Sociedade

Muito além da
sala de aula

CIDA CAPO DE ROSA - 05/01/2002

Na hora de escolher onde matricular os filhos, muitos pais levam em conta escolas que tenham professores em constante processo de aperfeiçoamento, laboratórios, salas de aulas e recursos pedagógicos diversificados, além de propostas de ensino que garantam formação compatível com as necessidades do mercado profissional. No Grande ABC, boa parte dos principais estabelecimentos educacionais privados e públicos se encaixa nesse perfil, cumprindo a obrigação de oferecer bons serviços. Muitos, entretanto, não se limitam à importante e árdua tarefa de educar as novas gerações e ampliam o campo de atuação dedicando-se a ações de promoção social e de incentivo à cidadania, o que enriquece o trabalho de sala de aula. Se para o aluno é a possibilidade de desenvolvimento intelectual e humano, para as comunidades beneficiadas é um grande alento.

A solidariedade já era traço comum em muitas escolas mesmo antes de a ONU (Organização das Nações Unidas) instituir 2001 como Ano Internacional do Voluntário. Por meio da mobilização de professores, alunos e familiares, vários estabelecimentos de ensino procuram amenizar a situação de parte das nove milhões de famílias brasileiras que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), vivem na indigência. O Centro de Educação Integrada Cidade dos Meninos, de Santo André, por exemplo, criou há três anos o programa Adote Uma Família. A iniciativa envolve toda a comunidade escolar na coleta e doação de alimentos, roupas, remédios, utensílios e móveis a 70 famílias carentes. São promovidas também ações que revertem em produtos a serem doados, como festas e campeonatos esportivos. "Os alunos mobilizam familiares e amigos que, por sua vez, envolvem outras pessoas. Além disso, o educando passa a conhecer outras realidades e a se conscientizar da importância do amor e do auxílio mútuo. Assim, aprende mais e sente-se mais feliz" -- confia a mantenedora Josefa Rodrigues.

Embalado no mesmo espírito, o Pueri Domus Unidade Jardim, de Santo André, promove o Projeto Voluntários da Paz, que consiste em campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para serem doados a 15 instituições assistenciais de Santo André. "Outro trabalho é a capacitação de jovens do Ensino Médio para que se tornem monitores e levem conhecimentos a crianças e jovens carentes atendidos pelas entidades vizinhas Amélia Rodrigues, Pastoral da Criança e Apae, entre outras" -- explica o diretor Daniel Contro. Essas iniciativas renderam o reconhecimento pelo portal Click Educação, um dos principais do setor, que distinguiu a Unidade Jardim entre 30 Escolas Cidadãs. 

No Centro Educacional São Carlos, em São Bernardo, um dos principais projetos consiste em visitas periódicas a asilos e orfanatos do Grande ABC, onde alunos e professores distribuem roupas, alimentos e brinquedos, além de promoverem atividades artísticas e de lazer. De acordo com a fundadora e diretora Terezinha Miquilin, a ação de fé e consciência é definida como entrega, participação e calor humano. "No convívio com quem precisa de carinho e compreensão, todos aprendem lições tão ou mais importantes do que as de Matemática, Português e História. Aprendem a ser cidadãos solidários e a interpretar melhor o mundo e os semelhantes" -- analisa a diretora.

A fórmula encontrada pelo Externato Santo Antonio para unir trabalho pedagógico e exercício de cidadania foi abraçada de modo intenso pelos alunos. Orientados pela coordenação do Lar São Luis Scrosoppi, anexo ao prédio da escola em São Caetano, os alunos se dedicam como monitores em atividades de lazer e recreação para crianças atendidas ali e na Casa do Menor Padre Luis Scrosoppi, no Bairro Prosperidade, que beneficia menores das favelas da Avenida dos Estados. "O trabalho tem dado frutos. Nas férias de julho, um grupo de alunos esteve durante uma semana inteira numa pequena cidade do Vale do Paraíba, levando esperança, alegria e otimismo" -- afirma a diretora pedagógica Antonieta Bisquolo. 

O Lar Viva a Vida, abrigo para 60 crianças soropositivas de Suzano, na Grande São Paulo, é beneficiado pelo Centro Educacional Paineira, de Santo André. Alunos e professores alternam visitas à entidade com eventos na própria escola. Na última Páscoa houve festa no Paineira com presentes, oficinas culturais e artísticas e a presença de uma equipe voluntária de dentistas e especialistas em diversas áreas que prestaram atendimento. Os alunos brincaram e auxiliaram no banho e troca de fraldas dos pequenos visitantes. "Ao longo do ano a escola promove gincanas para arrecadar roupas, alimentos e produtos de limpeza para o abrigo" -- destaca a diretora Oswana Fameli, que no último Natal repetiu a confraternização.

No Colégio Ábaco, de São Bernardo, onde conceitos de cooperação, gentileza, respeito e consideração são trabalhados para articular necessidades individuais com as necessidades da coletividade, a participação voluntária tem resultados expressivos. Rodolfo Gilberto Saad, assistente de direção, explica que grupos de jovens visitam periodicamente diferentes entidades em toda a região para prestar assistência e, principalmente, levar um pouco de alegria e conforto aos menos favorecidos. Após a realização de várias campanhas, o espírito solidário mostrou que chegou para ficar. "O entusiasmo permanece num programa intenso de atividades relacionadas à comunidade carente" -- afirma.

O mesmo se observa no Instituto de Ensino Cecília Meireles, de Santo André.  A campanha do material reciclável encerrada recentemente foi uma aula de cidadania. Durante uma semana, os alunos coletaram papel, latas de alumínio e embalagens plásticas. Com o dinheiro arrecadado com a venda do material foram comprados alimentos para uma instituição que cuida de menores abandonados em Santo André. Na visita à entidade, os alunos confeccionaram fantasias para divertir as crianças, cantaram, brincaram e levaram bolo e doces para comemorar. "A emoção foi grande e nossos alunos saíram motivados para novos trabalhos" -- afirma a coordenadora-pedagógica Sandra Regina Crema de Oliveira. 

O incentivo ao esporte como alternativa de inclusão social foi o caminho escolhido pelo Educandário Santo Antonio, de Santo André. Desde 2000 a escola patrocina a escolinha de basquete da Apaba (Associação de Pais e Amigos do Basquete), cedendo espaço para treinos, pagando salários dos professores e oferecendo uniformes para as 300 crianças e jovens beneficiados. Além disso, contribui para compra de materiais e custeia o aluguel de quadras em outros locais onde a associação de apoio ao esporte mantém núcleos. "A escolinha beneficia menores que dificilmente teriam outras opções além da permanência nas ruas" -- ressalta o diretor-financeiro Alessandro Bernardo. De fato. Segundo estatísticas, 15 milhões de crianças e adolescentes em todo o País vivem na pobreza. Desse total, 20% vivem nas grandes cidades, fora da escola, subnutridos, pedindo esmolas ou comercializando todo tipo de produto nas ruas.

A Organização Não-Governamental Eccoa (Escola, Comunidade, Consciência e Ação), criada pelos professores do Externato Rio Branco, de São Bernardo, com apoio da direção, consolida a vocação solidária da escola. A ONG oferece aulas de balé, capoeira e cursos de informática para adultos. Além disso, mantém cursinho preparatório para o vestibular que beneficia 20 estudantes carentes. Eles recebem também gratuitamente material didático, vale-transporte e lanches. Lúcia Helena Mimoso de Paula, presidente da entidade, batalha agora por bolsas de estudo nas faculdades da região. "Esses alunos precisam ter continuidade na formação. Não podem parar de estudar quando o cursinho terminar" -- argumenta.

Criado pelo empresário Salvador Arena para servir de modelo ao ensino público, o Colégio Termomecânica segue à risca a máxima do altruísmo: fazer o bem sem olhar a quem. Oferece, gratuitamente, ensino de qualidade em tempo integral em instalações equipadas com recursos de última geração, professores altamente qualificados, uniformes, alimentação, todo o material didático e acompanhamento médico para os cerca de 900 alunos distribuídos entre a antiga pré-escola e o último ano do Ensino Médio. "O ingresso por sorteio pela loteria federal foi concebido pelo próprio criador, que buscava meio de preencher as novas vagas com lisura e transparência. O aluno contemplado tem os estudos garantidos até completar o antigo colegial" -- assinala o diretor Péricles Fusco. 

A preocupação com a Terceira Idade, universo que já chega a 9% da população brasileira, inspira parte das ações do Centro Educacional Leonardo da Vinci, de Mauá, que mantém o projeto Idade do Saber. São desenvolvidas atividades culturais, esportivas e de lazer voltadas a alunos e seus avós. A diretora Terezinha Branco explica que o programa visa abrir a escola à importante experiência dos mais velhos. Também são realizados passeios em praças e parques, caminhadas aos shoppings e seção de ginástica especial para a Terceira Idade. "Temos percebido que o ciclo de amizade entre avós e netos vem aumentando. O mesmo ocorre entre os idosos e a direção da escola. Não podemos desperdiçar as experiências acumuladas" -- acrescenta Cláudia Carvalho, professora de Educação Física.

O projeto Vamos Fazer Uma Horta? é uma das iniciativas do Instituto de Ensino Barão de Mauá, de São Bernardo, em prol dos idosos carentes. Além de distribuir presentes e afeto aos moradores da Casa dos Velhinhos Dona Adelaide, os estudantes preparam a terra e semeiam verduras e legumes. O objetivo, segundo a coordenadora Luciana Guazzelli, é oferecer atividade prática e agradável e ao mesmo tempo contribuir para gerar alimentos à própria entidade. A coleta de sangue é outra atividade que envolve toda a escola. O material recolhido é encaminhado à rede pública de saúde.

No Colégio São José, de São Bernardo, as atividades fora da sala de aula incluem visitas de alunos e professores a asilos e orfanatos para distribuição de donativos. De acordo com o coordenador de comunicação Maurício Ceccato, essa é uma das respostas aos pais que buscam não só o ensino formal como também princípios voltados à valorização do ser humano. Por isso, o São José pretende se fixar também como instituição aberta e solidária à comunidade. Entre os projetos está a criação de cursos livres e rápidos que ensinarão desde artesanato até dicas de como fazer a declaração de Imposto de Renda.

O Colégio Tijucussu Pueri Domus, de São Caetano, também ensaia a abertura das portas à comunidade externa. No início de agosto implementou os chamados Cursos Para a Maioridade, que ensinam informática com ênfase em Internet, espanhol e italiano para pessoas com mais de 18 anos. São duas aulas semanais ministradas nas dependências da escola, no período da tarde. São oferecidas 30 vagas por curso. Para este ano estão programadas aulas de etiqueta e gastronomia. O coordenador-geral Luiz Capovilla Tortorello explica que a finalidade é promover o convívio entre pessoas de várias idades e diferentes níveis culturais, estimulando o respeito e conhecimento mútuos.

Entre as ações que o Instituto de Ensino São Caetano realiza está o tratamento protéico dirigido às cerca de 150 pessoas atendidas por ano na clínica odontológica da escola, onde só pagam pelo custo do material. Os alunos da pré-escola à 4ª série do Ensino Fundamental também participam de ações sociais, contribuindo com o projeto Dente de Leite da USP (Universidade de São Paulo). Em junho último os cerca de 100 dentes doados foram encaminhados ao banco de dentes da universidade, onde são utilizados no tratamento de crianças carentes e em pesquisa. "Deixamos de olhar para o próprio umbigo e nos abrimos para o mundo" -- sintetiza o diretor-administrativo Antônio Marchesan.

As instituições universitárias, criadas para o ensino, pesquisa e prestação de serviços comunitários, mostram que também fazem a lição de casa. A Faculdade de Direito de São Bernardo, uma das melhores do País segundo a Ordem dos Advogados do Brasil, ampliou o atendimento à população. Desde maio mantém um posto de atendimento no Poupatempo, ao lado do terminal rodoviário, com orientação jurídica para os munícipes de baixa renda que vão diariamente ao local. "É um benefício direto para a população com dificuldades de acesso a advogados e à lei" -- afirma a diretora Eliana Borges. Além disso, a faculdade mantém o escritório-escola, onde a população recebe apoio para abertura de processos, e diversas parcerias com o Poder Público e entidades que atendem crianças e à população carente em geral.

A Universidade Metodista, de São Bernardo, reconhecida pelo atendimento à população na clínica de Odontologia, entre outros serviços comunitários, está oferecendo também serviços na clínica-escola de Fisioterapia. Montada com equipamentos de última geração, tem capacidade para atender diariamente a 450 pacientes do Grande ABC que pagam taxa simbólica de R$ 20 mensais para duas seções semanais e R$ 30 para três. "O setor mantém todos os recursos necessários para o tratamento de distúrbios neuropsicomotores, doenças ligadas ao sistema nervoso ou suas sequelas e problemas pulmonares, entre outros" -- explica o vice-reitor administrativo Marcio de Moraes.

A Fefisa, de Santo André, atua na ala infantil dos hospitais Brasil e Municipal promovendo atividades de recreação para crianças internadas através do Time da Alegria. Trabalho semelhante é realizado no Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Pires, com mulheres adultas, conta a diretora Dinah Zekcer. Fora as atividades externas, há projetos na própria instituição que beneficiam crianças carentes portadoras de deficiências, menores obesos na faixa etária entre sete e 15 anos, além da oferta de ginástica respiratória para alérgicos, que acolhe crianças e adultos que necessitam de exercícios e orientação para enfrentar a doença. Para a Terceira Idade há aulas de natação destinadas a 40 idosos com mais de 65 anos.  

O incentivo à ciência e tecnologia distingue algumas escolas do Grande ABC que não se contentam em situar o trabalho entre os limites da sala de aula. Apesar dos magros recursos de todo estabelecimento público de ensino, que faz malabarismos para arrecadar fundos que complementem as verbas governamentais, algumas unidades lançam mão da criatividade e do envolvimento da comunidade escolar para chegar a lugares pouco comuns. É o caso da Escola Estadual Dona Idalina Macedo Costa Sodré, de São Caetano, que pelo quarto ano seguido participou da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, desta vez realizada na Universidade Federal da Bahia. A luta pelo patrocínio para a viagem dos 30 alunos foi compensada pela conquista do prêmio Jovem Cientista. A epopéia científica começou com a inclusão do estabelecimento nos projetos da Escola do Futuro da USP mesmo sem contar com equipamentos adequados. Hoje, o Dona Idalina dispõe até de um centro de desenvolvimento de projetos onde os alunos trabalham na criação de softwares educativos para auxiliar o trabalho dos professores -- explica a diretora Júlia Praeiro Teodoro.

A integração com a família e a comunidade é caminho escolhido por algumas escolas que utilizam todos os meios para aprimorar o trabalho que desenvolvem. O Colégio Viva Vida, da rede privada, e a Escola Municipal Neusa Macellaro Calado Moraes/Guilherme de Almeida, ambas de São Bernardo, são exemplos. O Viva Vida, que desde que entrou em funcionamento, em 1982, já era pautado pelo humanismo e em meados dos anos 90 reformulou o currículo e introduziu o pensamento filosófico da Educação Infantil ao Ensino Médio, encontra nesse relacionamento um mecanismo na busca da educação de qualidade. A mantenedora Rosimeire Visconti explica que todos são amigos dentro e fora da escola, são vizinhos ou parentes uns dos outros. "Numa única rua do bairro moram 15 alunos, em outra 10. Conhecemos todas as mães e algumas até nos procuram para pedir ajuda na solução de problemas comuns do cotidiano ou um simples conselho para corrigir o filho" -- relata. 

Na Neusa Macellaro, a participação de pais de alunos não se limita ao trabalho em mutirões de limpeza ou na organização de festas para arrecadação de recursos para complementar o caixa da escola, como é comum na rede pública. Ao contrário, direção e professores dividem com alunos, funcionários e pais a discussão dos rumos a serem tomados tanto no aspecto pedagógico como administrativo. A gestão participativa, preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, é exercida através do Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres), que têm apoio dos pais. A família tem de participar, dar força para a criança na escola -- justifica o diretor Edmar Batista.

O apoio ao esporte, verificado na grande maioria das escolas que mantêm, inclusive, academias esportivas com várias modalidades, é uma das marcas do Colégio Stocco de Santo André, dirigido por Elza Pacheco, a Elzinha, conhecida armadora da Seleção de Basquete da década de 70. Nos jogos regionais disputados em julho, em São Vicente, a equipe formada por ciclistas da escola que representou a cidade na competição conquistou medalha de prata. "O basquete e a ginástica olímpica também são destaques" -- explica a coordenadora da área de Educação Física Janice Araújo Reis, que defendeu a Seleção Brasileira de Vôlei no início dos anos 70, quando o esporte ainda não era tão popular no País.

O Colégio Sapiens, de São Bernardo, fez da saúde uma grande ação comunitária: é a primeira empresa do setor a ser reconhecida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em 2001, cardiologistas visitaram e aprovaram a cantina mantida pela escola, que aboliu refrigerantes, frituras e alimentos muito calóricos, trocando-os por refeições leves e nutritivas. A mudança enfrentou resistência dos alunos, que se habituaram com o passar do tempo. Alguns perderam mais de quatro quilos e muitos levaram para casa os novos hábitos alimentares. "O lucro diminuiu, mas espero que a qualidade de vida que ofereço aos alunos e a credibilidade que a iniciativa confere ao colégio possam cobrir qualquer prejuízo" -- afirma o mantenedor Armando Fantini.



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