O IEME (Instituto de Estudos Metropolitanos) vai anunciar todo mês, a partir de dezembro próximo, o IGC (Índice Geral de Competitividade), que reunirá os 55 municípios economicamente mais importantes do Estado. O ranqueamento tem conceitos e metodologias inéditas porque reúne vetores interdependentes nas áreas econômica, financeira, criminal e social. Há possibilidades de adensamento de dados com a introdução de outras áreas.
O Índice Geral de Competitividade foi definido no final da tarde de terça-feira, quando membros do Conselho Deliberativo do IEME estiveram reunidos no Hotel Plaza Mayor, em Santo André. O IGC será resultado da ponderação de quatro indicadores preparados pelo IEME e lastreados por uma série de estatísticas oficiais, casos do IDEE (Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado), formado pelo Valor Adicionado, ISS, Inclusão Digital, Potencial de Consumo e IPVA; do IEM (Índice de Eficiência Municipal), que toma como base despesas das prefeituras com o funcionalismo público do Executivo, com a manutenção dos Legislativos e também com as receitas do IPTU; IC (Índice de Criminalidade), respaldado em dados oficiais de homicídios dolosos, roubos e furtos de veículos e roubos e furtos diversos; e o IDS (Índice de Desenvolvimento Social), composto de cinco quesitos relacionados às condições de escolaridade, saúde e pobreza.
Os conselheiros do Instituto de Estudos Metropolitanos -- economistas, engenheiros, professores universitários, jornalistas, advogados, tributaristas e executivos públicos, entre outros -- decidiram preparar o que chamam de macrorranqueamento para aferir as condições de competitividade dos maiores municípios paulistas. Cada um dos quatro indicadores temáticos -- explicam os conselheiros -- dá a dimensão compartimentada dos municípios em produção e geração de riqueza, qualificação do gerenciamento público, grau de segurança pública e vulnerabilidade social. Entretanto, o Índice Geral de Competitividade vai além, porque consolida e hierarquiza todos esses dados.
Pesos definidos
O encontro dos conselheiros do IEME serviu também para definir o peso ponderado dos quatro indicadores temáticos que darão sustentação ao Índice Geral de Competitividade dos 55 maiores municípios paulistas. Os vetores econômico e financeiro (IDEE e IEM) serão âncoras com pesos de 40% e 30%, respectivamente. O Índice de Desenvolvimento Social, ainda em fase de construção, responderá por 20% do Índice Geral de Competitividade, enquanto o Índice de Criminalidade completará a grade com 10%. A definição do IEME pela predominância dos aspectos econômico e financeiro se deve ao conceito de que a base do desenvolvimento sustentado está na geração de riqueza e também no gerenciamento dos recursos públicos.
Independentemente de apresentar novos dados dos quatro indicadores temáticos, o Instituto de Estudos Metropolitanos anunciará até dia 10 de cada mês o Índice Geral de Competitividade. A medida, segundo os conselheiros, possibilitará que as informações sejam utilizadas de acordo com os objetivos específicos de administradores públicos, mídia, investidores e a comunidade em geral.
O IEME conta com suporte estrutural da Target Marketing e Pesquisas, empresa paulistana responsável por uma das ferramentas mais respeitadas no mundo dos negócios, o Índice de Potencial de Consumo, medido em todo o Brasil.
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