O Primeiro de Maio Futebol Clube, de Santo André, entra no novo milênio com a perspectiva de fazer do salão social inaugurado em novembro fonte de receitas capaz de garantir investimentos em novos equipamentos e na melhoria da estrutura de lazer. Com isso, preservaria a arrecadação mensal das taxas de manutenção dos cerca de 11 mil associados. Apesar de acreditar no potencial de retorno do novo espaço, a diretoria comandada pelo presidente Nelson Mazzucatto ainda não faz idéia de quanto o clube de 87 anos poderá obter mensalmente com locação do salão e de outras áreas do prédio de 3,6 mil quadrados, como hometheater e anfiteatro para 80 pessoas.
A julgar pelos cerca de 10 eventos realizados em dezembro, primeiro mês de funcionamento do novo prédio, o investimento de aproximadamente R$ 3 milhões será importante braço de sustentação financeira. "É cedo para fazer previsão sobre quanto teremos de receita. Uma idéia mais clara talvez seja possível em abril, quando fecharmos o primeiro trimestre de 2001" -- comenta o presidente, que já está no quarto mandato.
A decisão de usar a nova estrutura como apreciável fonte de renda fica evidenciada diante da intenção de reservar apenas algumas datas para as festas tradicionais do Primeiro de Maio, como jantares e comemoração de aniversário do clube. No mais, o espaço será destinado à locação para eventos como bailes de formatura, de debutantes, palestras e shows, entre outros. O salão social com capacidade para três mil pessoas foi estreado em 16 de dezembro com baile dos formandos do Colégio Coração de Jesus. Além do salão, hometheater e anfiteatro, o novo prédio abriga área de exposições e restaurante para 350 pessoas com piano-bar, que até fevereiro será exclusivo dos sócios nos fins de semana. A partir daí, a intenção do Buffet Status -- arrendatário das áreas de alimentação -- é oferecer almoço no sistema self-service também durante a semana, inclusive para não-sócios.
Nelson Mazzucatto ressalta a preocupação do projeto em oferecer condições de acesso a portadores de deficiência física a todos as instalações do novo espaço. Para chegar ou sair do mezanino do salão social, por exemplo, contam com elevador exclusivo. O acesso ao prédio pode ser feito por rampas, enquanto 12 banheiros foram adaptados para deficientes. "Essa foi uma parte tratada com muito carinho" -- comenta o dirigente.
Prioridades -- A conclusão da obra, que se estendeu por 18 meses, não significa que acabaram as preocupações da diretoria. Ao contrário, é preciso agilizar procedimentos para poder manter a qualidade dos serviços aos associados. Por isso mesmo, as prioridades agora são a ampliação da academia de ginástica -- 700 sócios estão matriculados --, e a reforma e troca dos armários dos vestiários das piscinas, que também deverão ganhar sistema de aquecimento a gás. Isso permitirá redução no consumo de energia.
"Administrar um clube é trabalho que nunca acaba. A gente termina uma obra, mas aí já tem outra ou uma manutenção para fazer. Afinal, precisamos cuidar do que temos e acompanhar a evolução dos equipamentos para manter um bom atendimento. Qualidade significa a satisfação do associado, que é o dono do clube" -- conceitua Nelson Mazzucatto.
O dirigente comenta que recebe constantes reivindicações de associados, como construção de mais uma quadra de tênis, mas explica que o clube encravado na região central de Santo André só tem como opção crescer verticalmente. Só assim poderá agregar novos equipamentos à estrutura disponível, que engloba um ginásio poliesportivo, um campo de futebol soçaite, quatro piscinas (duas das quais aquecidas), berçário, playground, quatro lanchonetes, quadra descoberta, canchas de bocha e pistas de boliche, entre outros.
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!