonho — um violoncelo custa mais de R$ 1 mil — e fala com convicção que vai atuar profissionalmente. “Não perco nenhuma aula porque sei que posso usar os instrumentos da Prefeitura” — emenda a adolescente, que faz o segundo ano Colegial. “Meus pais dão a maior força e vão sempre às minhas apresentações” — fala sobre seo José, aposentado, e Dona Dulcinéa, dona-de-casa, que têm outros três filhos.
Há uma tradição segundo a qual todo artista deve estar preocupado com a crítica social. Que melhor meio de expressar a cidadania e a politização do que pela arte? Na última década e meia Diadema tem sido pródiga nisso, saudavelmente incitada pelos governos de esquerda que se sucedem. Além disso, joga a favor de Diadema o fato de ser um mercado fácil de adubar: afinal, não há na cidade shoppings glamourosos, casas de espetáculo, um cinema sequer.
Fertilizar a população com atividades culturais no próprio bairro onde mora é enredo que tem dado certo desde os anos 80, quando a Prefeitura levava telões aos núcleos de favelas para exibição de filmes. Também explica por que a cidade projetou nacionalmente nomes como o do diretor de teatro Ulisses Cruz, o ator-mirim Fernando Santos — o célebre Pixote — e Marcelinho Back Spin, atual expoente das danças break e soul que integram o movimento hip-hop.
O perfil dos 80 oficineiros, como são chamados os professores contratados pela Prefeitura, é outro ingrediente que justifica a trajetória de sucesso dos centros culturais. São na maioria nomes respeitados em suas áreas, como Mônica Maria Alla, do grupo Acrobáticos Fratelli e que ensina técnica circense, e Ângela Barros, considerada uma referência como diretora teatral de São Paulo.
Também estão à frente das oficinas profissionais como a jornalista Beatriz Albuquerque, que foi repórter-fotográfica da Folha de S. Paulo, e a escritora Bete Braite, nas aulas de literatura avançada. O ex-office-boy Marcelinho Back Spin, filho da cidade e que ajudou a massificar o hip-hop, é um dos oficineiros da Casa do Hip-Hop.
Todos os professores têm de apresentar projetos dentro de suas especializações que se conciliem com a política cultural do Município. É pré-requisito do contrato. No caso da dança, os oficineiros dispensam apresentação: são os 12 bailarinos da Cia. de Danças de Diadema, cujo elenco foi moldado por Ivonice Satie com macroformação artística. Os bailarinos montam — e ensinam nos centros culturais — os próprios espetáculos coreográficos por meio de pesquisas, projetos de luz, desenvolvimento de cenários e figurinos.
Em 1999, a dança do Município deu outro salto inovador ao lançar o projeto Mão Na Roda, grupo formado por deficientes físicos. São hoje 50 alunos que já se apresentam na cidade e que enfeixam mais um exemplo de inclusão social promovida por uma manifestação artística.
A intenção da diretora de Cultura Marta de Betania é montar uma companhia de dança profissional com esses alunos especiais no estilo da Roda Viva Cia. de Danças Sobre Rodas, de Natal (RN). O ex-diretor do grupo nordestino, Henrique Amoedo, participou de workshop em Diadema em 1999 e ajudou a estruturar o Mão na Roda.
Educação integral
A sustentação das oficinas culturais pode ser encontrada numa viga-mestra estratégica: a educação artística integral. Isso significa uma grade pedagógica preocupada desde a sensibilização para a arte até a formação básica com teoria e prática, além do preparo profissional. Todos os cursos têm níveis iniciante, intermediário e avançado.
Na Casa da Música, por exemplo, as três aulas por semana incluem teoria e percepção, prática de conjunto em orquestra, mais ensaio extra. Nas oficinas de teatro é possível evoluir para especializações como cenografia e interpretação e, nas de dança, desenvolver mais o estilo clássico ou moderno. As oficinas funcionam como abre-alas.
Quem quer se aperfeiçoar e abraçar de fato a profissão vai alçando estágios avançados em espaços batizados de núcleos de formação. Em três anos, segundo Marta de Betania, é possível estar tocando instrumentos ou atuando profissionalmente.
É por causa desse aparato que Diadema não tem medo de ousar. Em fevereiro último lançou em parceria com o premiado diretor teatral Zécarlos de Andrade o projeto Teatro pela Cidadania, por meio do qual o clássico grego Filoctetes está sendo produzido na cidade a partir das oficinas culturais. A peça de Sóflocles, escrita no século V a.C., envolve os alunos num exercício profissional inédito, pois vivenciam desde a direção teatral até técnicas de encenação, cenografia, figurino, iluminação e aulas de história do teatro com um dos nomes mais importantes desse meio.
Zécarlos de Andrade é dramaturgo, ator, cenógrafo, figurinista e desenhista gráfico. Como figurinista carrega prêmios como Governador do Estado de 1975 pela peça A Morta, de Oswaldo de Andrade, e IBEU-Rio de Janeiro de 1977 por A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller. Como ator teatral atuou em Feitiço, de Oduvaldo Vianna Filho, e Galileu da Galiléia, de Chico de Assis, e na TV fez as novelas Vereda Tropical e Razão de Viver. O espetáculo Filoctetes estréia em maio no Teatro Fernando Azevedo, na Capital, e em julho poderá ser visto no Teatro Clara Nunes, em Diadema.
Além do contorno de primeira grandeza dos professores-oficineiros, a qualidade pedagógica dos centros culturais está ancorada nos agentes de cultura. São funcionários municipais especialmente preparados para operacionalizar as oficinas e os trabalhos, como cuidar dos espetáculos.
Outra perna de sustentação é a grandeza da infra-estrutura. O aprendizado é feito com vários conjuntos de material técnico cedido pelo Poder Público. Na Casa da Fotografia, por exemplo, os iniciantes aprendem em câmeras profissionais como operar o equipamento, flash, filtros e tripés, além de receber noções de composição fotográfica e iluminação. No nível avançado têm aulas sobre manuseio de equipamento 35 milímetros, revelação e ampliação em preto e branco, filtros e objetivas.
A Casa da Música foi estruturada com todos os itens de uma orquestra. Além de 10 pianos recuperados, a Prefeitura adquiriu 230 instrumentos, entre os quais violinos, oboés e viola caipira, inexistentes há três anos. A procura por áreas mais populares, como bateria, percussão, guitarra, violão, cavaquinho e canto, exige pré-seleção. Interessados em instrumentos mais clássicos, como cordas, sopro e teclado, são selecionados diretamente em entrevistas e aos iniciados nas áreas exige-se que executem uma peça musical.
A preocupação é não desviar o foco do público-alvo e preencher as vagas com quem comprovadamente não tem poder aquisitivo para frequentar cursos do gênero, explica a diretora Marta de Betania.
Essa é também a justificativa para a capilaridade das oficinas culturais. São 26 espaços públicos esparramados por praticamente todos os bairros do Município à cata de anônimos talentos. São 10 centros de cultura, 12 bibliotecas, as casas da Música, da Fotografia e do Hip-Hop, além da Biblioteca Municipal, mobilizados como palco para quem quer brilhar.
Para mostrar a disposição de não confundir as oficinas culturais com mera recreação, a diretora de Cultura já tem pronto os protótipos da Casa do Teatro e da Casa da Dança, cujo objetivo é formar grupos profissionais ao estilo da Companhia de Danças de Diadema. São projetos para este ano ainda, promete.
Arte Pública
E como Marta de Betania parece mesmo afeita a desafios, começou a se impor outro: vai em busca de patrocínios empresariais. Quer apoios na forma de custeio de projetos individuais, adoção de grupos de alunos ou doações de equipamentos e materiais. Até agora conseguiu auxílios isolados, como da Colorgin, que fornece sprays para os cursos de grafite, e da Wickbold e da Bacardi nos quitutes de coquetéis. “Temos trabalho para mostrar. Espero que as empresas tenham visão de marketing para enxergar a abrangência de nossa proposta cultural” — convida a diretora.
Não é só jogo de palavras. O conceito segundo o qual cidadania também se faz pela arte vai dar outra demonstração com o projeto Arte Pública. Numa maratona que se estende deste 7 de abril até 31 de maio, Diadema reunirá 20 artistas de variadas linguagens para, como diz o nome do trabalho, interagirem com o público. Escultores, atores de teatro, músicos, dançarinos e artistas circenses, nacionais e internacionais, vão expor e discutir sua arte em áreas abertas da cidade.
Entre as atrações está o pintor Emmanuel Nassar, que já expôs nas Bienais de Veneza, São Paulo e Havana e vai homenagear os 500 Anos do Descobrimento montando com a população um imenso mapa do Brasil. Vai usar 50 dúzias de velas, que queimarão sobre uma grande capa de carvão.
Outro destaque é o escultor argentino Ricardo Amadasi, radicado em São Bernardo e que já expôs na Itália, Argentina e República Dominicana sua arte definida como meio de reflexão e humanização social. O compositor, arranjador e tecladista brasileiro Tuti Fornari, que hoje reside na Califórnia, promete mostrar novas tecnologias na área, como a música computacional
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29/11/2024 TRÊS MULHERES CONTRA PAULINHO