Regionalidade

10 Mandamentos para prefeitos
não caírem no esquecimento

DANIEL LIMA - 04/10/2013

O que os atuais prefeitos da Província do Grande ABC deveriam fazer para ficar na história em situação que ultrapassasse os limites da mediocridade burocrática e se traduzisse em pontos de referência às novas gerações?


 


Vou listar o que chamei em 2007 de “10 Mandamentos do Gerenciamento Público Municipal”. Depois, faço algumas intervenções sobre o assunto:


 


1. Amar a comunidade sobre todas as coisas.


2. Não tomar o Santo Nome do Desenvolvimento em vão


3. Guardar a responsabilidade social e o meio ambiente


4. Honrar receitas e despesas


5. Não matar os pequenos negócios


6. Não pecar contra a regionalidade


7. Não furtar as expectativas


8. Não levantar falsas barreiras


9. Não desejar a empresa do próximo


10. Não cobiçar vantagens competitivas alheias


 


Não vou me estender em considerações específicas sobre cada um dos mandamentos porque já o fiz na edição de setembro de 2007 da revista LivreMercado, em análise que coloco à disposição dos leitores no pé deste texto. Atenho-me a um questionamento central, que tem tudo a ver com as atuais gestões municipais: quantos dos atuais prefeitos na Província do Grande ABC vão encerrar mandato ou mandatos inserindo-se positivamente na maioria dos quesitos listados? Que nota alcançaria cada prefeito se fosse atribuído peso igual a cada um dos quesitos?


 


Como não seria ajuizado colocar no paredão de apreciação seis dos atuais sete prefeitos, porque eles só tomaram posse em janeiro último, somente Luiz Marinho, de São Bernardo, ofereceria uma avaliação razoavelmente consolidada da herança que deixaria à sociedade local e também da região, embora haja ainda disponibilidade de tempo para que, em uma ou outra temática, reverta ou melhore o rendimento.


 


Prefeitos em observação


 


Que nota daria de zero a 10 este jornalista aos quase cinco anos de governança de Luiz Marinho, tendo como plataforma avaliativa os “10 Mandamentos” que produzi há seis anos?


 


Vou deixar para a próxima semana todas as respostas possíveis. Antes, quero que os leitores leiam com extrema atenção o texto sugerido em forma de link, porque, ao consumi-lo, estará preparado o terreno a interpretações mais apropriadas sobre o parecer que estabeleceremos.


 


Prometo também aos leitores que os demais prefeitos não serão esquecidos no futuro, porque, ao completarem ou proximamente completarem o primeiro mandato, deixarão marcas suficientes a uma análise que não incorra em riscos exagerados de reviravoltas em eventual reeleição. Quando digo riscos exagerados procuro me acautelar. Nem sempre um primeiro mandato abaixo da expectativa significa que teremos a repetição de inocuidades no segundo. Ou estaria enganado este jornalista e certos todos aqueles que garantem que se conhece bem a estatura de um gerenciador público pelo tamanho das patas dos primeiros meses de gestão?


 


Tomara que Celso Daniel não seja uma exceção à regra geral de que prefeitos que pouco fazem em alguns meses cavoucam o caminho de pedras de fracasso futuro. Sim, Celso Daniel foi um prefeito de raro brilho na primeira gestão à frente da Prefeitura de Santo André, prisioneiro de ranços ideológicos e de uma máquina partidária que lhe impunha restrições administrativas. Foi a partir do segundo mandato, quando se abriu à sociedade como um todo e organizou um secretariado de primeira linha, com plano de voo mais tarde levado ao governo federal, que Celso Daniel agigantou-se como iluminador do futuro que jamais chegou porque ele se foi antes da hora.


 


Marinho se recuperara?


 


Sei que sei que os leitores mais assíduos querem deste jornalista uma prévia do desempenho do prefeito Luiz Marinho tendo em conta os “10 Mandamentos” explicitados. A demanda é desnecessária. Estou cansado de afirmar que o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores, ex-ministro do Trabalho e ex-ministro da Previdência Social do governo Lula da Silva é, diria, um caminhãozinho com excesso de carga a transportar.


 


Idiota foi este jornalista um dia ao ousar, mesmo guardando as diferenças culturais e intelectuais entre eles, acreditar que Luiz Marinho poderia ser uma espécie de Luiz Celso Daniel Marinho. Idiota fui ou, como ainda conta com três anos e pouco de segundo mandato, Luiz Marinho acabaria por surpreender? Duvido, mas devo admitir que, apesar de todos os indícios em contrário, esse é um jogo que só termina quando o árbitro da legislação eleitoral assim determinar.


 


Leiam, portanto:


 


10 mandamentos para os prefeitos


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