Regionalidade

O que é possível mudar com
fortalecimento do turismo?

DANIEL LIMA - 16/04/2003

O grau de desconhecimento das especificidades socioeconômicas que permeiam o turismo é tão flagrantemente chocante que provavelmente soará como desperdício o requerimento do vereador petista e ex-secretário municipal Klinger Sousa para a composição do Conselho de Turismo de Santo André.


 


Recebo arrazoado preparado com esmero e competência pelo discípulo de ouro do prefeito assassinado Celso Daniel, convidando-me a participar de Audiência Pública para debater diretrizes ao desenvolvimento do turismo em Santo André, bem como a formação do Comtur. O evento será realizado no próximo dia 25 de abril, às 15h, no Plenário do Legislativo.


 


Anotem os demais convidados ao encontro: João Ricardo Guimarães Caetano (subprefeito de Paranapiacaba e Parque Andreense), César Moreira Filho (secretário de Desenvolvimento Econômico), Jeroen Klink (secretário de Desenvolvimento e Ação Regional), Sebastião Vaz Júnior (superintendente do Semasa), Gabriel Prioli de Oliveira (diretor do Departamento de Gestão Ambiental do Semasa), Wilson Bianchi (presidente do Sehal), Wilson Ambrósio da Silva (presidente da Acisa), Gilberto Estrapasson Ramos (presidente da Uesa), Irineu Masiero (editor-responsável do Diário do Grande ABC) e José Carlos Buchala (presidente do Sincomércio).


 


Só faço um reparo na lista de convidados, o que talvez possa contribuir para que a omissão ainda seja reparada: Guilherme Paulus, comandante da CVC, uma das maiores empresas do setor no País. Ele não pode ficar fora dos debates porque sintetiza o empreendedorismo teórico e prático de quem construiu história de sucesso capaz de resistir até mesmo aos descalabros do governo Fernando Henrique Cardoso -- ao contrário de tantas outras logomarcas do segmento varridas pela associação de dólar desgarrado e torres derrubadas em Nova York.  


 


Prometo aos companheiros de trabalho -- é assim que enxergo os demais convidados -- que vou preparar material específico para o encontro e que, no dia seguinte, apresentarei como Edição Especial deste Capital Social Online.


 


Sem ser minimamente especialista na matéria, como boa parte dos demais convidados, procurarei ser o mais pragmático possível como consumidor ocasional de turismo.


 


Como protagonista, figurante e crítico dos frustrados movimentos que tornaram o Grande ABC uma ilha de pesadelos na última década, não poderia me permitir o equívoco de participar de ação coletiva que não consiga estabelecer linha de horizonte que tornem factíveis propostas e ações.


 


A iniciativa de Klinger Sousa não surpreende porque sem favor algum é provavelmente, por força das circunstâncias que o retiraram do secretariado municipal e da corrida sucessória ao Paço Municipal em 2004, o mais brilhante e preparado membro do Partido dos Trabalhadores com assento nos Legislativos locais. O que certamente o credencia, também, a destacar-se ainda mais dos parlamentares de outros partidos, sabidamente menos apetrechados que os petistas para a função, salvo raríssimas exceções.


 


Tomara que outros Legislativos do Grande ABC tomem iniciativas semelhantes para inserir a comunidade num organismo que não seja meramente decorativo no gigantesco organograma oficial das prefeituras. Apesar de reconhecer que iniciativas municipais voltadas a temas prevalecentemente regionais -- como é o caso do turismo -- sejam apenas uma parte das soluções que se pretendem, porque o Grande ABC é analisado pelo público externo como território único, reconheço que é oportuno que se dê um tiro de largada com competência nessa corrida pelo fortalecimento regional. Nesse caso, o municipalismo pode fazer brotar o regionalismo numa atividade erroneamente observada sob ótica da superficialidade econômica.


 


Vamos tentar justificar estas linhas no material que proporemos e entregaremos na tarde de 25 de abril.


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