Ana Banana está em situação delicadíssima. A informante sem provas e de língua afiada da promotora criminal Gabriela Manssur, do Ministério Público Estadual, está virando vilã no inquérito policial da Delegacia da Mulher de Barueri. Essa é a trajetória mais provável à consolidação do desfecho do caso que envolve Saul Klein, denunciado por um bando de mulheres por abusos sexuais. Repetitivas como um ensaio, as peças acusatórias se desmancham nas investigações policiais. Entre a teoria explorada sem trégua e os fatos investigados há fosso muito profundo.
Ana Paula Fogo Banana, a Ana Banana infiltrada durante longos anos nas residências de Saul Klein por uma quadrilha de extorsionistas, está prestes a dar à luz. Será possivelmente a última testemunha a ser ouvida no inquérito policial. De testemunha de acusação poderá ganhar o passaporte de bandoleira do sexo juntamente com mais de uma dezena de delinquentes. Bandoleira do sexo é alguém que vai além dos limites da sedução natural e descaminha para o materialismo da extorsão.
Os desdobramentos podem deixar a ex-namorada de Saul Klein em situação bastante desconfortável. Há provas materiais, produzidas inclusive por ela mesma, que a condenam a sair do polo de ataque para a condição de quadrilheira e de cometimento de abusos contra mulheres que mulheres seletivas preferem ignorar.
Molezas do prélio
Ana Banana, como se verá, poderá se converter em desafio às pretensas e autointituladas feministas ou revolucionárias sexuais de plantão, muitas das quais com olhos postos discriminadamente apenas nos homens ricos e brancos.
As mulheres que preferem as molezas dos prélios sexuais à labuta em atividades profissionais menos constrangedoras numa sociedade conservadora são tratadas como uma rede indefesa de bondade, ingenuidade e, invariavelmente, alvos irrestritos de abusos de homens inescrupulosos.
As mulheres do mundo do sexo são mais mulheres protegidas que as mulheres do mundo mais convencional que apanham caladas de maridos e namorados, mas insistem em serem mulheres de vida nada fácil de verdade.
Pretensas e supostas
As pretensas feministas ou supostas revolucionárias sociais de plantão só se esquecem que os homens que se alimentam do sexo feminino, de outros sexos e de variantes mais modernas como a prática de sugar daddy, no caso de Saul Klein (conforme definição do advogado de defesa André Boiani), são geralmente abastecidos por redes de suprimento de matéria-prima comandadas por intrépidas e resolutas mulheres. São flores que não se cheiram.
Essas mulheres de cotações do mercado são permeáveis à malandragem. Elas formam quadrilhas. Penitenciárias não estão coalhadas de mulheres por obra do acaso. Elas, como os homens, são da mesma cepa humana. Pretender distingui-las linearmente como as supostas feministas e pretensas revolucionárias anunciam é um golpe baixo, na região da virilha ética.
Que horror paralisante e encalacrador às pretensas feministas de plantão e supostas revolucionárias sociais a constatação de que também as mulheres, travestidas de cafetinas, exploram modalidades sexuais praticadas por mulheres e variáveis de gênero que tanto dizem defender. Para essas mulheres muito especiais, porque parciais, é melhor esconder sob o tapete da hipocrisia tamanha contradição -- e cerrar fileiras contra os malvados homens. Cafetinas não são mulheres para as pretensas feministas. São instrumentos de homens ávidos pela carne de mulheres indefesas.
Políticas seletivas
A essas mulheres tão especificamente solidárias não interessa se a mentira provoca estragos em forma de assassinatos sociais. O relevante é que seja um prato cheio à especulação e ao sensacionalismo. Os homens consumidores de mulheres em vasto cardápio de especialidades devem ser banidos em nome da pureza de um discurso contraditório e insustentável para quem ainda não foi contaminado pela estupidez.
O público LGBT, tão marginalizado pela sociedade, também conta com o apoio de marketing sexual irrestrito de mulheres em posição de comando, as cafetinas do mundo real. Mulheres que mandam e desmandam em mulheres e em outras tipologias de gêneros que adotam atuações sexuais ramificadas na mais antiga das profissões.
Mulheres comuns, de outras opções ocupacionais, não estão na lista de feministas indignadas. A escolha pressupõe um discurso em favor das minorias. Que está na moda e catalisa atenções. Minorias significam deserdados que devem ganhar os céus canonizados. Sejam quadrilheiras ou não.
Tribunal do Júri
Somente os homens que supostamente usufruem do material colocado à disposição de consumidores devem ser execrados e condenados. O tribunal do Júri é a própria mídia que as mulheres maravilhosas em defesa de mulheres e assemelhados sabem seduzir.
Pretensas feministas que amam odiar os homens em vez de proteger as mulheres são mulheres geralmente mal-ajambradas e, como mulheres mal-ajambradas, querem vingança a qualquer custo. Disputam espaço para saltarem à condição de heroínas femininas que o estado mal-ajambrado supostamente torpedeia. A psicanálise explica essa tormenta pessoal.
Mulheres práticas como Marta Gomes da Silva e Ana Banana dispensam detalhes de gênero em nome do capitalismo sexual, mas não chamam a atenção das mulheres das mulheres da minoria maltratada.
Mulheres como Ana Banana, conforme relatos de testemunhas em Barueri, também impõem jogos sexuais não necessariamente apenas com homens. O materialismo subjacente e condenatório só vale para os homens exploradores de mulheres indefesas. Pobres meninas que frequentam dezenas de vezes a mesma casa, sempre fazem a mesma coisa, e, num belo dia, sentem-se ultrajadas. Coincidentemente, num belo dia em que a casa da vida fácil, do dinheiro e dos presentes, lamentavelmente acabou.
Em todas as posições
Ana Banana joga em todas as posições horizontais e perpendiculares, quando não trapezistas. Nada que não seja um direito expresso na Constituição. Como acentuou o juiz da Vara Criminal de Barueri a respeito dos direitos de Saul Klein e de quem vê o sexo, no caso apenas com mulheres, como prática absolutamente legal, mesmo que supostamente extravagante.
Quem vê o sexo como tudo, menos convencional, como Ana Banana exercita com mulheres, também se encaixa na Legislação Federal. A diferença entre o sexo praticado por Banana, sempre segundo testemunhas, e o sexo praticado por Saul Klein, também segundo testemunhas, é que a primeira utilizava da hierarquia de chefe da turma e o segundo apenas escolhia algumas mulheres da lista preparada por Ana Banana, a mando da empreendedora de entretenimento Marta Gomes da Silva, também conhecida por cafetina.
Quem vê o sexo de homens brancos e ricos como crime em potencial, independentemente de provas, dá um peteleco na ordem constitucional. Esse é o caso da advogada Gabriela Souza, gaúcha que fala em nome de um feminismo reprimido, abusado, assassinado e vilipendiado, mesmo que as provas não passem de teorias de vitimismo de gênero além de incursões duvidosas de denunciantes e advogados ávidos por recompensa financeira.
Massacre satisfaz
Gabriela Souza tem uma válvula de escape para situações que configuram derrotas certas, como é o Caso Saul Klein: ela se satisfaz nas redes sociais com as remelas de ver o alvo supostamente destruído na imagem. Um sentimento compensatório que não pode ser desprezado. De alguma forma, a aliança feminista ou pretensamente feminista encontra guarida em instâncias públicas e sociais, além da mídia. O mundo está entregue acriticamente às minorias privilegiadas. Tão privilegiadas que, em muitas situações, são maioria ante a maioria de fato, mas silente, quando não relapsa.
Tanto é verdade que a minoria comanda o espetáculo que o Caso Saul Klein ganhou em dezembro do ano passado 14 minutos de uma narrativa condenatória do Fantástico. Além disso, o portal UOL, do Grupo Folha de S. Paulo, e a própria Folha, espalharam reportagens igualmente desproporcionais ao consumo multiplicador da Internet.
A versão de vitimismo das denunciantes ganha espaços editoriais largamente majoritários ante contrapontos do advogado de Saul Klein, André Boiani. As informações mais relevantes que desentopem gargalos de imprecisões e inverdades do processo instaurado pelo Ministério Público Estadual são sumariamente descartadas.
Indução a julgamento
As manchetes dos noticiários são indutivas à criminalização de Saul Klein. O objetivo traçado é coerente com o pressuposto de que quando a mídia publica uma matéria que se comprova equivocada, deve-se insistir no erro até o fim, de forma a tentar produzir uma falsa verdade por linhas tortas. O escândalo da Escola Base e tantos outros contam com essa especificidade de tratamento jornalístico arredio aos fatos comprovados.
Quatro meses depois da denúncia da promotora criminal Gabriela Manssur não há na Polícia de Barueri uma prova sequer da plausibilidade dos relatos comandados por Ana Banana nos bastidores do processo.
A decisão do juiz de Barueri que não só devolveu o passaporte a Saul Klein, como retirou a proibição de se manter distante das denunciantes, mal é publicada. As peripécias de Ana Banana, sobretudo pressões que exercia sobre as mulheres que ela mesma selecionava a mando da cafetina Marta Gomes da Silva, jamais constaram de qualquer reportagem. As mulheres das mulheres preocupadas com a minoria discriminada das mulheres são poderosas.
Fora do jogo?
Este é o décimo-quinto capítulo de uma série sem data para terminar. CapitalSocial acompanha atentamente todas as vertentes do Caso Saul Klein. Trata-se, até provas materiais em contrário, de uma ponta de iceberg de um esquema criminoso que fez vários empresários de vítimas. Todos se calaram ao longo dos anos porque temiam a divulgação de escândalo sexual, que consiste em quebrar as regras de comportamento conservador.
Saul Klein, herdeiro da Casas Bahia, foi uma fonte frondosa da quadrilha cujo comando era exercido por uma cafetina travestida de empresária de entretenimento, Marta Gome das Silva. Ana Banana era um dos braços de Marta nas noitadas de prazer de Saul Klein.
O desaparecimento de Ana Banana das mobilizações na parte jurídica pela advogada Gabriela Souza é uma ação previamente estabelecida. Mais precisamente desde que Ana Banana foi desnudada por mulheres que sempre obedeceram a suas ordens.
Provas provadas
Vídeos e áudios colocam Ana Banana na cena de relacionamentos das mulheres que Saul Klein reunia em Alphaville e Boituva. Sobram depoimentos de testemunhas defensoras de Saul Klein que identificam Ana Banana como megera, alguém com quem elas jamais gostariam de ter como companhia.
Ana Banana seguia rigorosamente as ordens de Marta Gomes da Silva. Saul Klein, durante cinco anos vítima de depressão aguda, mal imaginava o que se passava nos bastidores dos próprios redutos domiciliares. E mal poderia acreditar no futuro que chegou em forma de recuperação da saúde e da inciativa de romper relações com a quadrilha desvendada: há advogados por trás da cafetina Marta Gomes da Silva. A extensão dos crimes cometidos determinará os passos seguintes da equipe comandada pelo advogado André Boiani. O Caso Saul Klein deverá ter elasticidade desagradável aos extorsionistas.
O núcleo mais visível de tudo isso está sendo apurado pela Polícia de Barueri. Há depoimentos que revelam contradições da turma de denunciantes arrebanhadas por Ana Banana na fase de preparação da investigação da promotora criminal Gabriela Manssur. Os relatos das mulheres que acusam Saul Klein de maus tratos e estupros são contrapostos por narrativas diametralmente opostas. Saul Klein as tratava com redobrados cuidados. Diferentemente de Ana Banana e a turma da cafetina Marta Gomes da Silva.
Médicos e equipamentos de saúde disponibilizados por Saul Klein e testemunhados como emblemática preocupação com as mulheres que o visitavam foram introduzidos nos relatos denunciatórios de Ana Banana como passivo exploratório do anfitrião. A ira provocada pela perda de um filão milionário levou Ana Banana e demais denunciantes a uma encruzilhada: sem provas e desafiadas por relatos contundentemente desmascaradores, todas estão sob a chuva intensa de terem de prestar contas ao Sistema Judiciário.
Total de 1097 matérias | Página 1
21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!