Barueri, na Região Metropolitana da Grande São Paulo, segue na liderança do ranking do ISS (Imposto Sobre Serviços) preparado pelo IEME (Instituto de Estudos Metropolitanos), depois de comparados os dados de 2001 e 2002. Entretanto, quem mais se destacou na atualização dos estudos que compõem o IDEE (Índice de Desenvolvimento Econômico Equilibrado) é São Sebastião, no Litoral Norte, que saltou do 30º para o nono lugar na classificação geral. O ranking do ISS tem peso de 10% no IDEE.
O conjunto de 55 municípios analisados pelo Instituto de Estudos Metropolitanos e que representam dois terços da economia paulista arrecadou R$ 3,014 bilhões de ISS em 2002. Mais da metade desse montante (R$ 1,973 bilhão) foi recolhido pela Capital, quarta colocada na classificação geral. A explicação dos coordenadores estatístico e econômico do IEME, Marcos Pazzini e Daniel Lima: o ranking é resultado da divisão da receita de cada Município pela respectiva população.
Para Marcos Pazzini, diretor da Target Marketing e Pesquisas, a transformação per capita do ISS dá dimensão da realidade arrecadatória de cada Município: "A grandiosidade dos números da cidade de São Paulo precisa ser relativizada pelo universo de moradores para que não haja o menor erro de compreensão da realidade que a cerca" -- afirma.
Somente Jaguariúna, na Região Metropolitana de Campinas, deixou o grupo dos 10 municípios de melhor desempenho no ISS entre 2001, caindo do nono para o 14º lugar em 2002. Entre os 10 últimos, Franca safou-se da 48a colocação e subiu para a 44a, enquanto Rio Claro caiu da 31a para a 54.
É extraordinária a diferença entre Barueri de forte industrialização seletiva no setor químico petroquímico, além de praticante de guerra fiscal em serviços, e Carapicuíba, cidade da Grande São Paulo com baixo grau de industrialização: enquanto a campeã Barueri conta com receita de ISS por habitante de R$ 416,88, a lanterninha Carapicuíba registrou apenas R$ 11,16.
Algumas características econômicas estão enraizadas entre os primeiros colocados do ranking do ISS do IEME: há os municípios seletivamente industrializados na área química e petroquímica (Barueri, Paulínia e Cubatão); outros contam com forte viés alfandegário (Santos e São Sebastião); alguns se lançaram decididamente na guerra fiscal de prestação de serviços com rebaixamento de alíquotas (Barueri, São Caetano, Cajamar e Cotia); outro reúne uma combinação de industrialização e guerra fiscal (São Bernardo) e, como é o caso da Capital, conta com vitalidade na intersecção entre o setor industrial e o de prestação de serviços, além do chamado terciário avançado em áreas nobre como finanças, entretenimento, gastronomia e engenharia, entre outras.
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